“É
inegável a liderança do Brasil nos processos internacionais de
sustentabilidade, como também é inegável a responsabilidade de conduzir e
facilitar que a inserção de novas ideias e novos atores possa entrar nesse
mundo do fortalecimento do multilateralismo”, afirmou nesta segunda-feira
(03/06) a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante abertura da
Semana do Meio Ambiente, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A declaração foi
feita durante o seminário internacional “A geopolítica do desenvolvimento
sustentável”. O evento serviu para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente e o
primeiro aniversário da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento
Sustentável (Rio+20). “Um ano depois da conferência nós temos uma pauta
modelada pelo legado deixado”, disse a ministra. “Permitiu-se uma construção de
um grupo de pessoas que tem uma grande capacidade de diálogo e engajamento”. REFERÊNCIA
- Segundo a Izabella Teixeira, a sustentabilidade continua sendo paradigma de
referência em desenvolvimento. “O Brasil é um país que busca os caminhos de
sustentabilidade, reduzindo as diferenças nas classes sociais, nos desafios da
erradicação da pobreza, de uma estabilidade econômica, de uma inovação
tecnológica e, de que o meio ambiente não é um assunto reativo e sim
propositivo”, enfatizou. O seminário foi uma realização do Ministério do Meio
Ambiente (MMA) e do Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Centro
Rio+), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e de mais 25
outras instituições. "É uma preocupação, uma chamada desesperada, para que
todos os países definam o que vamos fazer para reduzir o consumo desenfreado",
afirmou a primeira expositora, Yolanda Kakabadse, presidente do Fundo Mundial
para a Natureza (WWF). Para o presidente da Fundação Brasileira para o
Desenvolvimento Sustentável (FBDS), Israel Klabin, a Rio+20 trouxe a
consciência de que o desenvolvimento sustentável está baseado na capacidade de
resolver problemas socioambientais. INCLUSÃO SOCIAL - Já o professor da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, afirmou que
é e necessário buscar soluções que permitam ampliar a produção necessária e
construir um modelo de sociedade que possa permanecer no tempo. A diretora
regional para América Latina e Caribe do Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (PNUMA), Margarita Astrálaga, falou sobre a desigualdade nos padrões
de consumo e como esse tema pode ser considerado uma questão ética. Ela
ressaltou a necessidade de ensinar os jovens a como tornar o mundo mais
sustentável, não só do ponto de vista
ambiental, mas também do ponto de vista da inclusão social. Na sua intervenção,
o presidente da Unilever Brasil, Fernando Fernandes, listou cinco grandes
elementos que podem mudar os padrões de produção e consumo: educação, inovação,
políticas públicas, indicadores e parcerias. O embaixador André Corrêa do Lago
destacou que mudar padrões de consumo não significa viver pior, pois é uma
agenda que apresenta várias oportunidades. “Estamos defendendo a vida humana no
planeta. Devemos refletir: de que maneira vamos viver decentemente?”,
enfatizou. O secretário-geral assistente e diretor do Bureau de Políticas para
o Desenvolvimento do PNUD, Olav Kjorven, finalizou o seminário reforçando que o
mundo precisa de um novo cenário para um desenvolvimento sustentável melhor,
com discussões contínuas e expansão do diálogo. - Ascom
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