Durante
o mês de julho, crianças e adolescentes aproveitam o recesso escolar com dias
cheios de lazer, brincadeiras e viagens. Muitos pais buscam aliar atividades
saudáveis e sustentáveis à agenda dos filhos, que tragam benefícios à saúde e
ao meio ambiente. Seguindo esse movimento, o Ministério do Meio Ambiente (MMA)
incentiva o consumo de alimentos orgânicos, que são fonte de vitaminas e sais
minerais e que respeitam os aspectos ambientais, sociais e culturais. Hoje, já
é diversificada e acessível a produção de orgânicos: carnes, frutas, verduras,
mel, cereais, farinhas e doces produzidos a partir de matérias-primas sem o uso
de agrotóxicos. Para incentivar o consumo desses produtos pela população, o
Governo Federal vem discutindo a difusão de alimentos orgânicos desde dezembro
de 2012, por meio do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica
(Planapo). Depois de seis meses de discussões entre lideranças do governo e da
sociedade, o plano já está pronto para ser lançado em todo o país, o que deve
acontecer nos próximos meses. E uma das metas é ampliar o número atual de 200
mil para 300 mil famílias envolvidas com produção orgânica e em bases
agroecológicas até 2014. TRANSIÇÃO - “A Política Nacional de Agroecologia e
Produção Orgânica (PNAPO) pretende integrar, articular e adequar políticas
públicas, programas e ações indutoras da transição agroecológica e da produção
orgânica, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida
da população, por meio do uso sustentável dos recursos naturais e da oferta e
consumo de alimentos saudáveis”, explica a diretora de Extrativismo da
Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do
Meio Ambiente, Larisa Gaivizzo. Segundo ela, com essas ações, o MMA espera
reduzir o uso de agrotóxicos e aumentar os índices de conservação dos produtos
da sociobiodiversidade e da agrobiodiversidade, sendo este mais um instrumento
público que busca construir agenda sustentável para a sociedade
brasileira. NA PRÁTICA - Vanessa
Siqueira procura cada vez mais inserir alimentos orgânicos na alimentação da
filha, Giovanna. “Sempre quando vamos ao supermercado ou feira, procuro os
alimentos produzidos sem agrotóxicos, por acreditar que fazem bem a saúde e
seguem conceitos de produção natural”, destaca. Segundo ela, quase tudo na sua
casa já é orgânico, desde o açúcar até o suco de uva. “Também sabemos que esse
tipo de produção movimenta pequenas famílias que vivem da atividade, o que gera
benefícios sociais e econômicos para toda a sociedade”, acrescenta. O
Ministério do Meio Ambiente, que fomenta a produção de alimentos sem o uso de
agrotóxicos, destaca alguns pontos para incentivar o consumo de orgânicos nas
férias. Confira, a seguir, dez motivos para consumir produtos orgânicos: 1.
Evita problemas de saúde causados pela ingestão de substâncias químicas
tóxicas; 2. Alimentos orgânicos são mais nutritivos. Solos ricos e balanceados
com adubos naturais produzem alimentos com maior valor nutritivo; 3. Alimentos
orgânicos são mais saborosos. Sabor e aroma são mais intensos – em sua produção
não há agrotóxicos ou produtos químicos que possam alterá-los; 4. Protege
futuras gerações de contaminação química. A agricultura orgânica exclui o uso
de fertilizantes, agrotóxicos ou qualquer produto químico e tem como base de
seu trabalho a preservação dos recursos naturais; 5. Evita a erosão do solo.
Através das técnicas orgânicas tais como rotação de culturas, plantio consorciado,
compostagem, etc., o solo se mantém fértil e permanece produtivo ano após ano; 6.
Protege a qualidade da água. Os agrotóxicos utilizados nas plantações
atravessam o solo, alcançam os lençóis d’água e poluem rios e lagos; 7.
Restaura a biodiversidade, protegendo a vida animal e vegetal. A agricultura
orgânica respeita o equilíbrio da natureza, criando ecossistemas saudáveis; 8.
Ajuda os pequenos agricultores. Em sua maioria, a produção orgânica provém de
pequenos núcleos familiares que tem na terra a sua única forma de sustento.
Mantendo o solo fértil por muitos anos, o cultivo orgânico prende o homem à
terra e revitaliza as comunidades rurais; 9. Economiza energia. O cultivo
orgânico dispensa os agrotóxicos e adubos químicos, utilizando intensamente a
cobertura morta, a incorporação de matéria orgânica ao solo e o trato manual
dos canteiros. É o procedimento contrário ao da agricultura convencional que se
apoia no petróleo como insumo de agrotóxicos e fertilizantes e é a base para a
intensa mecanização que a caracteriza; 10. O produto orgânico é certificado. A
qualidade do produto orgânico tem que ser assegurada pelo Sistema Brasileiro de
Conformidade Orgânica coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), o que garante ao consumidor que está adquirindo produtos
mais saudáveis e isentos de qualquer resíduo tóxico. - Ascom
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