terça-feira, 7 de junho de 2016

EUA: FED PRECISA SER PACIENTE P/ SUBIR JUROS, DIZ LOCKHART

São Paulo, 6 de junho de 2016 - A combinação dos dados mais fracos do mercado de trabalho em maio e a possibilidade de saída do Reino Unido da União Europeia (UE) exige que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tenha paciência na elevação da taxa de juros nos Estados Unidos, disse o presidente da unidade do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, em entrevista para a TV Bloomberg. "Não estou mudando minha visão sobre o desempenho da economia por conta dos resultados do mercado de trabalho, mas os números justificam mais paciência para o Fed", afirmou Lockhart. "Não custa nada esperar até, pelo menos, julho", acrescentou.  Segundo Lockhart, que este ano não tem direito a voto no comitê de política monetária, existem três maneiras de interpretar os dados do mercado de trabalho de maio: desaceleração econômica, diminuição da criação de vagas ao passo que o país se aproxima do pleno emprego e a volatilidade natural do dados. "Acredito que a maior possibilidade é a do pleno emprego porque confio que a economia esteja crescendo em torno de 2%", acrescentou. Na sexta-feira, o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos informou que a economia norte-americana criou 38 mil postos de trabalho em maio ante expectativa de abertura de 150 mil vagas. A taxa de desemprego caiu para 4,7% emmaio dos 5% do mês anterior, ficando abaixo das estimativas que previam 4,9%. O presidente do Fed de Altanta voltou a afirmar que qualquer decisão do Fed será dependente dos dados. "As decisões não serão baseadas em expectativas do mercado", disse ele. "O mercado acredita que os juros subirão mais próximos do fim do ano, mas o que determinará isso são os dados em cada encontro [do Fed]", completou. Sobre o plebiscito no Reino Unido, marcado para 23 de junho, Lockhart disse que é preciso avaliar o impacto de uma possível saída dos britânicos do bloco europeu. "Existem riscos no curto e longo prazo caso a saída vença. Os britânicos são um dos nossos principais parceiros comerciais e isso pode se refletir no enfraquecimento da nossa balança comercial", acrescentou. Questionado sobre a China e a valorização do dólar, o presidente do Fed de Atlanta afirmou que foram elementos que provocaram uma volatilidade intensa sobre o mercado financeiro no início do ano. "Neste momento, esses eventos não estão mais proeminentes como antes, mas é importante lembrar que eles ainda existem", disse.–Secom

tvgazetalife@hotmail.com
                                                         
JORNAL GAZETA LIFE               
“A notícia levada a sério”          
(34) 3427-1384                               
(34) 9929-5718 - VIVO
(34) 8424-0417 – CLARO
(34) 9177-6477 – TIM         

(34) 9971-4879 - CTBC

Nenhum comentário:

Postar um comentário