A
Alemanha destinará 14,3 milhões de euros (R$ 40,2 milhões), fora a
contrapartida brasileira, para investir na recuperação da floresta, proteção da
biodiversidade e do clima da Mata Atlântica. O anúncio foi feito em São Paulo
durante a semana dedicada ao bioma. Já que está em negociação uma nova
iniciativa de cooperação entre os dois países. Além disso, serão fortalecidos
os mosaicos de Unidades de Conservação (UC) para o ordenamento territorial
baseado na conservação e a restauração de áreas degradadas, conforme anunciou o
conselheiro de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável da Embaixada da
Alemanha, Daniel Alker. A cooperação bilateral já rendeu muitos resultados por
meio do Projeto Proteção da Mata Atlântica II (PMA II), como o estabelecimento
de cerca de 500 mil hectares de Unidades de Conservação e a elaboração de
estudos e consultas para criação de mais de um milhão de hectares a serem
protegidos; o fomento de sistemas de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA)
em cerca de 900 mil hectares, no qual mais de 1.700 famílias foram beneficiadas
diretamente e 1,9 milhão de hectares atingidos indiretamente; e a adequação ambiental
de 40 mil hectares de propriedades rurais. RESULTADOS - O projeto, desenvolvido
entre 2009 e 2012, teve o objetivo contribuir para proteção, uso sustentável e
recuperação da Mata Atlântica, considerada um hotspot global de biodiversidade
(ou hotspot ecológico é uma região biogeográfica que é, simultaneamente, uma
reserva de biodiversidade, além de estar ameaçada de destruição) e um
significativo sumidouro de carbono. Em sua trajetória, a parceria obteve outros
resultados pioneiros, como a elaboração de sete planos municipais de
conservação e recuperação da Mata Atlântica demonstrativos e a estruturação de
um roteiro metodológico para a construção destes planos. Outra ação que foi possível graças ao PMA II
foi a elaboração de uma estratégia espacial integradora, com mapas de
remanescentes florestais e de conectividade da paisagem na Mata Atlântica e a
realização de cálculos de estoques de biomassa (armazenamento de carbono) para
a definição de áreas prioritárias para proteção da biodiversidade. Também foi
estabelecida uma comunidade de aprendizado em PSA, utilizando ferramentas de
educação a distância, e editadas publicações de experiências do projeto na
criação de áreas protegidas, em mecanismos de PSA, na elaboração de Planos
Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica e Adequação dos
Imóveis Rurais.
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