· SuperVia e governo fluminense
investirão na compra e reforma de trens, reforma de estações, modernização da
sinalização e da rede aérea
A
direção do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou
financiamento de R$ 1,6 bilhão para a SuperVia Concessionária de Transporte
Ferroviário S/A. O apoio do Banco representa 75,8% do total previsto no
programa conjunto de investimento da SuperVia com o Governo do Estado do Rio de
Janeiro, de R$ 2,15 bilhões. O programa prevê a compra de 90 trens de 4 carros
pelo Estado, com financiamento do Banco Mundial, ficando a SuperVia responsável pela aquisição
de outros 30 trens e investimentos na rede aérea, em sistema de sinalização, na
via permanente e em melhorias das estações. Os 30 trens financiados pelo BNDES
serão fabricados no Brasil. A empresa estima que, com as melhorias decorrentes
da realização desses investimentos, volte a transportar mais de 1 milhão de
pessoas por dia útil, praticamente duplicando, em cinco anos, a capacidade de
transporte de passageiros. Ao final da implantação do projeto, a capacidade de
transporte deve atingir 1,5 milhão de passageiros. Desde novembro de 2010, a
SuperVia é controlada pelo Grupo Odebrecht. O programa de investimentos deverá
estar concluído em 2020. Sua execução vai gerar 243 novos empregos diretos na
SuperVia e outros 1.961 fora dos quadros da concessionária. Áreas de
atendimento – A operação do sistema de transporte ferroviário urbano de
passageiros pela SuperVia começou em novembro de 1998, abrangendo grande parte
da região metropolitana do Rio de Janeiro. A empresa atende hoje
aproximadamente 6 milhões de habitantes em 12 municípios, com uma extensão de
linhas de serviço de 270 km, 5 ramais ferroviários e 100 estações. O ramal de
Deodoro, com 22,1 km, opera inteiramente dentro do município do Rio de Janeiro,
atendendo os principais pólos de Madureira, Méier, São Cristóvão, Praça da
Bandeira e Central. O ramal de Santa Cruz, com 32,7 km, também opera
integralmente dentro da capital fluminense, atendendo os pólos de Santa Cruz,
Campo Grande, Bangu, Realengo, Madureira, São Cristóvão e Central. Já o ramal
de Japeri, com 47,3 km, atende os municípios de Nilópolis, Nova Iguaçu,
Queimados, Japeri e Paracambi, na Baixada Fluminense, além dos pólos de Madureira,
São Cristóvão e Central. O ramal de Belford Roxo tem 33 km e atende os
municípios de Belford Roxo e São João de Meriti, bem como os pólos da Pavuna,
Madureira, triagem, São Cristóvão e Central. Outro ramal operado pela SuperVia
é o de Saracuruna, com 34,5 km, e que atende o município de Duque de Caxias, um
de seus bairros, Gramacho, e os bairros cariocas da Penha, Ramos, Bonsucesso,
Triagem, São Cristóvão e Central. Este ramal tem dois trechos complementares.
Um é o ramal de Vila Inhomirim, que tem extensão de 15,4 km, opera no sistema
diesel e de bitola estreita, atendendo aos municípios de Duque de Caxias e
Magé. O segundo trecho complementar é o ramal de Guapimirim, que também opera
no sistema diesel e de bitola estreita. Ele tem 25 km e atende aos municípios
de Magé, Guapimirim e Duque de Caxias. Excluindo-se estas duas últimas
extensões, todos os outros trechos operam com bitola larga de 1,60 m e
composições eletrificadas. De acordo com dados da SuperVia de maio deste ano,
em média 560 mil passageiros por dia útil se deslocam para os destinos
atendidos. Parte dos recursos de
financiamento compõem um subcrédito destinado a investimentos de cunho social,
onde destacam-se o programa "Nos trilhos da excelência" — que provê
capacitação aos colaboradores com o objetivo de desenvolver a cultura de foco
no cliente — e projetos de geração de trabalho, renda e melhoria da qualidade
de vida em comunidades no entorno da Supervia. Parte do financiamento contou
com recursos do Programa Fundo Clima (4%) e o restante com recursos ordinários
do Banco, com 20 anos de prazo de amortização e de 24 a 36 meses de carência,
dependendo do subcrédito.
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