Decisão
seria tomada pela população através de referendo popular aplicado pelo TER. O
deputado Paranhos (PSC) protocolou na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep)
uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para proibir a prática do tabagismo
em logradouros públicos estaduais e municipais, compreendendo ruas, parques e
praças com livre acesso e trânsito de pessoas.
A proposta já foi publicada no Diário Oficial da Assembleia Legislativa
e na sessão de ontem (3) foi lido um memorando informando os parlamentares
sobre a veiculação da PEC e da abertura do prazo de três dias para oferecimento
de emendas. O próximo passo legal é a formação da Comissão Especial encarregada
de analisar a PEC. De acordo com a iniciativa de Paranhos, a Constituição do
Estado do Paraná deve passar a vigorar acrescida do artigo 167-A, com a
seguinte redação: “É proibida a prática do tabagismo ou o uso de substância
fumígena em logradouros públicos estaduais e municipais, compreendendo
inclusive parques e praças de domínio público ou qualquer outro espaço, fechado
ou aberto, de livre acesso ou trânsito”. A aplicação da PEC, segundo o texto,
ficará vinculada à decisão do eleitorado paranaense, que irá se manifestar
através de referendo a ser realizado pelo Tribunal Regional Eleitoral em data
oportuna, previamente anunciado e precedido de amplo debate público. O deputado
Paranhos defende a iniciativa com informações largamente divulgadas sobre os
males causados pelo fumo tanto a fumantes quanto a não fumantes. A
justificativa anexa ao projeto da PEC cita que as doenças cardiovasculares e o
câncer têm no tabagismo seu mais importante fator de risco e são a primeira e a
segunda causa de óbitos por doença no Brasil, respondendo, respectivamente, por
29 e 15% dos óbitos anuais. O fumo também é responsável direto por vários tipos
de câncer – de boca, garganta e pulmão são os mais comuns -, além de diversas
doenças respiratórias. “Todos somos
vítimas desse mal, responsável por milhares de casos de doenças que superlotam
leitos de hospitais e demandam gastos cada vez maiores com tratamentos na saúde
pública”, argumenta. Mas o mais grave,
na avaliação do parlamentar do PSC, são os casos dos fumantes passivos. Estudos
revelam que são milhares de pessoas que ficam doentes sem fumar, sobretudo
crianças, expostas aos elementos químicos expelidos com a fumaça do cigarro.
“Não há, no cigarro, nenhum fator positivo, nada que justifique a
permissividade do seu uso em ambientes de circulação de pessoas, onde a grande
maioria do público é formada por não fumantes”, enfatiza Paranhos. É importante frisar que a decisão de proibir
ou não o fumo em logradouros públicos ficará a cargo da população, em referendo
popular. Depois disso, se aprovada a PEC, caberá aos deputados estaduais a
formulação de uma legislação complementar para regulamentar a aplicação de
multas, sanções e penalidades diversas aos infratores, respeitadas a
Constituição e legislação federal pertinente.
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