A
Advocacia-Geral da União (AGU) garantiu, na Justiça Federal de Brasília, a
manutenção de 44 obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do
Governo Federal na área de infraestrutura terrestre. Os projetos estão sendo
executados em parceria do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes
(Dnit) e pelo Ministério do Exército. O Ministério Público Federal (MPF) e o
Ministério Público Militar haviam solicitado a paralisação de todas as obras e
a anulação dos convênios, com suspensão do repasse de verbas, em virtude de
supostas fraudes na celebração e execução de acordos. No entanto, os
procuradores e advogados da AGU demonstraram que as irregularidades foram
constatadas pela própria União, através de apuração da Controladoria-Geral da
União. Para sanar as fraudes, foram adotadas medidas no âmbito do controle
interno, para punição dos responsáveis e encerrados todos os convênios
questionados, celebrados entre 2004 e 2005, que estavam sob a responsabilidade
das fundações de apoio. As unidades da AGU ressaltaram que os projetos
atualmente em execução, fazem parte da parceria entre o Dnit e o Exército, sem
qualquer participação das fundações de apoio, responsáveis pelas irregularidades
anteriores. Segundo os advogados públicos, a parceria é responsável por 26
convênios, que tem como objetivo realizar manutenção das rodovias, sobretudo em
lugares inóspitos. Os acordos também são usados para atuar em situações
emergenciais, e a paralisação acarretaria sérios danos à coletividade, uma vez
que inviabilizaria importantes projetos do governo não atingidos pela fraude
apontada pelo MPF. A AGU ainda destacou que a parceria entre os dois órgãos
acontece desde 1960 e já foi responsável por muitos projetos executados na área
de infraestrutura terrestre, como abertura e implantação de 90% das rodovias
federais na Região Norte do país e da ferrovia "Ferroeste". O juízo
da 21ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal concordou com os argumentos
da AGU e considerou que "a concessão da liminar, nos termos em que
requerida pelos autores, colocaria em risco Projetos Sociais do Governo Federal
que visam beneficiar toda a coletividade e, por outro lado, não teriam o efeito
de suspender a prática dos atos ilegais, pois conforme já colocado, todos os
convênios encontram-se encerrados". Atuaram no caso, a
Procuradoria-Regional Federal da 1ª Região e a Procuradoria Federal
Especializada junto ao Dnit, unidades da Procuradoria-Geral Federal (PGF); a
Procuradoria Regional da União da 1ª Região, unidade da Procuradoria-Geral da
União (PGU); a Consultoria Jurídica do Ministério da Defesa, unidade da
Consultoria-Geral da União (CGU). A PGF, a PGU e a CGU são órgãos da AGU.
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