Novo projeto coloca TV pública a serviço da
cidadania, por meio do diálogo com a sociedade, com conceitos interativos e
programas construídos coletivamente. A Rede Minas está sendo revitalizada, e, como
parte das mudanças implantadas na TV pública, agora estruturada com os
conceitos de TV cidadã e colaborativa, foram lançados três novos programas:
Mulhere-se, Sou 60 e Jornal das Crianças. Além disso, o Brasil das Gerais foi
reestreado, e, em breve, novos programas farão parte da grade. “Estamos
propondo outra lógica de produção, que envolve, entre outras coisas, a
participação de muita gente jovem e a utilização de diversos recursos de
interatividade. A ideia é trazer o modelo colaborativo e participativo para a
televisão pública”, explica o presidente da Rede Minas, Israel do Vale. Segundo
o diretor de jornalismo da Rede Minas, Tulio Ottoni, uma das frentes da revitalização
da TV é a adoção da lógica de rede. “Não queremos nos limitar a fazer os
programas e esperar audiência. Vamos pegar temas latentes, fazer conexões com
diversos públicos e movimentos, provocar as pessoas. Os programas estão todos
em construção permanente, já que são voltados para as questões da sociedade,
que não são estáticas”, afirma. Além dos programas já lançados, algumas
novidades estão por vir, como a criação de uma plataforma nos moldes do NetFlix
e YouTube. Na MinasFlix, como foi batizada, serão armazenados vídeos, pelos
quais o público poderá navegar, além de um canal específico de produção
audiovisual indígena. O público também terá acesso a conteúdos extras, como
entrevistas completas, bastidores dos programas, entre outros materiais que poderão
ser utilizados, por exemplo, para aulas e palestras. A Rede Minas também está
testando o Ginga, um middleware, ou seja, um mediador - que hoje já vem
acoplado em muitos dispositivos como televisões e celulares - que faz a
interface entre a TV digital e o telespectador. “Quem está assistindo o
programa aperta um botão e acessa conteúdos extras, informações sobre o
programa e opções interativas. Estamos testando a ferramenta no Mulhere-se,
ainda de forma modesta”, conta Tulio Ottoni. Como parte das mudanças para uma
TV colaborativa, os funcionários também foram convidados a participar de todos
os processos, por meio de encontros com os gestores, que favorecem a construção
coletiva do novo perfil da Rede Minas. Foi implantado, ainda, o colegiado de programação,
formado por servidores de todas as áreas da TV, que semanalmente opinam sobre a
qualidade dos programas. “O momento é de aguçar a escuta. Não vejo como fazer
TV pública sem ouvir. Esta é uma obrigação nossa”, defende Ottoni. Universo
feminista - Às 20h de toda quinta-feira, o público pode conferir o
Mulhere-se, primeiro programa com temática feminista da TV brasileira, que é o
carro-chefe do novo modelo adotado pela Rede Minas. “Durante a elaboração do
programa, convocamos a sociedade, por meio de conselhos abertos, para discutir
pautas, dar sugestões e ajudar a montar a linha editorial. Ele já era
colaborativo antes de ir para o ar”, conta o diretor de jornalismo da Rede
Minas, Tulio Ottoni. Com duração de 30 minutos, o programa é dividido em quatro
quadros: Sarau, palco aberto para performances artísticas de poesia, música,
dança, entre outras; Conversações, que incentiva a discussão de temáticas
relevantes acerca do universo feminino; Público, no qual debates itinerantes
são realizados a partir de intervenções em espaços públicos; e Bio, que traz
biografias de personagens femininas, anônimas ou não, contadas por mulheres que
têm uma relação específica com a biografada. O primeiro programa teve como tema
a relação entre a mulher e a mídia e foi ao ar no dia 17 de março. “Existe uma
enorme demanda reprimida no que diz respeito à visibilidade para as mulheres.
Percebemos que este era um momento rico para promover esta construção coletiva
e incentivar a criação de uma imagem e papel social feminino mais condizente
com a realidade”, ressalta a diretora do Mulhere-se, Sara Ribeiro. Sara conta
que, para ouvir as pessoas, além dos conselhos mensais abertos, que estão sendo
realizados desde janeiro, a equipe de produção também levou uma cabine de
gravação para diversos locais nos quais havia alguma reunião de grupos da
sociedade civil de mulheres, como donas de casa, movimentos feministas, entre
outros, onde as pessoas eram convidadas a falar. A vídeo cabine esteve, por
exemplo, na 4ª Conferência Estadual de Políticas para Mulheres, realizada em
outubro de 2015 em Caeté, no Território Metropolitano. “Ouvimos muitas ideias e
sugestões. As pessoas também foram provocadas com perguntas sobre o universo
feminino e também sobre a possível existência de um programa voltado para ele,
que ainda não existia. A partir desses retornos, fomos criando a proposta do
programa e dos quadros”, diz. O próximo conselho aberto do Mulhere-se acontece
nesta quarta-feira (30/3), às 21h, na Rede Minas (Av. Nossa Senhora do Carmo,
931, Sion). Para participar, é preciso fazer inscrição neste link: https://www.facebook.com/events/255520048113899/. Mais lançamentos - Apresentado
por Roberta Zampetti, o Sou 60 aborda a temática do envelhecimento, mas visa
atingir todas as idades e promover uma interação maior entre as gerações.
Exibido aos domingos, às 9h30, o programa tem meia hora de duração. Para
elaborar o projeto, a jornalista também estabeleceu previamente uma rede de
diálogo com seu público, ouvindo suas demandas. Por outro lado, os pequenos têm
voz no Jornal das Crianças, programa exibido dentro do Jornal Minas 1ª Edição,
toda sexta-feira às 11h30. Feito pelas próprias crianças com um telefone
celular, a ideia é que o programa mostre suas visões de mundo. “Qualquer
criança pode mandar o vídeo, de forma bem espontânea. Queremos, também, dar voz
a elas”, diz Ottoni. O Brasil das Gerais, por sua vez, foi relançado, com
apresentação de Patrícia Pinho. Exibido às segundas e quartas-feiras, 20h, o
programa foi repaginado e traz três temas básicos: tecnologia social,
patrimônio cultural e promoção da saúde. Tudo por uma ótica inovadora, já que o
programa foge do óbvio, por exemplo, ao desmitificar que patrimônio cultural é
só material e ao mostrar, no âmbito da saúde, o lado do paciente, que, neste
caso, é a fonte. Interação - Os programas têm fanpages ativas
no Facebook, que servem como fonte para pautas e também como ponte com o
público. Mulhere-se: www.facebook.com/programamulherese; Sou 60: www.facebook.com/programaSou60; Brasil das Gerais: www.facebook.com/brasildasgerais. Como sintonizar - Em
grande parte da região metropolitana de Belo Horizonte o sinal analógico da
Rede Minas poderá ser recebido no canal 9 (VHF) e o sinal digital no canal 17
(UHF). Neste link estão disponíveis as emissoras afiliadas no interior do estado. –Secom
tvgazetalife@hotmail.com
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