Participação
das Forças Armadas nos jogos envolve também a atuação de técnicos,
fisioterapeutas, nutricionista e militares que atuarão como observadores na
área de segurança - Brasília, 17/07/2012
– Às vésperas do início dos Jogos Olímpicos de Londres, a delegação de atletas
que disputará as diversas modalidades esportivas inicia o embarque para a
cidade que, nas próximas semanas, será o centro das atenções mundiais. E, nesta
edição olímpica, o Brasil ganha reforço com a participação de 51 militares
entre os atletas que estarão na capital britânica na luta por medalhas em 12
competições. Trata-se da maior participação
de militares brasileiros numa olimpíada. Como o país levará 259 atletas, o
efetivo das Forças Armadas representa 19,7% – praticamente um quinto do total
de competidores que vestirão verde e amarelo durante as disputas. Além disso, irão a Londres sete técnicos,
três fisioterapeutas, um nutricionista e cinco militares que atuarão como
observadores. Esses militares terão por missão levantar informações sobre as
atividades que devem ser utilizadas nos Jogos Olímpicos Rio 2016 e nas
Paraolimpíadas, competições que ocorrerão na capital do estado do Rio. Além da equipe militar, que estará atenta às
competições e aos desdobramentos das atividades esportivas, o Ministério da
Defesa, por meio do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), enviará
ao Reino Unidos quatro militares que terão irão acompanhar a execução do plano
de segurança das duas competições. Os detalhes do planejamento também servirão
para a Copa das Confederações, em 2013, e a Copa do Mundo Fifa 2014. Militares
em Londres - Os 51 atletas-militares e
16 técnicos iniciaram o embarque para Londres ontem (16). Integrantes da
delegação brasileira participam da cerimônia de abertura no dia 27 de julho,
quando começam efetivamente as disputas. Esses brasileiros brigarão por
medalhas nas seguintes modalidades: vôlei, vela, atletismo, esgrima, hipismo,
natação, pentatlo moderno, taekwondo, judô, tiro, boxe e triatlo. Dos 67
militares que compõem a delegação brasileira, 18 são da Marinha do Brasil e 49
do Exército Brasileiro. A expressiva participação dos atletas é fruto do
Programa de Incorporação de Atletas de Alto Rendimento (AAR) nas Forças
Armadas. Os integrantes da comissão técnica e observadores, por sua vez,
integram o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2016. A escolha desses
profissionais decorreu do elevado grau de especialização proveniente da
experiência adquirida nos 5º Jogos Mundiais Militares, que aconteceram no ano
passado, no Rio de Janeiro. Observadores militares Para acompanhar o plano de
segurança dos Jogos Olímpicos e das Paraolimpíadas, em Londres, o Ministério da
Defesa designou quatro militares. O tenente-coronel Marcos Vinicio Dupont e o
major William Fernandes de Oliveira Amaral irão ao Reino Unido entre os dias 31
de julho e 7 de agosto, para dedicar atenção especial às Olimpíadas. Enquanto
isso, o capitão-de-fragata Alberto Rodrigues Mesquita Junior e o major
Alessandro Sorgini D`Amato participarão dos eventos referentes às
Paraolimpíadas, entre os dias 3 e 8 de setembro. “Iremos visitar diversos
setores na área de segurança. O objetivo é acompanhar in loco aquilo que foi
preparado para a segurança do evento e utilizar essa experiência como forma de
agregar valor para os Jogos Olímpicos Rio 2016”, afirmou o coronel Dupont. Os
militares brasileiros estarão acompanhados de delegados da Polícia Federal e
integrantes da Secretaria Especial de Grandes Eventos, com o apoio da Embaixada
do Brasil no Reino Unido. De acordo com o coronel Dupont, é praxe que o
país-sede de um evento esportivo receba observadores do país que será a sede
daqui a quatro anos. Enquanto os policiais tratarão de detalhes da segurança
pública, Dupont buscará informações sobre o aparato militar. O controle
marítimo e do espaço aéreo, por exemplo, merecerão detalhamento da equipe
brasileira. O militar da Força Aérea contou ainda que o planejamento passa
também por ações que visam neutralizar terrorismo e ataques cibernéticos. “Isso
tudo irá somar ao que aplicamos na Conferência das Nações Unidas sobre o
Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Toda experiência obtida nos ajudará
também no planejamento de outros eventos que teremos pela frente nos próximos
anos”, concluiu Dupont.
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