Brasília,
29/05/2012 – O plano de segurança da Conferência das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Sustentável - Rio+20 ganhou reforço de 5 mil militares da Força
Aérea Brasileira (FAB). Esse aparato vai ser empregado no controle das Bases
Aéreas do Galeão, na Ilha do Governador; dos Afonsos, em Marechal Hermes; e de
Santa Cruz. Se somados aos 15 mil profissionais anunciados ontem pelo Comando
Militar do Leste (CML), teremos 20 mil militares e civis das Forças Armadas,
das policias federal e estadual, bem como Guarda Municipal, funcionários da
Receita Federal e Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estarão envolvidos
na segurança da Rio+20, entre 4 e 29 de junho, no Rio de Janeiro. O sistema
conta ainda com a participação de 13 ministérios e 26 entidades públicas. Para
isso, os governos federal, estadual e municipal investiram R$ 132,8 milhões,
sendo R$ 90 milhões das Forças Armadas. Um exemplo desse investimento foi feito
no Riocentro para que o participante da conferência tenha à disposição internet
grátis com previsão de 30 mil acessos diários. Para dar segurança às delegações
dos chefes de Estado ou de Governo que estarão na conferência da ONU, seja no
deslocamento dos comboios ou nos hotéis e locais de atividades, o plano terá a
participação de 416 batedores formando 52 equipes especializadas. O tráfego
aéreo de monitoramento das comitivas terá a proteção de 29 helicópteros nos
cerca de 50 quilômetros da orla carioca. Além do Riocentro e do Aterro do
Flamengo, os militares atuarão na região dos 38 hotéis onde estarão hospedados
os oito mil delegados participantes da Rio+20. O tráfego aéreo no Rio de
Janeiro será feito pelo Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA),
instalado ao lado do Aeroporto Santos Dumont. De lá serão, transmitidas as
orientações de pouso e decolagem das aeronaves no período da conferência. Pelo
menos 63 aviões utilizarão o pátio do Aeroporto Internacional Tom Jobim. O
sistema de segurança da conferência foi aprovado pela presidenta Dilma
Rousseff. A elaboração do plano está sob o comando do Estado-Maior Conjunto das
Forças Armadas (EMCFA), do Ministério da Defesa, e tem a coordenação do Comando
Militar do Leste (CML). O efetivo militar utilizado pertence à Marinha, ao
Exército e a Aeronáutica. A Polícia Militar contará com efetivo de 2,5 mil a
cada dia do evento e 1 mil guardas municipais. A PF disporá de 1,4 mil
delegados e agentes. No Riocentro, o Centro de Defesa Cibernebética montou infraestrutura
para proteger o sistema de telecomunicação de possíveis ataques de hackers.
Somente no centro foram investidos R$ 20 milhões. O plano de segurança conta
também com tropas especialmente treinadas para atuação, prevenção e reação a
ataques terroristas. Há também contingente para atuar na defesa química e
bacteriológica. Em caso de possível ataque aéreo ou a entrada de qualquer aeronave
sem a devida autorização, os equipamentos poderão ser abatidos por caças Super
Tucanos ou F-5N. Nesse caso extremo, a autorização será expedida pela
presidenta Dilma. Marinha do Brasil - A Marinha atuará na segurança da Rio+20
por meio do 1º Distrito Naval. Serão
empregados 3,2 mil militares, 26 embarcações (navios-patrulha, rebocadores e
lanchas), dois navios de porte médio (uma fragata e uma corveta) encarregados
no controle marítimo, além de seis aeronaves. O Distrito Naval prevê o emprego
da segurança de 4 a 29 de junho, uma semana após o término da conferência.
Caberá a Marinha a coordenação do segundo centro de comando e controle. O
Grupamento de Mergulhadores de Combate (Grumec), uma unidade de Forças
Especiais da Marinha também participará do plano de segurança. Exército
Brasileiro - A 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, sediada em Juiz de Fora
(MG) dividirá com o Departamento de Segurança das Nações Unidas o controle do
Riocentro. Lá está previsto efetivo de 1,2 mil militares. Na parte externa, a
segurança ficará a cargo a Brigada de Infantaria Paraquedista, tropa de elite
situada na Vila Militar, no Rio de Janeiro. As ruas na capital fluminense
contarão com o patrulhamento de tanques Cascavel e Urutu, mas com ação mais
discreta em relação ao aparato usado na Rio’92. Na sede do Comando Militar do
Leste (CML) ficará o principal centro de coordenação e controle. O centro está
equipado com Pacificador – sistema de tratamento de incidentes com utilização
de 250 smartphones. Cerca de 500 câmeras da Companhia de Engenharia de Tráfego
do Rio de Janeiro (CET-Rio) estão transmitindo imagens dos principais pontos da
cidade para a central do CML. Força Aérea Brasileira - A Aeronáutica empregará
5 mil militares. A força utilizará, por exemplo, caças F-5N de alta performance
e A 29, o Super Tucano – aparelho de baixa performance -, além de helicópteros
H-60 Black Hawk e AH2, de fabricação russa, que podem ser usados na
interceptação de aeronaves. Os aviões radares também serão empregados no
patrulhamento do espaço aéreo do Rio. A FAB também garantirá a segurança nas
três bases aéreas – Galeão, Afonsos e Santa Cruz – e manterá tropas em
prontidão para eventual emergência.
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