Nesta
terça-feira, dia 08 de maio, em Brasília, MPA lança rede nacional de
laboratórios e, com o MAPA, programa sanitário para moluscos bivalves. Um dos
pilares para o desenvolvimento da pesca e aquicultura no Brasil está sendo
consolidado pelo governo federal: a garantia da sanidade dos produtos e
processos relacionados a peixes, crustáceos e moluscos. São dois novos
instrumentos que irão se complementar para atender a este objetivo: a Rede
Nacional de Laboratórios do Ministério da Pesca e Aquicultura (RENAQUA) e o
Programa Nacional de Controle Higiênico-Sanitário de Moluscos Bivalves (PNCMB).
Com o maior controle sanitário, os consumidores de pescado terão a garantia de
produtos saudáveis e de melhor qualidade. A cadeia produtiva da pesca e
aquicultura será beneficiada pela certificação oficial, que permitirá a
abertura de novos mercados. O risco de problemas sanitários na atividade
produtiva também será minimizado. E o País adquire maior autonomia, já que a
rede estará capacitada a atender a todas as necessidades do mercado. Até então,
grande parte das análises laboratoriais era feita no exterior. A RENAQUA,
coordenada pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), será constituída por
laboratórios de instituições públicas de pesquisa, ensino e extensão, de órgãos
executores de defesa sanitária animal estaduais, bem como de laboratórios
públicos e privados credenciados. Toda a rede laboratorial adotará as
metodologias mais modernas na área. Já o Programa Nacional de Controle
Higiênico-Sanitário de Moluscos Bivalves irá monitorar toda a produção do setor
destinada ao consumo humano, como ostras, berbigões, vieiras e mexilhões. Este
programa está sendo instituído em conjunto pelo MPA e Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Evento comemorativo. A solenidade
relacionada a estas importantes conquistas para o País será realizada na
próxima terça-feira, dia 8 de maio, em Brasília, a partir das 15 horas, na sede
do MPA. Estarão presentes os ministros Marcelo Crivella, da Pesca e
Aquicultura, e Mendes Ribeiro Filho, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
que assinarão na oportunidade a Instrução Normativa Interministerial de criação
do Programa Nacional de Controle Higiênico-Sanitário de Moluscos Bivalves.
Também haverá palestras e a formalização da inclusão dos laboratórios oficiais
à rede. Participarão ainda da solenidade autoridades de entidades parceiras do
MPA na RENAQUA, como os reitores da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), Clélio Campolina Diniz, da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA),
José Augusto Silva Oliveira, e do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC),
Maria Clara Kaschny Schneider. Estarão presentes ainda o presidente da
Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC),
Enori Barbieri, o secretário de Monitoramento e Controle do MPA, Américo
Ribeiro Tunes, o Diretor do Departamento de Controle e Monitoramento do MPA,
Henrique Figueiredo, e o Coordenador-Geral de Sanidade Pesqueira do MPA,
Eduardo Cunha, além de outras autoridades, produtores e pesquisadores. Impactos
no mercado - Com os novos instrumentos para o controle sanitário do pescado, em
breve os brasileiros poderão consumir com mais segurança, por exemplo, peixes,
camarões, mexilhões e lagostas, provenientes do País ou do exterior. As
atividades produtivas da pesca e aquicultura poderão se expandir de forma
acelerada pelo cultivo de pescado, já que não haverá maiores sobressaltos e
riscos causados por doenças. E os produtos pesqueiros de origem nacional
destinados à exportação terão a sua qualidade certificada por padrões aceitos
mundialmente. A Rede Nacional de Laboratórios do Ministério da Pesca e
Aquicultura (RENAQUA) foi formalizada no último dia 18 de maio, com a
publicação no Diário Oficial da União da Instrução Normativa nº 3, do MPA. Ela
está sendo estruturada com padrões internacionais de qualidade laboratorial,
estabelecidos pela ISO 17.025. A rede dará suporte aos programas sanitários do
MPA, a exemplo do elaborado para os moluscos bivalves. O Brasil pretende
também, com a rede, desenvolver controle sanitário para as espécies nativas com
grande potencial de cultivo, como o pirarucu, o tambaqui e o pacu. Já o
Programa Nacional de Controle Higiênico-Sanitário de Moluscos Bivalves surge da
necessidade de se garantir padrões de qualidade para as espécies produzidas no
Brasil. “Este programa chega no momento certo, porque a partir de dezembro o
Brasil vai colher a sua primeira safra mecanizada de mexilhão, e com
processamento industrial”, comemora o empresário Luiz Valle, da Cavalo Marinho,
uma das maiores produtoras deste molusco no País. Ele explica que a
modernização do sistema reduzirá os custos de produção e aumentará fortemente a
produção nacional. A nova legislação, que equivale ao primeiro marco
regulatório do setor, permitirá maior aceitação dos produtos no mercado interno
e internacional. A estruturação do programa contou com a contribuição de
diversos pesquisadores, especialistas e produtores, através da consulta
pública. O programa entrará em vigor 60 dias após sua publicação – prevista
para a próxima semana -, no Diário Oficial. A iniciativa irá garantir o consumo
de moluscos bivalves livres de contaminação por biotoxinas marinhas e
micro-organismos patogênicos.
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