Organismos nacionais e internacionais analisam
projetos financiados pela entidade, que investiu, desde 2011, R$ 96 milhões em
190 iniciativas. Um estudo pioneiro classificou como positivos os principais
aspectos dos projetos apoiados pelo Fundo Nacional sobre Mudança do Clima
(Fundo Clima), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA). Apresentada em
seminário realizado em Brasília nesta terça-feira (29/03), a avaliação foi
realizada em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a
Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ). Entre as
conclusões, foi apontada a variedade de projetos financiados pelo Fundo em
temas considerados importantes para a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas.
Também foram citados o rápido crescimento no número de iniciativas, o aumento
da capilaridade dos programas e a promoção de medidas “simples, eficazes e de
baixo custo”. Esses quesitos foram encontrados em projetos realizados no
Semiárido, na Zona Costeira e no Cerrado. CAMINHOS - O objetivo do estudo é
medir o sucesso dos projetos apoiados e identificar boas práticas que possam
ser replicadas. O secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do
MMA, José Gonzalez Miguez, afirmou que essas medidas devem contribuir para o
cumprimento das metas de redução de emissões de carbono assumidas pelo Brasil.
“É preciso analisar o que está sendo feito para seguir os melhores caminhos”,
explicou. O levantamento também identificou pontos que precisam de
intervenções. “Essa é uma avaliação de atores que compartilham de um mesmo
desafio”, afirmou Carlos Mussi, diretor Comissão Econômica para América Latina
e o Caribe (CEPAL) em Brasília, entidade parceira na realização do estudo. “As
recomendações se referem a questões sobre a gestão de conhecimentos e como
construir indicadores”, acrescentou a diretora de Proteção e Gestão Sustentável
das Florestas Tropicais da GIZ, Ingrid Prem. SAIBA MAIS - Vinculado ao
MMA, o Fundo é um dos principais instrumentos da Política Nacional sobre
Mudança do Clima (PNMC) e contribui, também, para o alcance das metas de
redução de emissões que o Brasil assumiu ao aderir ao Acordo de Paris, no fim
de 2015. Desde 2011, 190 projetos não-reembolsáveis já foram contratados pelo
Fundo Clima, dos quais 65 já foram concluídos. Ao todo, R$ 96 milhões foram
investidos nesse período. Pioneiro no apoio a pesquisas e programas de
mitigação e adaptação, o Fundo tem natureza contábil e é administrado por um
comitê formado por representantes de órgãos federais, da sociedade civil, do
terceiro setor, dos estados e dos municípios. Os projetos apoiados incluem
estudos para aproveitamento energético de biogás, construção de indicadores de
vulnerabilidade da população, recuperação de dados meteorológicos históricos e
manejo florestal. As ações são desenvolvidas por órgãos públicos, pela academia
e por organizações não-governamentais. –Secom
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