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Justiça Eleitoral fez o primeiro movimento para a participação das Forças
Armadas em municípios brasileiros que necessitarão de apoio militar na
segurança e a ordem nas eleições 2012. Nesta quarta-feira (25), o ministro da
Defesa, Celso Amorim, e a presidenta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, assinaram o documento que estabelece as
“Normas de Conduta e Regras de Engajamento nas Eleições 2012”. “Acho que essa
presença das Forças Armadas com o objetivo de assegurar o apoio à democracia
brasileira é para mim motivo de muito orgulho. Nós estamos de parabéns por
poder servir à democracia brasileira”, disse o ministro Amorim. Para a ministra
Cármen Lúcia, a participação das Forças Armadas irá garantir a segurança e a
tranquilidade na realização das eleições. A presidenta do TSE explicou que a
definição dos municípios que contarão com o apoio militar se dará posteriormente.
A expectativa é que no próximo mês o TSE receba comunicados dos governos
estaduais informando se terão condições de garantir a segurança pública com as
policiais militares. Caso contrário, haverá a requisição para o emprego de
aparato militar. O ministro da Defesa informou que nas eleições de 2008 e 2010
algumas cidades tiveram a segurança feita pelas Forças Armadas. Engajamento nas
eleições - O documento firmado estabelece, por exemplo, como norma de conduta
dois itens: conhecimentos básicos e emprego da tropa. No primeiro caso, o texto
dá as diretrizes de que a utilização de militares nas eleições passa por
autorização do Ministério da Defesa a partir de pedido do Tribunal Superior
Eleitoral formulado à presidenta Dilma Rousseff. No segundo caso, diz o texto
que a tropa somente desempenhará missões que forem atribuídas na garantia da
votação e da apuração no processo eleitoral. Essa regra vale desde que seja
aplicada em obediência rigorosa à legislação vigente e com orientações do
“escalão superior”. Na prática, o documento estabelece regras comuns em
operação militar e que definem com exatidão aquilo que pode e que não pode ser
feito. Dois exemplos recentes de emprego militar foram informados pela Defesa:
as participações das Forças Armadas na Minustah (Missão das Nações Unidas para
a estabilização no Haiti) e a missão de
paz nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. Além disso, o
conjunto de normas de conduta e regras deixa claro que tudo transcorrerá dentro
dos limites para esse tipo e operação e que as Forças Armadas não terão a
função de efetuar o policiamento rotineiro ostensivo em locais que haja
normalidade. Na cerimônia ocorrida no TSE, o ministro Amorim estava na companhia
dos comandantes do Exército, general Enzo Martins Peri, e da Aeronáutica,
brigadeiro Juniti Saito; do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas
(EMCFA), general José Carlos De Nardi; do chefe de Operações Conjuntas (Choc),
general João Carlos Vilela; além do chefe do Estado-Maior de Armada, almirante
Fernando Eduardo Studart Wiemer.
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