sexta-feira, 19 de julho de 2013

MMA PROMOVE DEBATE SOBRE COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS, PARA PRESERVAR OS BIOMAS E REDUZIR EFEITO ESTUFA

O combate a incêndios florestais como auxílio às políticas de redução das emissões dos gases de efeito estufa está entre os focos do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Em parceria com o governo da Alemanha, o MMA promoveu, nesta quinta-feira (11/07), em Brasília, debate com gestores públicos e especialistas sobre “Manejo Integrado do Fogo: Estado da Arte no mundo e aplicação no Brasil”. O evento reuniu técnicos, bombeiros e brigadistas que atuam em áreas de conservação do país. Apesar de ser considerado um fenômeno natural, o efeito estufa tem sofrido alterações que se tornaram as causadoras do aquecimento global. As mudanças decorrem do aumento descontrolado das emissões de gases poluentes, entre eles o dióxido de carbono e o metano. A liberação dessas substâncias na atmosfera ocorre por conta de diversas atividades humanas e econômicas, entre elas o transporte, o desmatamento, a agricultura e a pecuária. O diretor de Políticas e Combate ao Desmatamento do MMA, Francisco Oliveira, destacou a importância do tema nas ações de combate à degradação florestal e às mudanças climáticas. “Os incêncidos estão diretamente associados às questões do desmatamento”, afirmou. “O manejo do fogo de forma adequada pode reduzir as emissões de gases de efeito estufa e tratar o problema com eficiência. É o momento dessa discussão se aprofundar.” ESFORÇOS - A degradação ambiental por conta do fogo aparece entre os maiores problemas ambientais do país. De acordo com o ministro para Assuntos Econômicos e Terras Globais da Embaixada da Alemanha, Martin Eberts, o cerrado está entre os biomas brasileiros mais afetados. “A cooperação entre o Brasil e a Alemanha e iniciativas como o manejo integrado do fogo encaixam bem nos esforços para a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável dos dois países”,analisou.  O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Volney Zanardi, afirmou que, entre outras iniciativas, está a presença ostensiva de brigadistas e equipes de fiscalização em reservas indígenas e outras áreas de conservação. “Em muitos casos, o fogo faz parte de um processo que culmina no corte raso de vegetação”, ressaltou. Por isso, é essencial um trabalho de prevenção, manejo e, quando necessário, combate aos incêndios”. TECNOLOGIA - O evento contou com palestra do especialista no assunto Johann Goldammer, do instituto alemão The Global Fire Monitoring Center. Segundo ele, a tecnologia é uma das principais aliadas nas ações de combate aos incêndios florestais. “A ciência tem importância fundamental para as políticas ambientais”, afirmou. Entre os exemplos citados pelo pesquisador, está o uso de imagens satélites no monitoramento e manejo integrado do fogo. Com a presença de representantes da Universidade de Brasília (UnB) e outros órgãos ambientais, o evento faz parte do projeto de “Prevenção, Controle e Monitoramento de Queimadas Irregulares e Incêndios Florestais no Cerrado”, o chamado Cerrado-Jalapão, estabelecido em cooperação com a Alemanha. O programa é coordenado pelo MMA, em parceria com o Ibama, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o governo estadual do Tocantins.

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