quarta-feira, 5 de junho de 2013

SEMINÁRIO INTERNACIONAL ABRE A SEMANA DO MEIO AMBIENTE COM DEBATE SOBRE NOVOS MODELOS DE DESENVOLVIMENTO

“É inegável a liderança do Brasil nos processos internacionais de sustentabilidade, como também é inegável a responsabilidade de conduzir e facilitar que a inserção de novas ideias e novos atores possa entrar nesse mundo do fortalecimento do multilateralismo”, afirmou nesta segunda-feira (03/06) a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante abertura da Semana do Meio Ambiente, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A declaração foi feita durante o seminário internacional “A geopolítica do desenvolvimento sustentável”. O evento serviu para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente e o primeiro aniversário da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). “Um ano depois da conferência nós temos uma pauta modelada pelo legado deixado”, disse a ministra. “Permitiu-se uma construção de um grupo de pessoas que tem uma grande capacidade de diálogo e engajamento”. REFERÊNCIA - Segundo a Izabella Teixeira, a sustentabilidade continua sendo paradigma de referência em desenvolvimento. “O Brasil é um país que busca os caminhos de sustentabilidade, reduzindo as diferenças nas classes sociais, nos desafios da erradicação da pobreza, de uma estabilidade econômica, de uma inovação tecnológica e, de que o meio ambiente não é um assunto reativo e sim propositivo”, enfatizou. O seminário foi uma realização do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Centro Rio+), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e de mais 25 outras instituições. "É uma preocupação, uma chamada desesperada, para que todos os países definam o que vamos fazer para reduzir o consumo desenfreado", afirmou a primeira expositora, Yolanda Kakabadse, presidente do Fundo Mundial para a Natureza (WWF). Para o presidente da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), Israel Klabin, a Rio+20 trouxe a consciência de que o desenvolvimento sustentável está baseado na capacidade de resolver problemas socioambientais. INCLUSÃO SOCIAL - Já o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Luiz Pinguelli Rosa, afirmou que é e necessário buscar soluções que permitam ampliar a produção necessária e construir um modelo de sociedade que possa permanecer no tempo. A diretora regional para América Latina e Caribe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Margarita Astrálaga, falou sobre a desigualdade nos padrões de consumo e como esse tema pode ser considerado uma questão ética. Ela ressaltou a necessidade de ensinar os jovens a como tornar o mundo mais sustentável, não só do  ponto de vista ambiental, mas também do ponto de vista da inclusão social. Na sua intervenção, o presidente da Unilever Brasil, Fernando Fernandes, listou cinco grandes elementos que podem mudar os padrões de produção e consumo: educação, inovação, políticas públicas, indicadores e parcerias. O embaixador André Corrêa do Lago destacou que mudar padrões de consumo não significa viver pior, pois é uma agenda que apresenta várias oportunidades. “Estamos defendendo a vida humana no planeta. Devemos refletir: de que maneira vamos viver decentemente?”, enfatizou. O secretário-geral assistente e diretor do Bureau de Políticas para o Desenvolvimento do PNUD, Olav Kjorven, finalizou o seminário reforçando que o mundo precisa de um novo cenário para um desenvolvimento sustentável melhor, com discussões contínuas e expansão do diálogo. - Ascom

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