sábado, 6 de julho de 2013

EX-FUNCIONÁRIO QUE FURTOU EXPLOSIVOS É PRESO COM 104 BANANAS DE DINAMITE

Após 6 meses de investigação, a Polícia Civil, por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) conseguiu apreender 104 bananas de explosivos que equivalem a 208 quilos aproximados, roubados no dia 17 de janeiro deste ano na fábrica da Votorantim Cimentos, no município de Nobres (146 Km a médio-norte de Cuiabá) pelo então funcionário Allackis Wilson Nunes Lima, 23, o Pastelão. Outras 4 bananas não foram recuperadas, uma vez que foram furtadas 108. Ele agora foi demitido da empresa. De acordo com o chefe da GCCO, delegado Flávio Henrique Stringueta, a carga de explosivos recuperada tem capacidade de destruição de 520 caixas eletrônicos e mais de 500 muros de presídios, além de vários carros-fortes. Dessa forma, ele diz que a retirada dos explosivos de circulação evita um prejuízo estimado em R$ 52 milhões às instituições financeiras que geralmente são atacadas por quadrilhas especializadas em roubos a caixa eletrônicos que detonam os artefatos danificando equipamentos e a estrutura física dos bancos. Somente neste ano, a Polícia Civil já registrou 10 ataques a caixas eletrônicos nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande (2), Santo Antônio do Leste, Itaúba, Denise, Diamantino (2), São José do Rio Claro e Alto Paraguai. Apenas 4 foram consumados, mas todos sofreram destruição tanto no terminal quanto na estrutura do prédio das agências. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, a prisão do suspeito e apreensão dos explosivos ocorreu na semana passada, mas somente nesta segunda-feira (1º) é que foi divulgada. Com o material também foi apreendido um rolo de cordel detonador. Na dia do furto, foram levadas 9 caixas com 12 bananas de emulsão explosivas, totalizando 108 unidades. Do total de explosivos subtraídos, 4 não foram recuperados. Segundo o suspeito, teriam sido repassadas a uma pessoa conhecida por "Branco", que já está presa por outro crime na região de Nobres. Os artefatos apreendidos têm cerca de 2 quilos, 60 cm de comprimento e 6 de diâmetros. Os explosivos são utilizados em mineradoras, pedreiras e construção civil.  Stringueta, informou que a Gerência realiza constante monitoramento de quadrilhas que utilizam explosivos para violar caixas eletrônicos, carros-fortes e também muros de penitenciária, como aconteceu em 20 de agosto de 2012, quando parte do muro da Penitenciária Central do Estado foi explodido. “As investigações são permanentes, visto que essas quadrilhas, embora tenha diminuído sua atuação aqui em Mato Grosso, têm ultrapassado as fronteiras do Estado para agir em outras unidades da federação”, destacou. Para Stringueta, a maior preocupação da polícia era com o aumento de explosões de caixas eletrônicos, o que não ocorreu, pois o suspeito não sabia como colocar no “mercado negro” os explosivos e nem tinha contato com criminosos do ramo. Caso tivesse sido utilizado à destruição seriam enorme e o prejuízo na casa dos milhões. “Cada uma dessas unidades explosivas teria condição de ser utilizada em até 5 caixas eletrônicos, se bem utilizada”, disse. O material já foi encaminhado ao Exército Brasileiro, responsável pela fiscalização aos locais que armazenam artefatos explosivos.

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