sexta-feira, 22 de junho de 2012

PARLAMENTARES E SETOR PRODUTIVO QUEREM REUNIÃO COM GOVERNADOR PARA PEDIR URGÊNCIA PARA RS 010

Em audiência pública promovida na manhã desta quarta-feira (20), na Comissão de Participação Popular da Assembleia Legislativa, por proposição do deputado João Fischer (PP), os representantes das associações comerciais e industriais da região foram unânimes em reafirmar a importância da construção urgente da RS 010 para o Estado do Rio Grande do Sul. Os dirigentes das instituições regionais fizeram um apelo dramático ao governo para que priorize, de forma urgente, a realização da obra. Entre as principais definições da reunião está um pedido de audiência com o governador Tarso Genro. Para o deputado João Fischer, a construção da RS-010 é fundamental para desafogar a BR-116. Segundo ele, todos os levantamentos feitos até agora mostram que, além do tempo normal de trajeto, gasta-se, em dias de trânsito normal, entre 30 e 45 minutos a mais que o necessário entre Novo Hamburgo e Porto Alegre, pela BR 116. Em dias com acidentes, esse tempo sobe para uma hora, em média. Segundo o parlamentar, por ano, isso representa a perda de R$ 716 milhões em engarrafamentos. “A BR 448 até pode ajudar, mas não resolve, pois atualmente a BR tem diversos pontos de congestionamento entre Ivoti e Porto Alegre”, esclarece. “A forma como vai ser feita a rodovia, com recursos próprios – que não existem, ou parceria público privada, não importa para comunidade, que quer a obra para já”, acrescenta. O presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Grampal), prefeito João Carlos Brum, de Alvorada, enfatizou que os prefeitos da região querem celeridade no processo de construção da RS-010, dada a sua importância para a região. O representante da Secretaria de Infraestrutura, diretor da pasta, Álvaro Woiciechoski, afirmou que o assunto é antigo e que o secretário Beto Albuquerque tem manifestado publicamente a necessidade dessa rodovia e a importância que ela tem para toda a região. Para o deputado Giovani Feltes (PMDB), o governo não tem como investir isoladamente, com recursos próprios, nas obras. “É sabido que o governo do estado não tem as mínimas condições financeiras de acenar para a população e para os interessados com os recursos para viabilizar a RS-010, independente do valor que ela custar”, disse. Nessas condições, afirmou ter certeza que o Executivo não conseguirá construir a rodovia, ou por não ter recursos ou por não conseguir superar certas posições ideológicas. O presidente da Confederação das Associações Comercias do Brasil, José Paulo Cairoli, disse que, como gaúcho, está insatisfeito, pois segundo ele, se discute ideologia, mas não se discute desenvolvimento. Afirmou que o projeto da RS-010 é um exemplo típico do que ocorre no estado, nesse sentido. “É hora de dar um basta para esse processo atrasado do Rio Grande do Sul”, afirmou.  Segundo ele, não há justificativa para que essa obra ainda não tenha iniciado. A presidente da Associação Comercial e Industrial de Canoas, Simone Leite, defendeu que a construção da RS-010 seja deve ser um projeto e um objetivo de todo Estado, ressaltando a importância da futura rodovia para o desenvolvimento econômico da região. O representante da reitoria da Unisinos, João Hermes Junqueira, disse que é preciso haver uma decisão política, independentemente da instância, para que a obra aconteça de fato. Para o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Sapiranga , Araricá e Nova Hartz  (ACISA), Ardi Hugentobler, a comunidade da região do Vale dos Sinos não entende o porquê de tanta demora para o início das obras. Afirmou que a falta de estrutura viária prejudica o crescimento do local, pois o aumento do custo de produção, pela dificuldade logística, reduz a competitividade das empresas. O presidente da ACI de Sapucaia, Fernando Silva de Paula, apelou para que a comunidade seja chamada a participar mais do processo. A presidente da ACI de São Leopoldo, Rosângela dos Santos, cobrou dos representantes políticos presentes uma ação firme com relação à RS-010. O representante da Federasul, Valdir de Mattos, disse que a construção da RS 010 é o desejo soberano da comunidade dos empresários do Vale do Rio dos Sinos. “Essa obra passa pela vontade política do governador e beira ao desrespeito com quem quer produzir resultados para o Rio Grande do Sul”, disse. O representante do Ministério Público, promotor César de Araújo Faccioli, destacou a necessidade de aproximar as instâncias executivas dos órgãos de controle, para que haja celeridade maior nesse processo e classificou a situação da BR 116 como “esclerose viária”.  Manifestaram-se ainda os representantes dos Coredes, José Adamoli, o vereador de Novo Hamburgo, José Jesus Maciel, o presidente do Setcergs, José Carlos Silvano e o ex-ministro dos Transportes, Cloraldino Severo. Participaram ainda os deputados Lucas Redecker, Frederico Antunes (PP), Jurandir Maciel (PTB), Carlos Gomes (PRB), Luciano Azevedo (PPS) e a deputada Maria Helena Sartori (PMDB).


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