A campanha nacional de vacinação contra a gripe em
Santa Catarina terminou nesta sexta-feira, 20. Foram vacinadas 1.629.455
pessoas, conforme balanço preliminar divulgado pela Diretoria de Vigilância
Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde com dados até as 17h desta
sexta. Entre os grupos prioritários, em que se acompanha a cobertura vacinal
(crianças entre seis meses e cinco anos de idade, trabalhadores de saúde,
gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, indígenas e idosos), foram
aplicadas 1.119.675 doses, o que equivale a uma cobertura de 88,3%,
ultrapassando a meta do Ministério da Saúde de 80%. Outras 414.491 doses foram
aplicadas em indivíduos portadores de doenças crônicas ou com condições
clínicas especiais*. Como a estimativa é que existam 461.739 pessoas com
comorbidades que devem ser imunizadas, já foram vacinadas 89,8% das pessoas
pertencentes a este grupo. Em Santa Catarina, os grupos prioritários que mais
se vacinaram foram as puérperas (97,7%) e os idosos (96,1%) conforme os registros
realizados pelos municípios no Sistema de Informações do Programa Nacional de
Imunizações do Ministério da Saúde até o dia 20 de maio. Os que menos buscaram
a vacinação foram as gestantes (64,6%). Entre as crianças, a cobertura vacinal
foi de 79,2% e entre os trabalhadores de saúde foi de 89,24%. Para os
indígenas, equipes específicas realizaram a vacinação nas aldeias. “Esse ano
houve um boa procura por parte da população já nas primeiras semanas de
campanha, demonstrando a confiança da população na estratégia”, comemora
Vanessa Vieira da Silva, gerente de Imunização e Doenças Imunopreveníveis da
Secretaria de Estado da Saúde. O balanço final da campanha será divulgado no
dia 13 de junho, pois os municípios têm até o dia 10 para atualizarem o
sistema. O objetivo da campanha de vacinação é reduzir as complicações, as
internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza
na população alvo para a vacinação. Estudos demonstram que, em populações não
vacinadas, a maioria das mortes por influenza é registrada em idosos e em
crianças menores de cinco anos. Em adultos, a maioria das complicações e mortes
ocorre em pessoas portadoras de doenças crônicas. As gestantes e as puérperas
também apresentam risco elevado para apresentarem complicações graves
associadas à influenza. Sobre as doses de vacina - A campanha
começou dia 25 de abril em Santa Catarina, com a antecipação de uma semana em
relação ao calendário nacional. No total, o Estado recebeu 1.759 milhão de
doses do Ministério da Saúde, quantidade suficiente para vacinar 100% da
população pertencente aos grupos prioritários. Vacinas estão reservadas nos
municípios para a aplicação da segunda dose nas crianças que foram imunizadas
pela primeira vez este ano. “Os municípios com doses remanescentes foram
orientados a continuar vacinando as pessoas dos grupos de risco, principalmente
crianças e gestantes, até o final do estoque”, alerta Vanessa. Higiene
e etiqueta da tosse - Lavar as mãos com água e sabão várias vezes ao
dia e adotar a chamada etiqueta da tosse são a principal recomendação dos
especialistas para prevenir a gripe. Isso porque as mãos são um importante
veículo de transmissão do vírus da gripe, como o influenza. A partir do contato
com um doente ou com uma superfície contaminada, o vírus pode penetrar pelas
vias respiratórias, se a pessoa levar a mão ao rosto, causando lesões que podem
ser graves e até fatais, se não tratadas a tempo. De 1º de janeiro a 20 de
maio, 1.175 pessoas foram hospitalizadas com Síndrome Respiratória Aguda Grave
(SRAG) por gripe em Santa Catarina, conforme o Informe Epidemiológico N°11/2016
- Vigilância da Influenza da Dive/SC. Dessas, 81 pessoas morreram. O vírus é
transmitido de pessoa a pessoa a partir das secreções respiratórias,
principalmente por meio da tosse ou do espirro. “Ele pode, também, sobreviver
por horas no ambiente, especialmente em superfícies tocadas frequentemente por
várias pessoas, como corrimão, interruptores de luz, maçanetas, carrinhos de
supermercado, entre outros”, alerta Vanessa Vieira da Silva, gerente de
Imunização da Dive/SC. Segundo Vanessa, é importante evitar tocar os olhos, a
boca e o nariz após o contato com essas superfícies até lavar as mãos. Outras
recomendações são evitar compartilhar objetos de uso pessoal e permanecer em
ambientes sem ventilação e com aglomeração de pessoas. Os sintomas, em geral,
são febre alta, calafrios, tosse, dor de cabeça, dor de garganta, cansaço e
dores musculares. “Quem apresentar febre alta, tosse e falta de ar deve
procurar uma unidade de saúde em até 48 horas”, alerta Vanessa. O tratamento
precoce com medicamentos antivirais ajuda a evitar a evolução para formas
graves. Quem estiver gripado deve sempre cobrir a boca e o nariz com o
antebraço ou com um lenço descartável ao tossir e espirrar, e lavar as mãos com
água e sabão assim que possível. Essa é a chamada Etiqueta da Tosse, importante
atitude para reduzir a circulação do vírus da gripe. Saiba mais em www.gripe.sc.gov.br *Indivíduos que apresentem
pneumopatias (incluindo asma); cardiovasculopatias; nefropatias; hepatopatias;
doenças hematológicas; distúrbios metabólicos; transtornos neurológicos e do
desenvolvimento (como epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de Down, entre
outros); obesidade; imunossupressão associada a medicamentos; neoplasias;
HIV/AIDS ou outros e pacientes com tuberculose, de todas as formas. –Secom
tvgazetalife@hotmail.com
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