Por meio da Codemig e da Setop, mais cinco
municípios mineiros receberão voos regionais; outra novidade é a integração
entre cidades do interior. O Governo do Estado de Minas Gerais, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas
Gerais (Codemig) e da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas
(Setop),
inicia a segunda fase do Projeto de Integração Regional de Minas Gerais - Modal
Aéreo (PIRMA). Cinco novas cidades foram incluídas às rotas, que passam a ter,
além de voos diretos para o Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, opções de
escala, com voos que ligam os municípios do interior entre si. Com as mudanças,
mais dois dos 17 territórios de desenvolvimento definidos pelo Governo do
Estado serão atendidos pelo projeto: Sudoeste e Triângulo Sul. As novas
cidades incluídas ao projeto são: Araxá, Lavras, Manhuaçu, Passos e Pouso
Alegre. Elas terão voos de ligação com Belo Horizonte e serão incluídas aos
circuitos criados para conexão entre os outros 12 municípios da primeira fase
do projeto: Curvelo, Diamantina, Divinópolis, Juiz de Fora, Muriaé, Patos de
Minas, Ponte Nova, São João del-Rei, Teófilo Otoni, Ubá, Varginha e Viçosa. Com
a criação dos circuitos, o projeto oferecerá voos diretos e voos com mais de um
trecho. As novas rotas já estão disponíveis para comercialização e os
novos voos começam na quarta-feira (2/11). A venda dos vouchers continua a ser
feita pelo site www.voeminasgerais.com.br. A plataforma de compras também
foi aprimorada: agora, o cliente possuirá uma conta de usuário, por meio da
qual poderá acessar seu histórico de compras, atualizar dados pessoais e
solicitar reembolsos, reemissões, remarcações e cancelamentos. Além disso: o
web check-in foi viabilizado; a pesquisa de voos oferece resultados mais
precisos aos interessados (com opções do destino para toda a semana); a
interface de compras está mais amigável; e o acesso por dispositivos
portáteis foi aperfeiçoado. Desde seu lançamento, o site recebeu mais de 110
mil acessos. Vouchers - O passageiro agora poderá adquirir seu
voucher até 40 minutos antes do voo, havendo disponibilidade. Outra novidade é
a possibilidade de venda de vouchers no balcão de atendimento dos aeroportos.
Nos voos com saída programada, os usuários poderão comprar até a abertura do
check-in (venda tipo go-show). Agências também poderão realizar reserva de
bilhete, assegurando o voucher para seus clientes dentro de um prazo
pré-estabelecido, até a efetivação da compra. As rotas da primeira fase do
projeto foram definidas a partir de uma pesquisa, que ouviu mais de
2.000 pessoas em 31 municípios. Nesta segunda fase, a partir da avaliação
do primeiro mês de funcionamento, os voos foram remanejados para garantir a
prestação do serviço mais intensa nos locais onde houve maior procura de
vouchers e também atender a demanda das novas cidades. Também foram
consideradas as sugestões feitas por passageiros e moradores dos municípios
atendidos na primeira fase do projeto, sobre dias e horários dos voos. O
valor dos vouchers varia de R$ 100 a R$ 550, de acordo com a distância
percorrida. As aeronaves, modelo Cessna Grand Caravan 208 B, transportam até
nove passageiros e, em breve, farão também transporte de carga. Experiência
- O administrador Rodrigo Simões fez o trajeto de Curvelo a Belo Horizonte,
trocando cerca de três horas de estrada por 27 minutos de voo. “Foi muito bom!
Avião ótimo, confortável e pessoal competente. Tudo muito bom e não tenho do
que reclamar. Espero que o projeto continue, pois pretendo usar bastante.
Facilitou minha vida”, afirma. Outro passageiro que destaca a agilidade e
a conveniência do transporte aéreo é o médico Guilherme Antônio de Lima e
Silva, que viajou de Diamantina até a capital pelo projeto. “Toda primeira
semana do mês faço esse trajeto e agora só irei utilizar o PIRMA. Espero,
ainda, que incluam mais voos, para ampliar o meu leque de escolhas. Serei
cliente costumaz”, diz. A segurança oferecida nessa modalidade de voos, ao
passageiro e ao transporte de cargas, é indicada pelo administrador de empresas
e palestrante José Roberto Cajaíba como um dos pontos fortes do PIRMA. Ele fez
o percurso entre Patos de Minas e Belo Horizonte e elogiou a iniciativa. “Viajo
muito a trabalho, portanto, preciso muito voar. O projeto me ajudou muito nesse
quesito. Além disso, um avião de pequeno porte e um voo curto são muito mais
seguros e velozes que uma viagem de carro ou de ônibus, principalmente para
quem transporta cargas e objetos valiosos”, avalia o adminstrador. Primeira
fase - O PIRMA foi lançado
em 17 de agosto deste ano e, até o dia 21 de outubro de 2016,
realizou cerca de 350 voos. Segundo o presidente da Codemig, Marco Antônio
Castello Branco, trata-se de um processo de criação de uma nova cultura. “O uso
de aeronaves de pequeno porte para aviação regional, que é comum em outras
partes do país, ainda é uma iniciativa inédita em Minas Gerais. Por isso,
acreditamos em um interesse crescente pelo serviço. A procura que tivemos por
vouchers na rota de Teófilo Otoni, por exemplo, comprova que há uma demanda dos
mineiros por essa forma de transporte, mais ágil e segura”, reforça Castello
Branco. As três rotas onde houve maior procura de vouchers na primeira fase do
projeto foram Teófilo Otoni, Viçosa e São João del-Rei. Na
sequência, Diamantina, Patos de Minas e Juiz de Fora também tiveram uma
procura de destaque. PIRMA e aviação - O Projeto de Integração Regional de Minas Gerais - Modal Aéreo busca
fomentar os negócios locais, desenvolver o turismo, integrar as diversas
regiões do estado e facilitar o deslocamento de moradores do interior para Belo
Horizonte, permitindo que tenham acesso rápido a eventos e serviços disponíveis
na capital. Para Minas Gerais, que possui uma área total de quase 600 mil
quilômetros quadrados, o investimento na regionalização por meio do transporte
aéreo é estratégico e indispensável para atender a meta de redução das
desigualdades nos 17 territórios de desenvolvimento estabelecidos pelo Governo
do Estado. Segundo informações da Anac, Minas Gerais conta atualmente com 121
aeródromos privados e 86 públicos. A administração, a manutenção e a exploração
dos aeródromos públicos são atribuições da União. A Setop vem trabalhando em
processos de delegação União-Estado, possibilitando investimentos do Governo
estadual em reformas, melhorias e posterior delegação aos municípios ou
empresas, para operação e manutenção. – Secom
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