O governador Beto Richa acompanhou nesta
segunda-feira (28), em Curitiba, a apresentação do balanço financeiro do Banco
Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) de 2015. O banco fechou o ano
com lucro líquido de R$ 262,99 milhões, o maior da história da instituição em seus
55 anos. O valor representa um incremento de 24,11% frente a 2014, quando
encerrou o ano fiscal com lucro líquido de R$ 211,9 milhões. Contribuiu para o bom resultado
o aporte de R$ 200 milhões feito pelo Governo do Paraná. “A capitalização
fortaleceu o banco como um indutor do desenvolvimento regional, em especial do
Paraná. Nosso estado passa pelo maior ciclo industrial da história e precisa de
um banco forte e atuante”, defendeu Richa. Ele afirmou que o valor alocado pelo
governo permite obter até R$ 1,4 bilhão, ou sete vezes mais, em recursos. “Além
da iniciativa privada, grande parte desse valor será revertido para financiar
obras nos municípios”, disse. O último aporte de capital havia
sido feito pelo então governador José Richa. “É muito importante ver que o BRDE
está crescendo anualmente e se consolidando como um banco que estimula e
acredita no Paraná, principalmente, nesse período de crise”, afirmou Richa. Outro fator importante que
contribuiu para o resultado do período foi o aumento da receita de
intermediação financeira, que passou de R$ 1,04 bilhão em 2014 para R$ 1,2
bilhão em 2015, um crescimento de cerca de 17%. Também influenciaram no
resultado a adesão do BRDE ao Refis e a Venda de Bens não de Uso. CONTRATAÇÕES - As contratações do BRDE
cresceram 21,2% em 2015, quando comparadas ao ano de 2014, atingindo R$ 3,35
bilhões. O montante representa um total de 6.965 novas operações de crédito. As
liberações de recursos totalizaram R$ 2,84 bilhões e as operações aprovadas
chegaram a R$ 3,48 bilhões. De acordo com o diretor administrativo do BRDE,
Orlando Pessuti, o bom desempenho do banco foi resultado da diversificação dos
setores de financiamentos, inclusive, apoiando os municípios paranaenses. “O
lucro recorde do BRDE é uma demonstração do papel da instituição na geração de
empregos e no desenvolvimento econômico do Paraná. Esse é o melhor desempenho
da nossa história”, afirmou. Pessuti NO PARANÁ – Pessuti também destacou a
participação do BRDE do Paraná. Atualmente tem mais de R$ 12 bilhões de seus
ativos aplicados na economia da Região Sul, dos quais R$ 5 bilhões no Paraná. A
agência paranaense do BRDE bateu um recorde histórico em 2015, com a
contratação de R$ 1,53 bilhão em financiamentos, superando com folga a meta de
operações estipulada para o ano, de R$ 1 bilhão. As operações no Paraná em 2015
resultaram na criação de 7.505 postos de trabalho e na geração de R$ 390
milhões de ICMS. “Estamos otimistas com previsão de ampliar os recursos para
iniciativa pública e privada nos próximos anos”, disse Pessuti. Um dos
destaques foi a diversificação das fontes de recursos. Com isso, foi possível
fechar contratos com repasses não só do BNDES, mas também da FINEP, FGTS e
Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), tendo como resultado operações relevantes
na área de inovação e infraestrutura. Do total contratado, 30% são
financiamentos a produtores rurais, operações que somaram R$ 455,1 milhões.
Micro e pequenas empresas ficaram com R$ 135,4 milhões. Médias empresas, com R$
115,5 milhões e grandes empresas – incluindo cooperativas – com R$ 824,1
milhões. OUTROS NÚMEROS - O Patrimônio Líquido do BRDE
atingiu aproximadamente R$ 2,34 bilhões. O Capital Social aferido em dezembro
de 2015 foi de R$ 888,5 milhões, resultado da incorporação de reservas de R$
150 milhões no primeiro semestre de 2015 e de nova capitalização de reservas no
montante de R$ 53,2 milhões no segundo semestre. As operações contratadas pelo
BRDE vão permitir investimentos de R$ 4,8 bilhões na Região Sul, com a geração
de R$ 497,8 milhões ao ano de ICMS para os estados controladores. Esses
investimentos permitirão a geração ou manutenção de mais de 38 mil postos de
trabalho na região. O saldo das operações de
créditos do BRDE foi de R$ 12,3 bilhões em 2015, um aumento de 10,63% frente
aos R$ 11,16 bilhões de 2014. Os financiamentos rurais e agroindustriais
totalizaram R$ 7,35 bilhões no fim de 2015, frente aos R$ 6,30 bilhões de 2014,
um crescimento de 16,60% na carteira de crédito de financiamentos desse tipo. O
setor agropecuário continua concentrando a maior parcela da carteira de
créditos, com R$ 4,23 bilhões, seguido pela indústria, com R$ 3,58 bilhões. A
agropecuária respondia, em 31 de dezembro de 2015, por 34,2% da carteira de
crédito, enquanto a indústria era responsável por 29,0%. O destaque ficou com o
setor de infraestrutura, que apresentou um crescimento de 23,72% nos saldos da
carteira de crédito em 2015, quando comparado a 2014. O volume financiado para
o segmento atingiu R$ 2,108 bilhões em 2015, frente a R$ 1,704 bilhão de 2014,
o que representava 17,01% da carteira de crédito. Box: EM 2016 DEVE CHEGAR A
R$ 3,89 BILHÕESEM OPERAÇÕES DE CŔEDITO - A perspectiva do banco para
2016 é fechar R$ 3,89 bilhões em novas operações de crédito. A agropecuária
deverá responder pela maior parte, com 35,8% do total, seguida pelo setor de
infraestrutura, com 26,9%, pela indústria, com 23,0%, e pelo setor de comércio
e serviços, com 14,3%. O diretor de Operações do BRDE, Wilson Quinteiro, falou
do bom desempenho no ano passado e disse que o lucro será revertido para
financiamentos em 2016. “Vamos reaplicar o lucro para
continuar fortalecendo o banco como indutor do desenvolvimento econômico e
social do Paraná”, disse. Ele destacou, ainda, o momento econômico nacional.
“Nesse período de crise econômica é importante que o BRDE assuma seu papel de
fomentador”, afirmou. A agência paranaense tem um
orçamento de R$ 1,33 bilhão para financiamentos em 2016. As contratações devem
ser puxadas por projetos do agronegócio, energia e infraestrutura para
municípios. –Secom
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