quinta-feira, 2 de maio de 2013

PÚBLICO RECORDE MARCA O FERIADO DE 1º DE MAIO NA AGRISHOW


Feira é palco de encontro inédito entre dirigentes de empresas de máquinas agrícolas, que fizeram um balanço da evolução e desafios para o setor.
Ribeirão Preto – 1º de maio de 2013 - O feriado de 1º de maio está sendo marcado pela presença de um público recorde na AGRISHOW, que se realiza em Ribeirão Preto até sexta-feira, 3 de maio. De acordo com a organização do evento, mais de 35 mil pessoas vieram para a maior feira do agronegócio da América Latina. A AGRISHOW foi palco nesta quarta do 1º Encontro de Dirigentes de Empresas de Máquinas Agrícolas do Brasil. Gigantes mundiais, players recém-embarcados no País e fabricantes nacionais compareceram ao encontro, que relembrou as conquistas do setor nos últimos 20 anos e listou os principais desafios para o futuro. John Deere, AGCO, Tatu Marchesan, Montana, LS Mtron, Agrale, Mahindra e Fiat CNH foram as empresas participantes, além da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) e a direção da Agrishow. O encontro foi realizado no estante do Canal Rural, em parceria com a revista Agriworld. Na primeira parte da reunião, foram apresentados os avanços do setor nas duas últimas décadas. “Antes, o agricultor brasileiro recebia apenas os produtos descontinuados na Europa e nos Estados Unidos. Hoje, os lançamentos são simultâneos, muitos deles antecipados aqui. Operamos com a mesma tecnologia que o resto do mundo”, argumentou o presidente da John Deere Brasil, Paulo Herrmann. Outros destaques lembrados foram o crescimento na aceitação da agricultura de precisão na mentalidade do produtor nacional, a grande participação da agricultura familiar, que detém 75% das propriedades agrícolas do Brasil, o auxílio do Governo Federal na criação de linhas de crédito agrícola, a importância de institutos de pesquisa, como a Embrapa, para o avanço das técnicas de cultivo, bem como a força dos órgãos de classe, como a CSMIA. “Um ponto a ser considerado também é a capacidade de inovação das empresas nacionais, em especial as de menor porte, que estão mais próximas do produtor e conseguem captar mais rápido suas necessidades”, lembrou o presidente da CSMIA e da Montana, Gilberto Junqueira Zancopé. Desafios - Para o futuro, foram levantados vários desafios, tanto macroestruturais, dependentes de políticas públicas, quando internos de cada empresa. Dentre os problemas mais lembrados, estão a alta tarifação brasileira, a carência de infraestrutura, o déficit de armazenamento e o encolhimento nas exportações. “Há dez anos, a fábrica da Massey Ferguson no Rio Grande do Sul exportava 60% da produção. Hoje, é menos de 20%. Ainda bem que o mercado interno cresceu, pois os problemas de infraestrutura no País fazem com que os nossos preços sejam um dos mais elevados do mundo, inviabilizando as compras externas”, exemplificou o vice-presidente sênior da AGCO Brasil, André Carioba. “Quem quer sofrer fortes emoções, escolheu o setor certo”, brincou o diretor da Tatu Marchesan, João Marchesan. Segundo ele, é preciso investir nos estoques reguladores de grãos para que não haja perdas desnecessárias. “Não armazenamos 60% do que produzimos. Nos Estados Unidos, eles têm capacidade para 120%.” O diretor também lembrou da necessidade de se desenvolver seguros agrícolas eficientes, para que o produtor tenha mais tranquilidade para trabalhar. Já o gerente de negócios da Mahindra Brasil, Sérgio Borges, lembrou que toda cadeia produtiva deve se fortalecer e trabalhar em um mesmo ritmo, para que o tempo de entrega das máquinas ao comprador não seja comprometido. “Da fábrica de parafusos ao porto, o diálogo deve ser fortalecido.” Aquecendo o debate, o presidente da John Deere Brasil, Paulo Herrmann, lembrou que cabem às empresas simplificar os processos. “Chegamos a ter uma infinidade de plantadeiras, customizadas de acordo com os pedidos de várias demandas diferentes. É preciso reduzir esta complexidade de produtos, efetuar uma melhor gestão dos artigos e impedir que os estoques fiquem parados.” Mesmo com todos os desafios a superar, os diretores acreditam que o Brasil é seguramente um dos países que encabeçam a agricultura mundial. “Somos criativos, temos capacidade de nos reinventar e superar os problemas que se apresentam”, pontuou o diretor de vendas e marketing da Agrale, Flavio Crosa. Incentivo - O presidente da Agrishow, Maurílio Biagi Filho, ressaltou a garantia de permanência da AGRISHOW no local por mais 30 anos e pediu que os diretores das fabricantes de máquinas e implementos considerem levantar estandes permanentes no local. Cooperativas devem aumentar participação na AGRISHOW - Empolgados com o contrato de concessão da área para a realização da AGRISHOW por 30 anos, o setor de cooperativas espera ampliar sua participação nas próximas edições. Segundo o assessor de imprensa da Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo), Fernando Ripari, já existe dentro da entidade um embrião para trazer mais cooperativas para a AGRISHOW. “O contrato de concessão de 30 anos deu mais segurança para o Ocesp pensar em ampliar a participação de cooperativas na feira”, disse. Segundo ele, hoje a Organização tem 1.000 cooperativas afiliadas que atuam em diferentes ramos. Juntas, essas cooperativas têm 3,5 milhões de cooperados. Também otimista com os próximos 30 anos da AGRISHOW, o diretor-presidente da Coopercitrus, Raul Huss Almeida, espera ampliar sua participação a partir de 2014. Este ano, o Shopping Rural da Coopercitrus trouxe pela primeira vez todos os itens da cooperativa. “No ano passado trouxemos apenas máquinas e este ano trouxemos insumos e outros artigos”, disse Almeida. Hoje o Shopping Rural tem 45 boxes de parceiros que devem gerar negócios de cerca de R$ 300 milhões. Desse total, de R$ 70 milhões a R$ 80 milhões serão realizados com máquinas e o restante em negócios com insumos agrícolas. “Essa feira vai ser o ponto alto para a atividade cooperativa”, disse Almeida. Livro comemorativos aos 20 anos da AGRISHOW é lançado - Na noite desta terça-feira (30 de abril) foi lançado o livro comemorativo aos 20 anos de história da AGRISHOW. Apresentado pela primeira vez ao público no Centro de Eventos Pereira Alvim, em Ribeirão Preto, o livro está sendo comercializado na feira em diversos pontos, como a loja AGRISHOW, em frente ao estande das entidades e na Jacto Club, localizada no estande da Jacto. O livro custa R$ 150,00. Sobre a AGRISHOW - A AGRISHOW é uma realização da ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio, ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, ANDA – Associação Nacional para Difusão de Adubos e SRB – Sociedade Rural Brasileira. A organização é feita pela BTS Informa. – Mariele Previdi - Attuale
Mais informações:
20ª AGRISHOW – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação
Data: 29 de abril a 03 de maio de 2013
Local: Rodovia  Antônio  Duarte  Nogueira, Km 321 - Ribeirão Preto (SP)
Horário: das 8h às 18h
www.agrishow.com.br

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