Com
a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a operadora TIM no
fim da manhã de hoje (19) na sala da Presidência da Assembleia Legislativa, a
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia Móvel concluiu os
trabalhos iniciados há 60 dias. As
empresas Oi, Vivo e Claro, que até ontem (18) haviam participado das
negociações, não assinaram o documento e agora serão indiciadas no relatório
final da comissão e responsabilizadas criminalmente. Com a assinatura do TAC, a
operada TIM, que detêm 52% do mercado, assume o compromisso de realizar
diversas ações que representam a melhoria dos serviços prestados aos
consumidores no Paraná, entre as quais a realização de um mutirão para a resolução
de problemas referentes à cobranças indevidas, retirada de nomes incluídos nos
serviços de proteção ao crédito; resolver no prazo de 60 dias as reclamações
recebidas e encaminhadas pela CPI; otimização dos canais de comunicação com os
clientes através de sms e chat on line e apresentação de um plano de
investimentos que implique na melhoria da qualidade do sinal em médio prazo. Para
o presidente da CPI, deputado Paranhos (PSC), o resultado poderia ter sido
melhor, com a adesão das demais operadoras, mas ele enfatiza que os deputados
cumpriram o seu papel, percorrendo o estado, levantando os problemas e buscando
resolver as principais queixas apuradas ao longo de dois meses de
investigações. “A assinatura do TAC por parte da TIM é uma demonstração de boa
vontade e de respeito para com a população do Paraná”. Paranhos enfatiza que a
Assembleia Legislativa, através da Comissão de Defesa do Consumidor, vai adotar
ações para fiscalizar de perto as operadoras que se recusaram a assinar o TAC e
evitar que continuem desrespeitando a legislação e lesando os consumidores.
“Vamos fiscalizar, nem que para isso tenhamos que voltar a percorrer todo o
estado e, se necessário, visitar as lojas das operadoras”, advertiu. Já o
relator da CPI, deputado Nereu Moura (PMDB), lamentou o comportamento das
operadoras que, embora tenham participado das negociações, se recusaram a
assinar o TAC. Nereu também fez críticas
ao Sindicato das Empresas de Telecomunicações (Sinditelebrasil). “Desde o
início dos trabalhos o representante do Sinditelebrasil adotou uma postura
inconveniente e equivocada. Mesmo a CPI tendo demonstrado boa vontade em
abrigar as sugestões feitas pelas empresas, o Sinditelebrasil se esforçou para dificultar a assinatura do
termo e prestou um desserviço à Assembleia Legislativa e à população do
Paraná”, enfatizou Moura. - TIM - Logo após assinar o TAC, o diretor de
Relações Institucionais da TIM, Leandro Guerra, disse que, apesar de ser um
grande desafio, “a empresa está preparada e vai realizar esforços e
investimentos para cumprir todos os ítens do documento e melhorar os serviços
oferecidos aos clientes no Paraná”. - Vivo - Mesmo tendo participado das
negociações dessa quarta-feira e, através do seu representante legal, ter
confirmado que assinaria o TAC, a operadora Vivo não apareceu na assinatura do
termo, o que acabou gerando indignação dos deputados, inclusive do presidente
da Assembleia. “Sou cliente Vivo, estou decepcionado com essa atitude e vamos
determinar à Procuradoria que tome as devidas medidas judiciais”, disse o
deputado Valdir Rossoni. - Ascom
Nenhum comentário:
Postar um comentário