Quatro jornalistas acusados de integrar a
organização criminosa investigada no inquérito policial da operação “Liberdade
de Extorsão” foram indiciados pela Delegacia Especializada de Crimes
Fazendários e Contra a Administração Pública, da Polícia Judiciária Civil
(Defaz). As investigações integram a operação Carga Máxima da Secretaria de
Estado de Segurança Pública.Os envolvidos responderão pelos crimes de extorsão,
violação de sigilo funcional e organização criminosa. Entre os indiciados estão
quatro jornalistas do Grupo "Millas Comunicação", que administram os
veículos de comunicação Centro-Oeste Popular, Notícias Max e Brasil Notícias.
Os indiciados Antônio Carlos Millas de Oliveira, dono do Jornal Centro-Oeste
Popular, seus filhos Max Feitosa Millas, dono do Notícia Max, Maycon Feitosa
Millas e o editor-chefe do Brasil Notícias, com sede em Brasília, Naedson
Martins da Silva, estão presos por força de mandado de prisão preventiva, desde
o dia 12 de março quando foi deflagrada a operação.O jornalista Antônio Peres
Pacheco e o auditor fiscal da Prefeitura de Cuiabá, Walmir Correa, foram presos
temporariamente (5 dias), no dia 12 de março, e liberados após prestarem esclarecimentos
que contribuíram para as investigações.O inquérito policial indiciou os
suspeitos pela coação das vítimas, que eram obrigadas a pagar quantias
vultuosas, entre R$ 100 a 300 mil, para não terem informações divulgadas nos
veículos sobre supostas irregularidades em contratos administrativos, corrupção
ativa e passiva, entre outras negociatas.Nas oitivas ficou constatado que os
jornalistas acessavam de dentro das suas empresas dados sigilosos da base do
ISS da Prefeitura Municipal, utilizando login e senha de servidores públicos. O
grupo vinha agindo há vários anos e o valor cobrado era variável, dependendo da
capacidade econômica de cada vítima.De acordo com o delegado Anderson Veiga,
essa primeira fase da operação foi concluída, mas as investigações continuam,
uma vez que vários documentos foram apreendidos e serão analisados, podendo
surgir novas evidências. “Como se trata de réus presos, tínhamos prazo para
concluir essa fase, mas as investigações prosseguem, com a possibilidade de
novos fatos e surgimento de outros suspeitos”, destacou.–Secom
tvgazetalife@hotmail.com
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