segunda-feira, 28 de setembro de 2015

FERNANDO PIMENTEL DEFENDE AJUSTES NA ECONOMIA E DESTACA TRADIÇÃO DEMOCRÁTICA DO BRASIL

Em evento em Nova Lima, governador de Minas Gerais falou sobre o atual cenário político-econômico do país e descartou clima para golpe de Estado no plano federal. O governador Fernando Pimentel afirmou nesta sexta-feira (17/9) durante evento com empresários e lideranças políticas em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), que vai trabalhar junto a representantes de outros Estados pela aprovação da CPMF com alíquota de 0,38%. Pela proposta apresentada pelo governo federal, 0,20% da CPMF ficaria com a União - e o restante seria distribuído entre estados, Distrito Federal e municípios.“O que nós vamos fazer agora, e aí não depende de nenhuma ação da presidenta Dilma Rousseff, é trabalhar pela aprovação da CPMF com alíquota de 0,38%, porque o governo federal está mandando a CPMF de 0,20% apenas para a União, para fechar o orçamento da União. Mas abriu-se a possibilidade de os Estados também receberem recursos - nesse caso, aumentando a CPMF para 0,38%, que era o percentual até 2007, quando foi extinta”, afirmou, em entrevista à imprensa.Segundo o governador, os recursos serão importantes “para todos os estados e municípios que hoje estão em situação financeira muito difícil - e Minas Gerais não é exceção, estão todos em uma situação financeira muito difícil”.Lembrando a boa relação que mantém com parlamentares de todos os partidos com representação no Congresso Nacional e a autonomia dos Poderes, Pimentel disse que, entre deputados e senadores de vários partidos, não só da base governista, há uma sensibilidade em relação à crise financeira dos municípios e em relação à opinião pública. “Cada um dos deputados, ao olhar a sua base, que é constituída de municípios, enxerga a realidade dessas cidades e sabe que é necessário reforçar a arrecadação delas”, observou.Questionado sobre a possibilidade de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o governador de Minas Gerais defendeu a maturidade da democracia brasileira. “O clima, às vezes, fica muito acirrado, tanto do lado da oposição quanto do lado de alguma parcela de apoiadores do governo federal. Mas eu tenho ido a Brasília, tenho conversado com deputados, senadores. Não é esse o sentimento geral das Casas. O sentimento geral do parlamentar hoje é de uma preocupação muito grande com a crise, com a condução das coisas, mas não é um sentimento de atropelar a Constituição com qualquer ação que desrespeite o resultado das urnas. Essa não é a nossa tradição, não tem sido a prática do Brasil pelo menos desde o último afastamento de presidente, que foi o presidente Collor. Então não vejo muito espaço para de fato, no plenário, uma medida como essa ser aprovada”.Pimentel ressaltou a existência de “debates acalorados” que rendem “dividendos publicitários” para quem os faz. “Então, a gente tem de separar um pouco as coisas”, acrescentou.Legislativo -Durante o evento, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adalclever Lopes, parabenizou o governador pela instalação dos Fóruns Regionais de Governo, como uma medida para incentivar a regionalização e a participação popular na administração pública, e pontuou que a harmonia entre os Poderes em Minas é exemplo para o restante do país. “Se tem uma palavra de ordem que tem que ser dada ao Brasil, um exemplo que tem que ser dado por Minas Gerais, é o da humildade. Temos de dialogar o tempo inteiro. É muito mais fácil do que a desarmonia”, disse.Participaram do encontro os secretários de Estado de Governo, Odair Cunha, de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Miguel Corrêa, o líder de governo na Assembleia, deputado Durval Ângelo, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado, deputados da base e da oposição em Minas Gerais, vereadores, diretores de empresas, entre outros. - Secom

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