segunda-feira, 21 de novembro de 2016

GOVERNO DO ESTADO INVESTE EM PROGRAMA PARA GERAR MAIS RENDA NO CAMPO

O secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, lançou nesta sexta-feira (4) o programa Renda Agricultor Familiar, em Antônio Olinto, na região Sul do Estado, município que concentra a maior população rural do Paraná. Serão investidos R$ 14,7 milhões até 2019 com uma meta de beneficiar 5.600 famílias, em 156 municípios. Cada família selecionada vai receber um benefício no valor de R$ 2 mil ou R$ 3 mil, dependendo da renda familiar. Edwig Pauluk, uma das beneficiárias do projeto, mora em Antônio Olinto com a família do marido e espera ampliar a criação de galinha caipira e produção de ovos com o benefício “Estou animada com a possibilidade de construir instalações melhores, com bebedouros e telas, para aumentar o número de aves”, contou ela. Katiane Terezinha Cavazini e Jairo Jose Paulista pretendem aumentar sua horta, cultivar milho e comprar duas matrizes e um reprodutor para melhorar a criação de suínos. “Vamos poder ampliar as instalações que temos hoje e vender o excedente de nossa produção”, diz Jairo. O projeto Renda Agricultor Familiar é coordenado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Secretaria da Família e Desenvolvimento Social e Instituto Emater, envolvendo outras secretarias e prefeituras. “Mais do que dinheiro, este projeto é uma grande oportunidade para levar conhecimento, apoio técnico e orientações para ajudar estas famílias a melhorarem as condições de vida”, destacou Ortigara. Ele destacou todo o esforço do Governo do Paraná, que já construiu mais de 13 mil casas em áreas rurais, e anunciou que no próximo ano vai intensificar ações para combater a desigualdade social no Estado. Ortigara anunciou ainda que com recursos do Fundo de Combate à Pobreza serão investidos R$ 400 milhões/ano a partir de dezembro para sustentar programas de ação social, regularização fundiária, habitação popular e políticas de segurança alimentar. “Dar comida a quem come pouco e come mal e levar mais dignidade e conforto às famílias no meio rural, este é nosso desafio”, completa Ortigara. BENEFICIÁRIOS - Para participar do projeto Renda Agricultor Familiar, é necessário ser participante do Programa Família Paranaense, estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal e encontrar-se em situação de vulnerabilidade social, com renda abaixo de R$ 170,00 per capita ou um salário mínimo mensal. Cada família selecionada vai receber um benefício no valor de R$ 2 mil ou R$ 3 mil, dependendo da renda familiar. O recurso deve ser investido em um projeto pré-definido pela família e pelos técnicos da Emater. As famílias serão acompanhadas e orientadas pelos extensionistas, que também avaliarão os resultados, explica Miriam Fuckner, do Emater. AÇÕES PREVISTAS - O projeto prevê ações de saneamento básico, com melhoria na qualidade de água consumidas pelas famílias; produção de alimentos para consumo em casa e venda do excedente e apoio a processos produtivos. Miriam Fuckner, extensionista do Emater explicou que os processos produtivos não são apenas projetos agrícolas, mas qualquer outra atividade que possa gerar renda. “Pode ser a compra de uma máquina de costura, por exemplo, ou equipamentos para panificação, artesanato, salão de beleza, enfim qualquer ação que valorize a criatividade desta população que vive na zona rural.” Também participaram do lançamento famílias de agricultores em situação de vulnerabilidade social dos municípios de General Carneiro, Paula Freitas e Porto Vitória, região de União da Vitória, Sul do Estado. PRIMEIROS RESULTADOS - Os primeiros resultados do Renda Agricultor Familiar já começam a ser colhidos no município de São João do Triunfo, na região de Ponta Grossa, onde 28 famílias foram atendidas na primeira etapa do projeto no final de 2015. Foi um projeto-piloto que incentivou a implantação de hortas, plantio de erva-mate, milho, pomar e a criação de galinhas e suínos. “As famílias não tinham sequer banheiros em casa e viviam com dificuldade para captar uma água de qualidade para beber. O que parece pouco para muita gente é um ganho enorme para estas famílias”, explicou Arnaldo Panzarini, do Emater. Agora mais 22 famílias serão incluídas no projeto. Panzarini destacou ainda que com a melhora da qualidade da água, os reflexos na saúde das famílias de ampliam também no entorno da comunidade beneficiando todo o ecossistema. É possível ainda a redução de gastos no tratamento de doenças veiculadas pelo consumo de água não potável e pela contaminação do solo e dos mananciais hídricos. – Secom

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