Programação tem como tema “Uma chave para o
desenvolvimento sustentável”. Especialista da SES dá orientações sobre os
benefícios da lactação. Entre esta segunda-feira (1/8) e o próximo domingo
(7/8) é celebrada, em mais de 120 países, a Semana Mundial do Aleitamento
Materno. Neste ano, o tema é “Amamentação: Uma chave para o desenvolvimento
sustentável”, com o objetivo de levar a uma reflexão mais ampla a respeito dos
benefícios da lactação. De acordo com a coordenadora de Atenção à Saúde da
Mulher, da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Ana Paula Mendes Carvalho, o
leite materno constitui um alimento completo para a criança de zero a seis
meses de idade e um alimento complementar ideal até os dois anos de idade ou
mais, pois é rico em nutrientes, gordura, proteína, fatores imunológicos e
água. “Assim, o aleitamento materno pode evitar mortes infantis por causas que
podem ser prevenidas, como diarreias e infecções respiratórias, por exemplo”,
destaca Ana Paula. No entanto, algumas mamães podem encontrar dificuldades
durante o processo de amamentação, como rachaduras e dores nos mamilos, excesso
de leite nas mamas, dificuldades na pega e posicionamento do bebê e demora na
descida do leite. “É necessário que a mulher esteja em ambiente seguro,
tranquilo e confortável. Ela pode amamentar na posição em que se sentir melhor,
prezando pela segurança do bebê”, ressalta Ana Paula. A servidora pública Érica
Araújo, mãe do Túlio, de 1 anos e 11 meses, considera a ansiedade, tanto
da mãe, quanto das pessoas ao redor, um dos fatores que mais podem atrapalhar
durante o aleitamento. “As pessoas não percebem que, além do bebê, a gente também
precisa de colo e paciência. Porque é uma questão de tempo - o leite vai
descer, só que muito lentamente. E se quisermos amamentar, temos que nos manter
firmes, porque não vai faltar gente disposta a dar mamadeira”, comenta Érica.
Conforme a coordenadora Ana Paula Carvalho, os fatores psicológicos da mãe,
como ansiedade, medo, insegurança e estresse, de fato interferem diretamente na
amamentação. “Estes fatores podem inibir a liberação da ocitocina e prolactina,
hormônios responsáveis pela lactação”, explica. Relembrando o momento em
que amamentou o filho pela primeira vez, Érica Araújo conta: “A enfermeira me
entregou para amamentá-lo com tanta naturalidade que nem notou a expressão de
‘o que eu faço agora?’, que fiz para minha cunhada. E foi essa minha cunhada a
pessoa especial que ficou comigo e transmitiu a paciência necessária nessas
primeiras horas”, relembra. Érica também ressalta que a mãe precisa ter ao lado
uma pessoa que a tranquilize e não a pressione ainda mais. “O mais difícil é
manter o instinto e as orientações médicas acima dos costumes de tanta gente
querida e amada que, no fundo, a gente até que sabe, só quer nos ajudar”,
afirma. Além dos benefícios já mencionados, vale destacar, ainda, que o leite
materno reduz o risco de alergias, hipertensão, diabetes e obesidade, além de
melhorar a nutrição infantil e contribuir para o desenvolvimento da cavidade
oral, dentição, fala e respiração. A amamentação também promove o
fortalecimento do vínculo entre mãe e filho. Doação de leite humano - Toda
mulher que amamenta é uma possível doadora de leite humano. Basta ser saudável
e não tomar medicamentos que interfiram na amamentação e na doação. Orientações
e informações mais detalhadas podem ser fornecidas nos Postos de Coleta de
Leite Humano e Bancos de Leite Humano. – Secom
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