Goiânia/GO
- A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 6/6, a Operação
Piratas do Asfalto. A ação policial acontece em 7 estados e deve cumprir 35
mandados de prisão (30 preventivas e 5 temporárias), além de 38 mandados de
busca e apreensão, contra uma quadrilha especializada em roubos a cargas nas
estradas brasileira. Ao todo cerca de 200 policiais estão nas ruas cumprindo as
medidas judiciais de prisão e busca e apreensão. As investigações que levaram à
identificação da organização criminosa começaram em fevereiro de 2012, em
Tocantins, e permitiram às equipes de policiais identificar a rotina da
quadrilha, que atuava na Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Tocantins e
São Paulo. Estima-se que a quadrilha tenha, durante o período investigado,
causado um prejuízo estimado de R$ 50 milhões. Além de atuarem de forma
bastante violenta, abordando os caminhões ainda em movimento, realizando
“emboscadas” e sequestrando os motoristas, os criminosos também contavam com a
cumplicidade de alguns caminhoneiros. Monitorando os criminosos, os Policiais
Federais acompanharam situações em que os motoristas responsáveis pelas cargas
integravam a quadrilha, desviando produtos para, posteriormente, registrarem ocorrências
policiais. Especializados no roubo de cargas, os criminosos usavam potentes
bloqueadores de celulares - os chamados jammers - para evitar o rastreamento
dos caminhões e da carga roubada. A Polícia Federal investiga ainda a possível
participação de funcionários das empresas de monitoramento e segurança eletrônica
no esquema criminoso. Durante todo o trabalho investigativo, a PF monitorou 17
casos de roubo/furto de cargas, em algumas situações as cargas estavam
avaliadas em mais de R$ 1 milhão. Os integrantes não faziam distinção da carga,
roubando desde gêneros alimentícios, eletrônicos a materiais de construção.
Somente em máquinas agrícolas a PF já recuperou um total aproximado de R$ 3,6
milhões. Neste período, os policiais também realizaram 12 prisões em flagrante,
alguns destes já estão em liberdade e voltaram a ser presos por força de
mandados de prisão cautelares. Os envolvidos são investigados pela prática dos
crimes de formação de quadrilha, furto qualificado, roubo, receptação
qualificada e falsa comunicação de crime, entre outros . O nome da Operação faz
referência à maneira como a quadrilha atuava, que faz lembrar a ação de
piratas. - Ascom
Nenhum comentário:
Postar um comentário