quinta-feira, 21 de março de 2013

NARCIO QUER BH COMO REFERÊNCIA EM TECNOLOGIA NO PAÍS.

Sob o comando do Secretário Narcio Rodrigues, a Secretaria de Ciência Tecnologia e Ensino Superior  de Minas dá mais um passo decisivo para transformar Belo Horizonte na capital nacional em inovação e tecnologia. Uma verdadeira cidade de Tecnologia de Informação está sendo gestada para abrigar em torno de 70 empresas, com investimentos de R$ 100 milhões de reais. Enquanto isto outro projeto, o BH-Tec entra em sua segunda etapa projetando a construção de cinco novos edifícios  até 2018,para abrigar novas empresas do setor. O assunto foi destaque do Jornal Estado de Minas deste domingo (17/03), como pode ser conferido na matéria abaixo: BH planeja ser a capital da inovação e referência em tecnologia no BrasilCondomínio, que deve reunir empresas e profissionais de TI, receberá investimentos de R$ 100 mi e nasce como referência. Carolina Lenoir - O parque tecnológico, que teve seu edifício sede inaugurado no ano passado, vai entrar em sua 2ª fase. Minas Gerais tem planos ousados para se consolidar como estado referência em tecnologia no Brasil e transformar Belo Horizonte na capital nacional do setor. A principal aposta é a criação de um condomínio empresarial de tecnologia da informação (TI), com um investimento previsto de R$ 100 milhões. O projeto está em fase de viabilização da construção e de adesão de empresas, mas a intenção inicial é de que seja usado um terreno de 30 mil metros quadrados que a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) dispõe na Avenida José Candido da Silveira, no Bairro Horto. Dessa forma, o polo se integraria às construções da Cidade da Ciência do Conhecimento e comportaria um volume de 20 mil a 30 mil profissionais. Esta semana, representantes do setor e da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) vão se reunir para definir a coordenação e o cronograma do projeto – de acordo com levantamento prévio, já são cerca de 70 empresas interessadas, que devem informar o tamanho da área que pretendem ocupar no condomínio. Além do polo empresarial, também será criado um condomínio temático de instituições de ensino superior, pesquisa e desenvolvimento em TI, com o objetivo de produzir e difundir conteúdos para formação de mão de obra na área. O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Narcio Rodrigues, explica que a ideia é criar um condomínio de empresas, aberto a investimentos públicos e privados, com área para convivência, pesquisa e capacitação. Um dos papéis do governo estadual seria possibilitar incentivos, como oferta de crédito para as empresas. De acordo com o secretário, pela primeira vez é possível ver o estado se organizando em torno de um tema com a participação de todas as áreas envolvidas, como empresas de TI, empresas beneficiadas pelo desenvolvimento da área, instituições de ensino e governos estadual e municipal. “Estamos construindo um ambiente raro de convergência positiva em um setor que é de muita disputa.” As decisões sobre o condomínio estão embaladas pelo anúncio de que Minas vai abrigar uma das aceleradoras do programa Start-Up Brasil, que tem o objetivo de investir no desenvolvimento de 100 novas empresas de TI na primeira rodada, com o investimento de R$ 200 mil em cada uma. O Projeto Acelera-MG, liderado pelas entidades que representam o setor no estado – Assespro-MG, Fumsoft, Sindinfor e Sucesu-MG – foi escolhido em uma seleção que contemplou mais oito propostas de outros estados. O edital para selecionar as empresas participantes deve ser divulgado no início de abril e em junho começará o processo de aceleração das selecionadas, com duração de seis meses a um ano. Thiago Maia, presidente da Fumsoft, explica que tanto o condomínio empresarial quanto o projeto Acelera-MG têm como fundo o MG TI 2022 – versão mineira do Programa TI Maior, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação –, que traça metas para Minas e BH no cenário tecnológico, como aumentar o faturamento do setor de TI da RMBH de R$ 2 bilhões em 2012 para R$ 9 bilhões em 2022 e passar o número de empregos da área em BH de 20 mil para 72 mil no mesmo período. DISPERSÃO De acordo com Thiago, o setor tem uma participação fundamental na economia, mas o estado viu, nos últimos anos, centros de operações de TI de empresas importantes serem transferidos de Minas para o Rio de Janeiro e São Paulo. “A resposta sistêmica para isso é o MG TI, por meio da capacitação, porque o setor precisa de mais profissionais do que as escolas conseguem formar hoje; do marco regulatório, com a criação de um arcabouço de leis para fomentar o crescimento do setor; do próprio centro empresarial e da geração de negócios.” O diretor destaca também o fato de que a região metropolitana concentra 3,5 mil das 5 mil empresas de TI instaladas em Minas, mas de forma pulverizada. “Não existe um ícone para o setor, a exemplo do que é o Porto Digital no Recife. Minas tem mais empresas, movimenta mais dinheiro e emprega mais pessoas. O condomínio pretende ser esse símbolo, ser a cara do setor de TI em MG, com uma estrutura adequada para as particularidades da área.” Expansão para o BH-Tec - Outro compromisso importante do setor marcado para esta semana é a audiência pública de apresentação da modelagem de concessão referente à Fase 2 do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-Tec). A apresentação vai ser feita na sexta-feira, das 9h às 11h, no BH-TEC, no Bairro Engenheiro Nogueira. Em maio de 2012, a Fase 1 do parque foi finalizada, com a inauguração do edifício institucional 1, com área de 7.550 metros quadrados (m²), que conta atualmente com 16 empresas em operação. A próxima fase de expansão será a concessão ao setor privado de direito de uso para construção e operação de um complexo imobiliário para abrigar empresas do setor de tecnologia. O primeiro lote para licitação é formado por cinco edifícios, num total de 207 mil m² de área construída, com obras previstas para serem concluídas em três fases, entre 2013 e 2018. O investimento total é estimado em R$ 464 milhões e o período de concessão será de 28 anos. Jorge Leonardo Duarte de Oliveira, gerente de projetos especiais do BDMG, explica que a instituição foi contratada para coordenar estudos, como um plano para o desenvolvimento do parque e a criação do modelo de concessão privada. “Trata-se de um modelo autossustentável porque a empresa que construir os prédios vai se remunerar com o valor dos aluguéis, em uma gestão sem recursos públicos”, explica. As informações estão disponíveis para consulta pública até o dia 31 no site www.bhtec.org.br. A licitação deve ocorrer em maio e a celebração de contrato em julho. (CL) PESQUISA EM PAUTA - De hoje até quinta-feira, BH vai receber uma série de workshops internacionais sobre inovação, a ser realizada na UFMG. A iniciativa, idealizada pelo professor Marcos Pinotti, foi viabilizada por uma parceria entre o Sistema Mineiro de Inovação (Simi), a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), a Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), a Eisenhower Fellowships e a universidade. O objetivo do workshop é divulgar a cultura de inovação entre as empresas. “Identificamos que uma maneira de disseminar a ideia de inovação e fazer com que ela gere resultados rápidos é trabalhando junto aos clusters, também conhecidos como arranjos produtivos locais (APLs)”, explica Pinotti.

Nenhum comentário:

Postar um comentário