São dois financiamentos de longo prazo (R$ 652
milhões para complexo no CE e R$ 273 mi a outro no RN) e um empréstimo-ponte de
R$ 145 mi ao RS. Os empreendimentos terão, juntos, potencial de 480 MW e devem
gerar 7,6 mil empregos diretos e indiretos na construção e operação. O
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou três
operações, no valor total de R$ 1,07 bilhão, para três complexos de energia
eólica nos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. São dois financiamentos de longo
prazo: R$ 652,5 milhões ao Complexo de Itarema (CE) e R$ 273 milhões para o
complexo Vamcruz, em Serra do Mel (RN). Ambos os projetos, estruturados na
modalidade de projectfinance, integram o Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC). O projeto de Itarema terá
potencial instalado de 207 MW. Ele é composto de nove parques eólicos que serão
concluídos em duas fases. A primeira, com quatro parques, entra em operação em
fevereiro e a segunda, com cinco, em setembro de 2016. Cada parque é uma sociedade de
propósito específico (SPE), atendendo ao especificado na linha BNDES Project
Finance. Para cada uma foi feita uma operação nessa modalidade, em que o pagamento
é calculado com base no fluxo de caixa das empresas. Todas as SPEs pertencem à Itarema
Geração de Energia S.A., controlada integralmente pela Rio Energy Fundo de
Investimento, braço para investimento em energias renováveis da Denham Capital,
gestora de privateequity sediada nos EUA. Durante
a construção devem ser criados 2,4 mil empregos diretos e 2,5 mil indiretos. No
empréstimo foram previstos R$ 3,5 milhões para aplicação em projetos sociais no
entorno do complexo eólico. Os projetos ainda serão definidos. Já o Complexo Vamcruz, em Serra do
Mel (RN), é controlado por uma holding de mesmo nome dona de quatro parques
eólicos que devem gerar, no total, 93 MW. A holding é formada pela Centrais
Hidroelétricas do São Francisco (Chesf), que tem 49%, pelo francês Grupo
Voltalia, que tem 25,6%, e pela Encalso Construções Ltda, do Ceará, com 25,4%.
Na construção, devem ser criados 60 empregos diretos e 605 indiretos. Como parte da operação, foram
aprovados R$ 3 milhões que devem ser usados em iniciativas sociais no entorno
do empreendimento. Uma parcela desses recursos apoiará a expansão de projeto de
abastecimento de água para consumo humano e agricultura de subsistência na zona
rural dos municípios de Areia Branca e Serra do Mel, realizado com apoio da Embrapa.
Empréstimo-ponte – O BNDES também
aprovou empréstimo-ponte no valor de R$ 144,9 milhões para a implantação de 12
usinas eólicas e o sistema de transmissão do Complexo de Hermenegildo, nos
municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí, no Rio do Grande do Sul. O empréstimo-ponte visa agilizar a
realização de investimentos por meio da concessão de recursos no período de
estruturação da operação de longo prazo. Os pedidos de empréstimos-ponte foram
apresentados pelas quatro SPEs constituídas pela Eletrosul em sociedade com a
Renobrax para construir e operar as usinas. As
SPEs do Complexo de Hermenegildo venceram o Leilão de Energia Nova, de novembro
de 2013. Com isso, podem firmar Contratos de Comercialização de Energia no
Ambiente Regulado (CCEAR) que garantem compra por 20 anos. Esses contratos são
reajustados anualmente pelo IPCA. As
usinas terão potencial de 180,79 MW e utilizarão 101 equipamentos cadastrados
seguindo os critérios da Nova Metodologia de Credenciamento de Aerogeradores,
lançada pelo BNDES em dezembro de 2012. A
metodologia visa aumentar progressivamente o conteúdo local das unidades
geradoras, por meio da fabricação no País de componentes com alto conteúdo
tecnológico e uso intensivo de mão de obra. Durante a construção, serão gerados
700 empregos diretos e 1.200 indiretos. Após a conclusão serão 50 diretos e 100
indiretos. Meia Itaipu – Entre 2003 e agosto deste ano, os
recursos do BNDES ajudaram a acrescentar 70% da capacidade de geração eólica do
Brasil, hoje estimada em 6,5 MW. A cifra equivale a quase meia usina de Itaipu.
- Secom
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