Para
garantir produtos de qualidade aos consumidores brasileiros e a sanidade dos
animais aquáticos do País, o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) estabelece
que todo pescado importado seja analisado e submetido previamente a uma Análise
de Risco de Importação (ARI) caso ofereça risco potencial de introduzir micro-organismos
capazes de provocar doenças (patógenos) no território nacional. Este trabalho,
conduzido pelo próprio MPA, autoriza a importação, portanto, somente quando o
pescado não comprometer a saúde dos animais aquáticos do País e preservar a
biodiversidade brasileira. O Ministério também exige, na ARI, que os criatórios
de origem adotem práticas de produção aceitas internacionalmente. “Caso o
resultado da ARI seja favorável à importação, o Ministério estabelece os
requisitos zoossanitários a serem cumpridos pelo país exportador, que assegurem
o nível adequado de proteção estabelecido para os potenciais perigos
identificados”, explica o coordenador-geral de Sanidade Pesqueira do MPA, Pedro
Henrique Silva de Oliveira. Pescado da Ásia - No final de 2012, o MPA conseguiu
que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) revogasse uma
possível aprovação de rótulos para a importação de tilápia do Vietnã, tendo em
vista a necessidade de um processo prévio de ARI. Na ocasião, para garantir a
efetividade da medida, o MAPA notificou os pontos de ingresso de pescado sobre
o veto à entrada de carregamentos de tilápia proveniente deste país asiático. Já
em março de 2013 especialistas em sanidade do MPA e o MAPA realizaram uma
missão à República Socialista do Vietnã com o objetivo de avaliar a estrutura
do Serviço Veterinário Oficial (SVO) do país e coletar informações para dar
suporte às análises de risco de importação de filé de pangasius (Pangasius
spp.), tilápia (Oreochromis niloticus) e barramundi (Lates calcarifer)
destinados ao consumo humano. O relatório de missão, que lista as exigências ao
SVO e determina prazos que deverão ser atendidos pelo Vietnã para continuar a
enviar filé congelado de pangasius ao Brasil, já foram encaminhados ao MAPA.
Este Ministério irá agora apreciar e enviar o relatório oficial conjunto às
autoridades vietnamitas. Segundo coordenador-geral de Sanidade Pesqueira do
MPA, Pedro Oliveira, a importação da tilápia chinesa apresenta um problema
diferente para a sua importação. “O Brasil não autoriza a importação de pescado
oriundo de aquicultura da China em virtude da não existência do reconhecimento
de equivalência entre os serviços veterinários oficiais, pré-requisito para a
importação de qualquer pescado oriundo da aquicultura”, informa. Competências -
No Brasil, o MPA é responsável, entre outras atividades, pela qualidade do
pescado como matéria prima, até chegar à indústria de processamento ou aos
locais de venda direta, como feiras, mercados e terminais pesqueiros. A partir
de então, o controle da qualidade dos alimentos para a saúde pública passa a
ser do MAPA e do Ministério da Saúde (MS), bem como dos órgãos estaduais e
municipais de inspeção de pescado. - Ascom
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