segunda-feira, 22 de julho de 2013

ENTREVISTA - ADOÇÃO DE HÍBRIDOS CONTRIBUI PARA A SUSTENTABILIDADE DA ORIZICULTURA

Triticultor busca equilíbrio entre produtividade, qualidade e preço. Para produzir o alimento primordial da alimentação dos brasileiros, os orizicultores enfrentam uma série de desafios, desde as condições climáticas imprevisíveis até a busca incessante pela qualidade dos grãos e sustentabilidade do cultivo. O perfeito equilíbrio entre variedades selecionadas criteriosamente e um bom manejo contribuem para que a orizicultura alcance os níveis de produtividade e qualidade esperados pelos produtores. Rodolpho Leal, Gerente de Negócios Arroz, contou para o Informativo Bayer CropScience como os produtores estão utilizando as novas tecnologias para viabilizar que o arroz chegue aos consumidores brasileiros com a alta qualidade esperada.  - Como a tecnologia auxilia o produtor na orizicultura? - Um dos maiores desafios dos orizicultores é produzir cada vez mais em uma área cada vez menor. Para atingir altos índices de produtividade, as áreas de arroz irrigado necessitam estar inundadas praticamente em todo o período da safra, gerando altos custos para a produção. O produtor precisa construir barragens ou ter um rio próximo à propriedade para atender a demanda da cultura. Diante desse cenário, o orizicultor precisa buscar tecnologias que o auxiliem a aumentar a produtividade na mesma área plantada.  - Os produtores de arroz estão mudando? - Além de termos em campo uma geração mais jovem, os produtores mais experientes estão deixando o tradicionalismo de lado para adotar novas tecnologias. Hoje, existe um perfil cada vez mais aberto a explorar as inovações e isso também é influenciado por esta geração mais conectada e em busca de novas soluções. Os produtores buscam, além da produtividade, preservar a qualidade de grãos e sabem que isso começa pela aquisição de insumos de alta tecnologia. - Entre as variedades disponíveis no mercado, estão as sementes híbridas. O que são essas sementes? - O processo de hibridação já é amplamente utilizado na cultura do milho. Podemos dizer que um híbrido é uma planta melhor. O cruzamento realizado entre duas plantas da mesma espécie com determinadas características proporcionam uma semente de alto potencial, o que conhecemos como vigor híbrido. Vale ressaltar que o cruzamento entre as características de cada planta é um processo de melhoramento genético convencional que não está relacionado à transgenia.  - Quais os principais benefícios dos híbridos da Bayer? - Em primeiro lugar, temos de destacar o alto índice de perfilhamento das variedades Prime CL e QM1010 CL, da família Arize®. Nos dois híbridos os perfilhos possuem um potencial tão produtivo quanto à planta mãe, viabilizando um alto índice de produtividade, bem como crescem na mesma altura, facilitando a colheita mecanizada. Essa homogeneidade deixa a planta mais vigorosa para competir com invasoras. Também podemos citar como benefícios, a alta resistência ao degrane (grãos que caem no chão quando a planta está madura ou no momento da colheita) e ao acamamento, fenômeno causado pelo vento em que uma planta escora-se na outra dificultando o processo da colheita.  - Existem diferenças entre os dois híbridos? - Sim e a diferença está basicamente na duração do ciclo. O Prime CL é mais precoce, o cultivo dura em torno de 115 dias. Assim, são quase 30 dias a menos que o produtor precisará de água, além de evitar o frio do início do outono, podendo negociar o produto antecipadamente com preços melhores já que a oferta ainda está baixa. Já com o híbrido QM 1010 CL, o produtor terá um ciclo um pouco mais longo, mas poderá alcançar altos índices de produtividade. O importante é que o orizicultor escolha o híbrido de acordo com suas necessidades.  Os dois híbridos da Bayer começaram a ser utilizados comercialmente na atual safra, quais os resultados obtidos no campo? - Os resultados obtidos estão sendo extraordinários. No Sul do País, a média de produtividade foi de 7 toneladas/ha. Com o híbrido de ciclo mais precoce, o Prime CL, chegamos a uma média de 11,6 toneladas/ha; enquanto o QM1010 CL conseguimos atingir em torno de 13,6 toneladas/ha. A comparação foi feita na safra 2013 e já foram estudadas 14 áreas demonstrativas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além de lavouras comerciais. Vale ressaltar que em todas as área, foi adotado, juntamente com as sementes híbridas, o portfólio completo Muito Mais Arroz para o manejo de pragas, doenças e plantas daninhas que podem comprometer a produtividade das lavouras de arroz. A adoção integrada de tecnologias é condição essencial para viabilizar toda a potencialidade do Prime CL e QM 1010 CL. - Ascom

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