O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos,
participou, nesta quarta-feira (9), de audiência pública na Comissão de Viação
e Transportes (CVT), na Câmara dos Deputados, para discutir soluções aos pontos
de estrangulamento em algumas rodovias do estado do Rio de Janeiro, como é o
caso, por exemplo, da Ponte Rio-Niterói, administrada pela Ponte S/A; da subida
da serra de Petrópolis, na BR-040/MG/RJ, administrada pela Concer, e, da subida
da serra das Araras, na BR-116/RJ/SP, administrada pela Nova Dutra. O ministro
citou o volume de tráfego que vem se acumulando nessas rodovias nos últimos
anos e a necessidade de obras para o controle do aumento do tráfego. Esclareceu
que estão sendo desenvolvidos estudos junto à Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT) para avaliar os impactos que as obras trarão às concessões
existentes, mas desconsidera a possibilidade de um acréscimo de grandes
proporções nas tarifas de pedágio. Afirmou, ainda, que estão sendo estudadas
alternativas para o caso, que vão desde a expansão dos prazos das atuais
concessões até a possibilidade da realização dos investimentos como obra
pública, já que essas obras não estariam previstas nos encargos definidos como
obrigação das concessionárias. “Precisamos finalizar alguns entendimentos, já
agendados, na esfera do governo, para que possamos ter condições de caminhar
numa direção, para que possamos definir claramente aquilo que vai acontecer em
relação a essas obras”. Passos citou grandes projetos que estão sendo
empreendidos no estado, como a duplicação do trecho entre o bairro de Santa
Cruz e o município de Mangaratiba e a duplicação do trecho entre os municípios
de Manilha e Santa Guilhermina. O ministro também destacou as obras do Arco
Rodoviário do Rio de Janeiro, previsto para ser entregue até o final de 2013.
“O estado desenvolveu o projeto e agora já estamos em um ritmo razoável de
execução das obras”. O vice-governador do estado do Rio de Janeiro, Luiz
Fernando Pezão, destacou a importância da solução para o problema dos gargalos,
principalmente, por conta da intensa agenda econômica do estado, que concentra
66% da empregabilidade do país em sua região metropolitana. “Nós precisamos ter
uma definição porque o estado do Rio está ficando estrangulado por ter todos os
seus acessos pelas rodovias concedidas. A gente precisa contar com o governo
federal”. O ministro lembrou, ainda, dos grandes eventos que serão sediados no
Rio de Janeiro nos próximos anos. “O Rio de Janeiro, além dos seus
atrativos naturais, vai ser sede de grandes eventos nos próximos anos como a
Copa do Mundo e as Olimpíadas e nós temos que trabalhar para que esta
infraestrutura que serve o estado possa estar em condições, de fato, de ser
utilizada num padrão de qualidade em termos de serviço operacional o melhor
possível”, concluiu. Também estiveram presentes ao evento, o secretário
de obras do estado do Rio de Janeiro, Hudson Braga; o superintendente de
exploração de infraestrutura rodoviária da ANTT, Mario Mondolfo; dirigentes das
concessionárias de rodovias do estado do Rio de Janeiro, além de representantes
de associações e federações do setor de transportes.
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