quinta-feira, 31 de março de 2016

CELESC FECHA 2015 COM CRESCIMENTO DE 9,1% NA RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

Em resultado apresentado nesta terça-feira, 29, à CVM, a Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A – Celesc, registra que, mesmo em condições adversas, encerrou 2015 com receita operacional líquida 9,1% maior do que a registrada no ano anterior, somando R$ 6,4 bilhões. No mesmo período, o EBITDA consolidado das operações da companhia foi de R$ 354,8 milhões, com queda de 64,6% em relação a 2014, e o lucro líquido no período foi de R$ 130,7 milhões, 74,5% menor que o alcançado no exercício anterior. Os resultados da Companhia refletem, além dos desafios da estagnação econômica no país, o impacto da defasagem do repasse de valores de subsídios e taxas intrasetoriais para a tarifa cobrada dos consumidores, que precisam ser custeados com recursos das próprias distribuidoras. Na área de concessão da Celesc Distribuição, os efeitos da recessão somaram-se aos reflexos de um ano de temperaturas mais amenas. Os dois fatores provocaram queda de consumo nas diversas classes de consumidores, em especial na indústria (com queda de 6,7%) e nas residências (-2,5%). No ano, a empresa registrou queda de 2,1% no volume de energia distribuída, ante a perspectiva de crescimento de 3% para o período. Resultados - A Receita Operacional Líquida Consolidada (que acumula a receita proveniente dos serviços de geração, transmissão e distribuição de energia sem os efeitos da Receita de Construção de R$ 430,9 milhões) somou R$6,4 bilhões no ano. O crescimento de 9,1% reflete, principalmente, o desempenho da Celesc Distribuição, o maior braço empresarial da companhia, cuja receita foi favorecida pela recomposição tarifária promovida pelo reajuste anual de agosto/14 (+23,21%), a revisão tarifária extraordinária em março/15 (+24,8%), o reajuste anual de agosto/15 (+3,61) e o faturamento com Bandeiras Tarifárias (R$ 696 milhões). O Lucro Líquido Consolidado do período somou R$130,7 milhões. O resultado é menor que o de 2014 (R$ 513,1 milhões), principalmente porque naquele ano a companhia contabilizou positivamente reversão de provisão referente à Recomposição Tarifária Extraordinária de 2002, no valor de R$ 221,6 milhões. Importante destacar que em 2015, o cenário vivenciado foi bastante adverso para todas as empresas do setor elétrico. No primeiro trimestre do ano, a baixa hidraulicidade na área das grandes usinas resultou em frustações nos leilões oficiais de energia, levando as empresas distribuidoras a lançarem mão, em algumas situações, da compra de energia para venda no mercado de curto prazo, e a sofrerem queda na liquidez de caixa e adiamento de arrecadação (CVA). A partir do segundo trimestre, por conta do contexto ainda mais desfavorável nos campos político e econômico do país, a situação não foi melhor. Na área de geração de energia, a subsidiária Celesc Geração S.A. apresentou receita operacional líquida de R$ 133,9 milhões em 2015, 11,4% menor que a registrada em 2014, com redução de suas receitas no segundo semestre devido à queda dos preços de venda no mercado de curto prazo. No ano, a empresa também concretizou investimento importante, que foi a recuperação, de forma adequada para a realidade do setor, das cinco concessões de Usinas de Geração declinadas por ocasião da MP 579 em 2012. A revisão do Plano Estratégico no início do exercício focou de maneira direta na renovação do Contrato de Concessão da Celesc Distribuição, assinada em dezembro, com indicadores  impostos pelo órgão regulador bastante desafiadores e que exigirão da empresa grande evolução em seus índices de qualidade. Quanto aos índices de sustentabilidade econômico-financeiros, os ajustes em andamento já produziram efeitos importantes e deverão ser acelerados de forma a garantir a manutenção da concessão. Em paralelo às dificuldades vividas em 2015, a Celesc S.A. continuou adequando sua forma de atuação. No ano, o CAPEX Consolidado foi de R$ 471,2 milhões (alta de 17,5%). Por conta de ações na área operacional e inovações tecnológicas, os indicadores de qualidade do serviço apresentaram melhora em relação a 2014: o DEC somou 14,7 horas (redução de 3,3%) e o FEC foi de 10,2 vezes (melhora de 2,5%).Mantendo foco na eficiência operacional, aproveitando melhor seus recursos e otimizando processos, a companhia também registrou, em 2015, redução de 5,6% (-R$ 48,6 milhões) nas suas despesas operacionais gerenciáveis em relação a 2014. Ainda no campo financeiro, o grupo encerrou o período com Dívida Líquida Consolidada de R$ 220,9 milhões, o equivalente a 0,7x o EBITDA Ajustado 12M ou 0,1x seu Patrimônio Líquido ao final do quarto trimestre de 2015. Em paralelo às dificuldades vividas em 2015, a Celesc também continuou adequando sua forma de atuar e, em especial, sua governança. A empresa iniciou seu programa de controles internos, nos moldes da metodologia SOX (Sarbanes e Oxley – EUA) e deu andamento ao desenvolvimento da medição de seus Riscos Estratégicos, reportados ao Conselho de Administração periodicamente. Destaque ainda para o lançamento da Política Anticorrupção e à criação de canal de denúncia, acessível no site da companhia, para que qualquer cidadão possa fazer denúncias, em caráter anônimo ou não, em comunicação direta com o Comitê de Ética do Conselho de Administração. No ano, também foi revisada a Política de Responsabilidade Socioambiental, que permeia, cada vez mais, as ações da Celesc de forma estratégica. O uso de matérias-primas renováveis e a redução na emissão de gases do efeito estufa e de resíduos poluentes estão entre os compromissos firmados. Além dos já imensos desafios, o cenário político e econômico do Brasil aponta para maiores dificuldades para retomada do crescimento e, por consequência, do crescimento do mercado de consumo de energia elétrica. A isto se somam as condições do novo Contrato de Concessão e este contexto exigirá da companhia aprofundamento dos ajustes previstos no Plano Diretor e Plano Estratégico, de forma a ajustar os custos operacionais à nova realidade de mercado de consumo. A direção da empresa está atenta e antecipando providências para que a Celesc ganhe eficiência, mantenha-se lucrativa e atenda os indicadores para manutenção da concessão. – Secom

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