quarta-feira, 13 de junho de 2012

ADVOCACIA-GERAL APRESENTA PROCEDIMENTOS DE APLICAÇÃO DE LICITAÇÃO SUSTENTÁVEL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


A Advocacia-Geral da União(AGU) apresentará uma de suas principais ações voltada ao desenvolvimento sustentável - as licitações "verdes" - na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada de 13 a 22 de junho de 2012, no Rio de Janeiro.  As compras governamentais respondem hoje, segundo dados do Iclei Governos Locais pela Sustentabilidade, por mais de 10% do Produto Interno Bruto nacional. As licitações sustentáveis buscam usar essa força econômica como indutora de boas práticas e as licitações "verdes" ganham suporte jurídico com assessoramento da AGU. "O momento em que vivemos é o de correção de hábitos de desperdício", diz Wilson de Castro Junior, Consultor-Geral da União Substituto, reforçando que há necessidade de sensibilização dos servidores públicos para o uso racional de recursos e a implementação de novas rotinas e procedimentos administrativos, que possibilitem diminuir a geração de resíduos sólidos pela Administração.  Segundo Wilson de Castro Junior, a AGU tem formulado diversas iniciativas nesse sentido como a adoção da fonte ecológica "ecofont", impressões frente e verso, distribuição de canecas de uso pessoal, aquisição de copos descartáveis de papel e coleta seletiva solidária. Nesse sentido ainda, ele destaca que a AGU já integra o Programa Agenda Ambiental na Administração (A3) desde 2008, no qual desenvolve atos de gestão publica socioambiental através de eixos temáticos: educação ambiental, uso racional de recursos, licitações sustentáveis, gestão adequada de resíduos e qualidade de vida no trabalho. O Consultor também fala sobre a preocupação da Administração Pública Federal com a correção de hábitos de desperdício, que pode ser sentida através da edição da Portaria Interministerial que instituiu o "Projeto Esplanada Sustentável". A norma tem a finalidade de integrar ações que visem a melhoria da eficiência no uso racional dos recursos públicos. Ainda de acordo com Wilson de Castro Junior, a sobrevivência das organizações públicas estará assentada na capacidade de atualização do modelo de gestão, adequando-o ao contexto da sustentabilidade. "Ao Estado reserva-se o dever legal de preservação do meio ambiente, seja através de instrumentos de comando e controle econômicos, seja através do fomento", pontuou. Outro viés da atuação estatal que também deve ser considerado, segundo o Consultor-Geral substituto "é a responsabilidade do Estado através de suas organizações públicas em imprimir internamente e em seus atos de gestão organizacional o marco da sustentatibilidade". Ao concordar com o consultor, o palestrante na Conferência e advogado da AGU, Marcos Weiss Bliacheris ressalta ser essencial a motivação do servidor neste processo, exemplificando que não adianta ter a lâmpada mais econômica, interruptor individualizado na sala, "se a luz ficar acesa a noite inteira porque o servidor não apaga". E lembra: "é preciso uma reeducação, mudança de hábito e isso vai desde o nosso cotidiano como servidores, até as decisões mais complexas".

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