Sob
o comando do Secretário Narcio Rodrigues, a Secretaria de Ciência Tecnologia e
Ensino Superior de Minas dá mais um
passo decisivo para transformar Belo Horizonte na capital nacional em inovação
e tecnologia. Uma verdadeira cidade de Tecnologia de Informação está sendo
gestada para abrigar em torno de 70 empresas, com investimentos de R$ 100
milhões de reais. Enquanto isto outro projeto, o BH-Tec entra em sua segunda
etapa projetando a construção de cinco novos edifícios até 2018,para abrigar novas empresas do
setor. O assunto foi destaque do Jornal Estado de Minas deste domingo (17/03),
como pode ser conferido na matéria abaixo: BH planeja ser a capital da inovação
e referência em tecnologia no BrasilCondomínio, que deve reunir empresas e
profissionais de TI, receberá investimentos de R$ 100 mi e nasce como
referência. Carolina Lenoir - O parque tecnológico, que teve seu edifício sede
inaugurado no ano passado, vai entrar em sua 2ª fase. Minas Gerais tem planos
ousados para se consolidar como estado referência em tecnologia no Brasil e
transformar Belo Horizonte na capital nacional do setor. A principal aposta é a
criação de um condomínio empresarial de tecnologia da informação (TI), com um
investimento previsto de R$ 100 milhões. O projeto está em fase de viabilização
da construção e de adesão de empresas, mas a intenção inicial é de que seja
usado um terreno de 30 mil metros quadrados que a Universidade do Estado de
Minas Gerais (UEMG) dispõe na Avenida José Candido da Silveira, no Bairro
Horto. Dessa forma, o polo se integraria às construções da Cidade da Ciência do
Conhecimento e comportaria um volume de 20 mil a 30 mil profissionais. Esta
semana, representantes do setor e da Secretaria de Estado de Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) vão se reunir para definir a coordenação
e o cronograma do projeto – de acordo com levantamento prévio, já são cerca de
70 empresas interessadas, que devem informar o tamanho da área que pretendem
ocupar no condomínio. Além do polo empresarial, também será criado um
condomínio temático de instituições de ensino superior, pesquisa e
desenvolvimento em TI, com o objetivo de produzir e difundir conteúdos para formação
de mão de obra na área. O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior, Narcio Rodrigues, explica que a ideia é criar um condomínio de
empresas, aberto a investimentos públicos e privados, com área para
convivência, pesquisa e capacitação. Um dos papéis do governo estadual seria possibilitar
incentivos, como oferta de crédito para as empresas. De acordo com o
secretário, pela primeira vez é possível ver o estado se organizando em torno
de um tema com a participação de todas as áreas envolvidas, como empresas de
TI, empresas beneficiadas pelo desenvolvimento da área, instituições de ensino
e governos estadual e municipal. “Estamos construindo um ambiente raro de
convergência positiva em um setor que é de muita disputa.” As decisões sobre o
condomínio estão embaladas pelo anúncio de que Minas vai abrigar uma das
aceleradoras do programa Start-Up Brasil, que tem o objetivo de investir no
desenvolvimento de 100 novas empresas de TI na primeira rodada, com o
investimento de R$ 200 mil em cada uma. O Projeto Acelera-MG, liderado pelas
entidades que representam o setor no estado – Assespro-MG, Fumsoft, Sindinfor e
Sucesu-MG – foi escolhido em uma seleção que contemplou mais oito propostas de
outros estados. O edital para selecionar as empresas participantes deve ser
divulgado no início de abril e em junho começará o processo de aceleração das
selecionadas, com duração de seis meses a um ano. Thiago Maia, presidente da
Fumsoft, explica que tanto o condomínio empresarial quanto o projeto Acelera-MG
têm como fundo o MG TI 2022 – versão mineira do Programa TI Maior, do
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação –, que traça metas para Minas e BH
no cenário tecnológico, como aumentar o faturamento do setor de TI da RMBH de
R$ 2 bilhões em 2012 para R$ 9 bilhões em 2022 e passar o número de empregos da
área em BH de 20 mil para 72 mil no mesmo período. DISPERSÃO De acordo com
Thiago, o setor tem uma participação fundamental na economia, mas o estado viu,
nos últimos anos, centros de operações de TI de empresas importantes serem
transferidos de Minas para o Rio de Janeiro e São Paulo. “A resposta sistêmica
para isso é o MG TI, por meio da capacitação, porque o setor precisa de mais
profissionais do que as escolas conseguem formar hoje; do marco regulatório,
com a criação de um arcabouço de leis para fomentar o crescimento do setor; do
próprio centro empresarial e da geração de negócios.” O diretor destaca também
o fato de que a região metropolitana concentra 3,5 mil das 5 mil empresas de TI
instaladas em Minas, mas de forma pulverizada. “Não existe um ícone para o
setor, a exemplo do que é o Porto Digital no Recife. Minas tem mais empresas,
movimenta mais dinheiro e emprega mais pessoas. O condomínio pretende ser esse
símbolo, ser a cara do setor de TI em MG, com uma estrutura adequada para as
particularidades da área.” Expansão para o BH-Tec - Outro compromisso
importante do setor marcado para esta semana é a audiência pública de
apresentação da modelagem de concessão referente à Fase 2 do Parque Tecnológico
de Belo Horizonte (BH-Tec). A apresentação vai ser feita na sexta-feira, das 9h
às 11h, no BH-TEC, no Bairro Engenheiro Nogueira. Em maio de 2012, a Fase 1 do
parque foi finalizada, com a inauguração do edifício institucional 1, com área de
7.550 metros quadrados (m²), que conta atualmente com 16 empresas em operação. A
próxima fase de expansão será a concessão ao setor privado de direito de uso
para construção e operação de um complexo imobiliário para abrigar empresas do
setor de tecnologia. O primeiro lote para licitação é formado por cinco
edifícios, num total de 207 mil m² de área construída, com obras previstas para
serem concluídas em três fases, entre 2013 e 2018. O investimento total é
estimado em R$ 464 milhões e o período de concessão será de 28 anos. Jorge
Leonardo Duarte de Oliveira, gerente de projetos especiais do BDMG, explica que
a instituição foi contratada para coordenar estudos, como um plano para o
desenvolvimento do parque e a criação do modelo de concessão privada. “Trata-se
de um modelo autossustentável porque a empresa que construir os prédios vai se
remunerar com o valor dos aluguéis, em uma gestão sem recursos públicos”,
explica. As informações estão disponíveis para consulta pública até o dia 31 no
site www.bhtec.org.br. A licitação deve ocorrer em maio e a celebração de
contrato em julho. (CL) PESQUISA EM PAUTA - De hoje até quinta-feira, BH vai
receber uma série de workshops internacionais sobre inovação, a ser realizada
na UFMG. A iniciativa, idealizada pelo professor Marcos Pinotti, foi
viabilizada por uma parceria entre o Sistema Mineiro de Inovação (Simi), a
Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), a
Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), a Eisenhower
Fellowships e a universidade. O objetivo do workshop é divulgar a cultura de
inovação entre as empresas. “Identificamos que uma maneira de disseminar a
ideia de inovação e fazer com que ela gere resultados rápidos é trabalhando
junto aos clusters, também conhecidos como arranjos produtivos locais (APLs)”,
explica Pinotti.
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