Setor sucroenergético se destaca como um dos
principais protagonistas do plano assumido pelo Brasil na COP21. São Paulo, 22
de agosto de 2016 - A indústria
canavieira nacional tem um peso importante nas ambiciosas metas estabelecidas
pelo governo brasileiro durante a Conferência do Clima (COP21), realizada em
dezembro de 2015, em Paris. O esforço para que o País consiga reduzir as suas
emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) em 43% até 2030 (em comparação com os
níveis de 2005) prevê a participação de 18% de biocombustíveis sustentáveis,
incluindo o etanol carburante e outros produtos derivados dos canaviais, além
de um aumento de pouco mais de 10% para 23% das fontes renováveis — eólica,
solar e biomassa — na geração de energia elétrica. O potencial da cana como
fonte de energia limpa será reforçado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar
(UNICA) durante a 24ª edição da Fenasucro & Agrocana, um dos maiores
eventos da cadeia sucroenergética mundial, que acontecerá entre os dias 23 e 26
de agosto, em Sertãozinho (SP). No segundo dia da feira (24/8), a entidade
realizará, em parceria com o Centro Nacional das Indústrias do Setor
Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE Br), o VI Seminário CEISE Br/UNICA
sobre Bioeletricidade, encontro dedicado ao atual cenário e perspectivas do
mercado de cogeração de energia a partir do bagaço e da palha de cana. A
presidente da UNICA, Elizabeth Farina, participará da abertura do Seminário,
quando serão discutidas as tendências de oferta e demanda do setor elétrico
brasileiro, a competitividade da biomassa nos leilões de energia e os avanços
da tecnologia para cogeração. “Hoje, o setor tem um papel fundamental no fornecimento
de eletricidade pelas fontes de energias renováveis e sustentáveis, além de
apresentar uma grande vantagem: ter como característica principal a produção
previsível ao longo da safra, justamente no período hidrológico seco e crítico
para o setor elétrico, contribuindo para garantir a segurança na gestão de um
Sistema Interligado cada vez mais diversificado”, destaca a presidente da
UNICA. Em 2015, a biomassa da cana respondeu por pouco mais de 4% do consumo
nacional de energia elétrica. Entretanto, segundo dados da Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), se o potencial técnico desta fonte for plenamente
aproveitado, ela tem capacidade de representar 24% do consumo nacional na rede
até 2024. O Seminário CEISE Br/UNICA terá mediação do gerente de Bioeletricidade
da UNICA, Zilmar Souza, e contará com a participação de importantes nomes do
setor energético, como o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis
Renováveis, Márcio Félix Carvalho Bezerra; o secretário de Energia e Mineração
do Estado de São Paulo, João Carlos Meirelles; o secretário de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim; o presidente-executivo da
Associação da Indústria de Cogeração de Energia (COGEN), Newton Duarte; o
presidente-executivo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia
Elétrica (ABRACEEL), Reginaldo Almeida de Medeiros; entre outros. ETANOL - O
etanol também aparecerá com destaque na Fenasucro & Agrocana 2016 por meio
da Fórmula Inter, uma modalidade inovadora do automobilismo nacional que irá
expor seus modelos de carro de corrida na feira sucroenergética. O diferencial
desta nova categoria, lançada recentemente e voltada a pilotos amadores, fica
por conta de um moderno conceito de associar alta performance com
sustentabilidade: são veículos que atingem 250 km/h movidos a etanol,
combustível renovável que em comparação com a gasolina oferece mais potência no
motor com até 90% menos emissão de gases de efeito estufa. “Conseguir aliar performance com sustentabilidade é uma
das grandes vantagens competitivas do etanol brasileiro,
reconhecido internacionalmente como o mais eficiente e sustentável do mundo,
mas que ainda precisa ter suas externalidades positivas mais valorizadas no
mercado interno”, ressalta Farina. – Secom
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