Em
maio, 10 produtos apresentaram alta de preços. Batata e arroz ocupam os
primeiros lugares da lista. O tomate, vilão da inflação nos últimos meses, é um
dos destaques da queda. Carne de frango, banana nanica e milho também caíram. O
IqPR - Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista
encerrou o mês de maio em queda de 3,62%, de acordo com o levantamento
realizado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Os produtos que registraram
as maiores altas foram: batata (28,09%), arroz (11,20%), laranja para indústria
(9,24%), feijão (7,58%) e leites tipo C (6,98%) e B (6,43%). Ainda em alta,
porém com menor variação no mês, têm-se os produtos: soja (1,93%), café
(0,93%), trigo (0,70%) e amendoim (0,38%). Para a batata, a redução em 15,5% da
área cultivada e de 12,7% na produção da safra das águas no estado de São
Paulo, e menor oferta na safra atual devido ao clima desfavorável,
apresentam-se como principais motivos do reajuste dos preços recebidos pelos
produtores. Mesma situação ocorre para o feijão, aliada às ocorrências de
pragas (mosca branca) em muitas plantações elevou os preços desde ao produtor
até as gôndolas dos supermercados, afirmam os pesquisadores Danton Leonel de
Camargo Bini, Eder Pinatti e José Alberto Angelo. No leite B e C, a redução da
quantidade e qualidade das pastagens reflete na menor oferta dos produtos, o que
tem pressionado as cotações para cima. Os produtos que apresentaram as maiores
quedas de preços neste mês foram: laranja para mesa (16,98%), carne de frango
(16,46%), tomate para mesa (16,01%), banana nanica (15,65%), carne suína
(9,66%), milho (7,71%) e cana-de-açúcar (5,46%). Em menor escala, aparecem os
produtos: ovos (4,14%), algodão (3,73%) e carne bovina (0,49%). Enquanto
manifestação da tradicional sazonalidade da cultura do tomate, a redução das
chuvas e a não ocorrência de geadas no outono levam abaixo as perdas e suas
interferências nos custos de produção, aumentando a oferta com conseqüente
redução nos preços. Mesmo com queda em maio/13, os preços médios recebidos
pelos produtores (valores nominais) estão bem maiores em relação aos meses iniciais
dos anos de 2011 e principalmente de 2012 quando os preços ficaram abaixo de R$
30,00, tal movimento podem estar ajudando os tomateiros a se capitalizar, uma
vez que sofreram perdas consideráveis no período anterior. No caso das carnes
de frango e suína, a demanda interna fraca e a redução no nível de exportação
puxou os preços para baixo. Mesmo que o repasse da redução dos custos do milho
tenha interferido na redução dos preços recebidos pelos produtores, foi a
redução no nível de exportação que aumentou em muito o volume oferecido de seus
subprodutos no mercado interno o que tornou os valores repassados aos
granjeiros não remuneradores (abaixo dos custos de produção). Últimos 12 meses
- No acumulado dos últimos 12 meses, o IqPR registrou alta de 2,77%.
Apresentaram aumentos em patamares mais elevados que a inflação acumulada para
os últimos 12 meses: batata (216,24%), tomate para mesa (159,34%), trigo
(52,43%), ovos (42,10%), algodão (30,35%), arroz (27,25%), carne suína
(11,91%), leite C (7,82%) e leite B (7,30%), carne de frango (5,27,38%), carne
de frango (20,82%) e laranja para mesa (7,42%). Em menor expressão variaram
também positivamente: carne de frango (5,88%), carne bovina (4,26%), laranja
para mesa (4,08%) e o milho (2,36%). Apresentaram reduções de preços os
seguintes produtos: café (-21,98%), banana nanica (-15,60%), cana-de-açúcar
(-10,17%), amendoim (2,69%) e soja (-1,80%). Os produtos laranja para indústria
e feijão estavam sem cotação de preços em maio de 2012, esclarecem os
pesquisadores do IEA. - Ascom
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