Intervenções serão em infraestrutura, já que
muitos prédios estavam há muito tempo sem reparos. Atual gestão encontrou 74%
das unidades em condições precárias. Escola mal cuidada, educação comprometida.
Pensando em reverter essa equação, o Governo de Minas Gerais deu início a um
investimento em reformas nas escolas estaduais. Só neste ano, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) liberou cerca de R$ 41 milhões para obras em
197 escolas de 149 municípios, em 15 dos 17 territórios de desenvolvimento.Além
disso, o Governo retomou obras em outras 13 escolas
estaduais, paralisadas pela gestão anterior em sete territórios de desenvolvimento.
Ao iniciar a gestão, o Governo diagnosticou que 74% das unidades escolares não
estavam em boas condições. Algumas das construções estavam há muito tempo sem
reparos. Na Escola Estadual Oswaldo Lucas Mendes, em Taiobeiras, Região
Norte de Minas Gerais, a situação estava crítica. A queda do muro por causa das
chuvas, em 2013, deixou a escola sem proteção por mais de dois anos.Nem os
tapumes improvisados impediram os quase dez furtos ao núcleo de informática,
que quase acabou por falta de equipamentos. O longo tempo sem adequação no
sistema elétrico também colocava em risco a segurança e provocava a queima
frequente de lâmpadas.“Foram nove anos de luta e espera. Por causa da falta de
estrutura, havíamos perdido o controle da escola, trabalhávamos com medo e
víamos alunos e professores desmotivados. O começo das obras nos devolveu a
autoestima. Sentimos que estamos cuidados e assim cuidamos melhor. Meu facebook
é cheio de elogios” relata a diretora, Mônica Alves Costa.Para a aluna Winny
Moreira, está mais fácil estudar “As salas estão mais claras porque as paredes
foram pintadas e as janelas substituídas. Sou do colegiado e também batalhei
pela liberação do dinheiro.” comemora.Consertar o telhado é a prioridade da
Escola Estadual Vinícius Meyer, em Pouso Alegre, Sul de Minas Gerais. Segundo a
diretora Vivian Garcia, o problema das goteiras é antigo. Quando chovia forte,
as salas ficavam molhadas e, às vezes, as aulas suspensas.“Quando estudei aqui
o problema já existia. Piorou quando minha filha e genro eram estudantes.
Agora, como diretora, tenho o prazer de ver o problema ser resolvido. E, com
certeza, meu netinho vai estudar aqui”, reforça, Vívian.Paula Bontempo, 34
anos, tem dois filhos na escola e está satisfeita com a conquista da
comunidade. E faz planos. “A reforma me animou e ano que vem vou concluir meus
estudos. E volto para a sala de aula, com tudo novinho!”.Na Região
Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), os problemas também começaram a ser
resolvidos. A Escola Estadual Henrique Sapori, em Ribeirão das Neves, é
um exemplo. A cantina fora das normas da Vigilância Sanitária e a falta do
refeitório causavam desconforto.“Só tínhamos umas mesinhas do lado de fora. A
quantidade era insuficiente e o que se via eram as crianças de 6 e 7 anos comendo
em pé, com prato na mão. Agora, vamos ter um espaço próprio para a alimentação
dos estudantes, além das outras benfeitorias”, desabafa a diretora Marta
Nascimento.A revitalização total do prédio da Escola Estadual Governador Milton
Campos, em Belo Hortizonte, deve ficar pronta ainda neste ano. Iniciada em
agosto de 2013 e paralisada no final de 2014, a obra, no valor de quase R$ 18
milhões, foi retomada em julho deste ano. Os laboratórios de física, química e
biologia também serão adaptados.O diretor Jeferson Lopes Pimenta conta que já
estava passando da hora de reformá-la. “O prédio tem 67 anos e, por ser
tombado, nunca havia passado por uma grande intervenção. Somos referência no
ensino mineiro. Até o governador estudou aqui. Em novas instalações mais modernas,
teremos uma educação ainda melhor”.Para a secretária de Estado da Educação,
Macaé Evaristo, trata-se de um início de retomada de investimentos nas escolas.
“A situação das escolas é muito preocupante. Vamos fazer um esforço para que
nestes quatro anos a gente possa garantir infraestrutura para todas as
escolas”. – Secom
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