Triticultor
busca equilíbrio entre produtividade, qualidade e preço. Para produzir o
alimento primordial da alimentação dos brasileiros, os orizicultores enfrentam
uma série de desafios, desde as condições climáticas imprevisíveis até a busca
incessante pela qualidade dos grãos e sustentabilidade do cultivo. O perfeito
equilíbrio entre variedades selecionadas criteriosamente e um bom manejo
contribuem para que a orizicultura alcance os níveis de produtividade e
qualidade esperados pelos produtores. Rodolpho Leal, Gerente de Negócios Arroz,
contou para o Informativo Bayer CropScience como os produtores estão utilizando
as novas tecnologias para viabilizar que o arroz chegue aos consumidores
brasileiros com a alta qualidade esperada.
- Como a tecnologia auxilia o produtor na orizicultura? - Um dos maiores
desafios dos orizicultores é produzir cada vez mais em uma área cada vez menor.
Para atingir altos índices de produtividade, as áreas de arroz irrigado
necessitam estar inundadas praticamente em todo o período da safra, gerando
altos custos para a produção. O produtor precisa construir barragens ou ter um
rio próximo à propriedade para atender a demanda da cultura. Diante desse
cenário, o orizicultor precisa buscar tecnologias que o auxiliem a aumentar a
produtividade na mesma área plantada. - Os
produtores de arroz estão mudando? - Além de termos em campo uma geração mais
jovem, os produtores mais experientes estão deixando o tradicionalismo de lado
para adotar novas tecnologias. Hoje, existe um perfil cada vez mais aberto a
explorar as inovações e isso também é influenciado por esta geração mais
conectada e em busca de novas soluções. Os produtores buscam, além da
produtividade, preservar a qualidade de grãos e sabem que isso começa pela
aquisição de insumos de alta tecnologia. - Entre as variedades disponíveis no
mercado, estão as sementes híbridas. O que são essas sementes? - O processo de
hibridação já é amplamente utilizado na cultura do milho. Podemos dizer que um
híbrido é uma planta melhor. O cruzamento realizado entre duas plantas da mesma
espécie com determinadas características proporcionam uma semente de alto
potencial, o que conhecemos como vigor híbrido. Vale ressaltar que o cruzamento
entre as características de cada planta é um processo de melhoramento genético
convencional que não está relacionado à transgenia. - Quais os principais benefícios dos híbridos
da Bayer? - Em primeiro lugar, temos de destacar o alto índice de perfilhamento
das variedades Prime CL e QM1010 CL, da família Arize®. Nos dois híbridos os
perfilhos possuem um potencial tão produtivo quanto à planta mãe, viabilizando
um alto índice de produtividade, bem como crescem na mesma altura, facilitando
a colheita mecanizada. Essa homogeneidade deixa a planta mais vigorosa para
competir com invasoras. Também podemos citar como benefícios, a alta
resistência ao degrane (grãos que caem no chão quando a planta está madura ou
no momento da colheita) e ao acamamento, fenômeno causado pelo vento em que uma
planta escora-se na outra dificultando o processo da colheita. - Existem diferenças entre os dois híbridos?
- Sim e a diferença está basicamente na duração do ciclo. O Prime CL é mais
precoce, o cultivo dura em torno de 115 dias. Assim, são quase 30 dias a menos
que o produtor precisará de água, além de evitar o frio do início do outono,
podendo negociar o produto antecipadamente com preços melhores já que a oferta
ainda está baixa. Já com o híbrido QM 1010 CL, o produtor terá um ciclo um
pouco mais longo, mas poderá alcançar altos índices de produtividade. O
importante é que o orizicultor escolha o híbrido de acordo com suas
necessidades. Os dois híbridos da Bayer
começaram a ser utilizados comercialmente na atual safra, quais os resultados
obtidos no campo? - Os resultados obtidos estão sendo extraordinários. No Sul
do País, a média de produtividade foi de 7 toneladas/ha. Com o híbrido de ciclo
mais precoce, o Prime CL, chegamos a uma média de 11,6 toneladas/ha; enquanto o
QM1010 CL conseguimos atingir em torno de 13,6 toneladas/ha. A comparação foi
feita na safra 2013 e já foram estudadas 14 áreas demonstrativas no Rio Grande
do Sul e Santa Catarina, além de lavouras comerciais. Vale ressaltar que em
todas as área, foi adotado, juntamente com as sementes híbridas, o portfólio
completo Muito Mais Arroz para o manejo de pragas, doenças e plantas daninhas
que podem comprometer a produtividade das lavouras de arroz. A adoção integrada
de tecnologias é condição essencial para viabilizar toda a potencialidade do
Prime CL e QM 1010 CL. - Ascom
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