O
Brasil é um dos principais responsáveis pelo crescimento dos bioplásticos,
especialmente por ser um dos maiores fornecedores mundiais de etanol para a
produção de polietileno e PET verdes. A Braskem, por exemplo, é uma das
fabricantes que desenvolve tecnologias para esse setor constantemente,
contribuindo para colocar o País em destaque no que se refere ao tema. A
empresa acaba de lançar uma nova linha de polietileno verde de baixa densidade
(PEBD), segundo o consultor de Emissões e Tecnologia da União da Indústria de
Cana-de-Açúcar (UNICA), Alfred Szwarc. Após investimentos para a interligação
de fábricas e aquisição de equipamentos, o PEBD, utilizado geralmente em
embalagens e filmes plásticos, será produzido a partir de matérias-primas
renováveis. Inicialmente, está prevista a produção anual de cerca de 30 mil
toneladas da nova resina. O produto, que estará disponível para o mercado a
partir de janeiro de 2014, se destaca por ser uma resina termoplástica
produzida a partir do etanol à base de cana-de-açúcar. Suas propriedades são
idênticas às do polietileno tradicional e, por ser originário de matéria-prima
de fontes renováveis, contribui para a redução das emissões de gases causadores
do efeito estufa (GEEs) ao capturar gás carbônico da atmosfera durante o processo
de crescimento da cana. O vice-presidente da unidade de Poliolefinas e
Renováveis da Braskem, Luciano Guidolin, explicou que a empresa monitora
constantemente o mercado e busca soluções para seus clientes. “Nós entendemos
que o PEBD suprirá uma necessidade latente por materiais de origem renovável,
ao permitir outras aplicações além das já disponíveis com o portfólio atual do
Plástico Verde. Com esta capacidade de produção, estaremos prontos para atender
parte da demanda mundial pela resina," afirmou. Tendência dos bioplásticos
- O relatório “Global Bioplastics Market 2010–2014”, da empresa Technavio, já
mostrava a tendência dos bioplásticos, apontando um crescimento de 32% para o
período mencionado. O conteúdo do relatório foi atualizado para cobrir o
período 2011-2015, aumentando a projeção para 33,9%. De acordo com a
publicação, que abrange o panorama e expectativas de crescimento de mercado nos
próximos anos de diversos países do mundo, um dos fatores que contribui para o
crescimento desse mercado é a necessidade de redução de gases do efeito estufa,
o que os plásticos derivados de etanol permitem fazer. Única - Ascom
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