Laboratório
que apresenta maior exatidão nas aferições da pluma tem parceria com o Governo
do Estado - Bela HORIZONTE (15/07/2013) – A qualidade do algodão produzido nas
lavouras de Minas é comprovada por um laboratório criado com a participação do
governo estadual e reconhecido mundialmente pelo rigor na realização das
análises da fibra. Localizado em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, o
Laboratório Minas Cotton tem certificação internacional e, neste ano, obteve a
primeira e a segunda colocações mundiais quanto à precisão de suas análises,
conforme avaliação do Comitê Consultivo do Algodão (International Cotton
Advisory Committee – Icac) entidade sediada em Washington (EUA). A marca atual, obtida mediante a conferência
dos resultados das máquinas denominadas HVI instaladas no Minas Cotton, supera
a de 2012, quando a unidade ocupava a segunda posição no ranking mundial,
informa o diretor-geral do laboratório, Lício Augusto Pena Sairre. Na rodada de
testes da certificadora internacional, equipamentos de 129 laboratórios
instalados em diversos países são submetidos à auditoria. Segundo Lício, “a
classificação obtida no ranking do Icac é um estímulo a toda a cadeia do
algodão no Estado, porque equivale ao reconhecimento da alta tecnologia adotada
pela equipe do Minas Cotton, criado em 2006 pela Associação Mineira dos
Produtores de Algodão (Amipa), com ajuda do fundo Algominas, administrado pela
Secretaria da Agricultura por meio do
Programa Mineiro de Incentivo à Cotonicultura (Proalminas). “Nosso laboratório
é o único do setor, no Estado, vinculado a uma associação”, explica Lício,
também diretor da Amipa. Ele diz que o Minas Cotton é o “braço tecnológico” da
entidade. Além de avaliar 100% da produção mineira de algodão, o
laboratório presta serviços para várias
indústrias que importam a fibra e produtores de outros Estados, explica. Nos
últimos anos, acrescenta o dirigente, o desempenho dos equipamentos do Minas
Cotton tem alcançado, nas avaliações do Icac, pontuações entre as dez mais
altas do mundo. “Por isso, o Estado passou a ser referência na precisão das
análises de algodão.” Análises rigorosas, ele acrescenta, “são indispensáveis
porque possibilitam à indústria têxtil a aquisição da pluma de acordo com as
suas necessidades específicas. “Após obter o relatório das avaliações, as
empresas também dispõem de um diferencial para a definição de preço.” Apoio do Proalminas - O Programa Mineiro de
Incentivo à Cotonicultura (Proalminas), do governo do Estado, concede a
desoneração do ICMS na compra do algodão e, em contrapartida, as indústrias
pagam um ágio de 7,85% sobre o preço Esalq/arroba, informa o coordenador do
programa, Walter Antônio Adão. Ele ressalta que o algodão necessita do
Certificado de Origem e Qualidade para ter direito à desoneração. A busca da
certificação começa com o envio, à Minascotton, de uma amostra da fibra que
será destinada à indústria têxtil. O número de amostras analisadas por mês, na
unidade, alcança 50 mil. Antes de ser avaliado por um dos equipamentos, o
produto é submetido à análise visual e tátil. A etapa seguinte é a análise por
meio do equipamento HVI, e o laboratório emite o laudo sobre as características
do produto que será encaminhado para a certificação do Instituto Mineiro de
Agropecuária (IMA), vinculado à Seapa. Para o supervisor de Auditorias do IMA,
Lucas Silva Ferreira Guimarães, “o reconhecimento, pelo Icac, da qualidade da
aferição realizada pelo Minas Cotton é consequência da utilização de tecnologia
avançada no processo de análise, conjugada com a integração de toda a equipe
com a política do laboratório para o ajuste das normas estaduais e
internacionais”. Produção mineira - A safra mineira de algodão segue até o
final de agosto e deve alcançar 28,2 mil toneladas, segundo levantamento do
IBGE. O Noroeste do Estado responde por 68% da produção, seguido pelo Alto
Paranaíba, Norte e Triângulo, com 13,9%, 11% e 7,1%, respectivamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário