Governo de Minas Gerais apresenta as ações previstas
no acordo coletivo e esclarece dúvidas sobre a sua implementação. O Governo de Minas Gerais recebeu, nesta quarta-feira
(16/3), na Cidade Administrativa, os prefeitos das cidades atingidas pelo
rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, para esclarecer os pontos do
acordo coletivo celebrado pela União e estados com a Samarco Mineração e suas
controladoras, Vale e BHP. Mesmo após a assinatura do acordo coletivo, o
governo estadual mantém o diálogo com os municípios, dando prosseguimento ao
trabalho iniciado com a força-tarefa. Além de explicar detalhes do acordo
coletivo, o encontro foi uma prestação de contas aos prefeitos do trabalho
realizado pela força-tarefa, que compilou os danos ambientais, materiais e
econômicos, apresentados pelos municípios, decorrentes do rompimento da
barragem. “O governador Fernando Pimentel recebeu os prefeitos atingidos
pelo desastre, em novembro do ano passado, para ouvir as suas reinvindicações e
assumiu a coordenação das ações voltadas para a recuperação destes municípios,
que foram consolidadas neste acordo. Este é o resultado de um compromisso
firmado e cumprido”, destaca o secretário de Desenvolvimento Regional Política Urbana e Gestão
Metropolitana,
Tadeu Martins Leite, que coordenou os trabalhos da força-tarefa estadual. O
advogado-geral do Estado, Onofre Alves Batista Junior, detalhou os principais
pontos do acordo coletivo e ressaltou que pensar de forma conjunta com a União,
estados e comunidades atingidas foi a melhor forma de garantir soluções
adequadas, justas e eficazes para dar celeridade às decisões que possam ajudar
a reconstruir a vida da população atingida. “O consenso final nasceu do acordo
coletivo. Sem ele teríamos um desastre maior. Nós sabemos que uma demanda
judicial duraria anos e deixaria muita gente desamparada. E não é isso o que
queremos”, avalia o advogado-geral. Acordo coletivo - Formalizado
em Brasília, no último dia 2 de março, em solenidade que teve a participação da
presidente Dilma Rousseff, dos governadores de Minas Gerais, Fernando Pimentel,
do Espírito Santo, Paulo Hartung, entre outras autoridades, o acordo tem o
objetivo de consolidar medidas e ações para recuperação da Bacia do Rio Doce e
restauração das áreas atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, da
Samarco. Cerca de R$ 26 bilhões serão aplicados nas comunidades e na
recuperação da Bacia do Rio Doce ao longo de mais de uma década. Uma fundação
de direito privado será responsável pela gestão do fundo que vai viabilizar as
ações corretivas e medidas socioeconômicas e socioambientais e será constituído
com repasses financeiros da Samarco e suas controladas, Vale e BHP. A fundação
será controlada, também, pelo Comitê Interfederativo, com representantes da
União, dos dois estados e dos municípios, bem como por uma auditoria externa
independente (conforme solicitado pelo Ministério Público Federal), que deve
fiscalizar e fornecer informações para todos os órgãos de controle. A
expectativa é que o fundo movimente R$ 20 bilhões em 10 anos. Força-tarefa
- Em 21 de novembro de 2015, o Governo de Minas Gerais, por meio do Decreto
nº 46.892,
instituiu a força-tarefa para avaliação dos efeitos e desdobramentos do
rompimento da barragem da mineradora Samarco, no distrito de Bento Rodrigues,
em Mariana. O grupo, coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional de
Política Urbana e Gestão Metropolitana (Sedru), era composto pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável (Semad), Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, Advocacia Geral do Estado (AGE), Copasa, Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam) e Cemig, além de prefeitos dos municípios atingidos. A
força-tarefa cumpriu a missão de realizar levantamento de dados, emitir
relatórios, apresentar conclusões e propor medidas corretivas e restauradoras
acerca dos danos humanos, ambientais e materiais decorrentes do rompimento da
barragem de Fundão. O relatório final dos trabalhos foi entregue ao governador
Fernando Pimentel e contribuiu decisivamente nas discussões para elaboração do
acordo coletivo para a recuperação dos municípios atingidos e da Bacia do Rio
Doce. - Secom
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