quarta-feira, 27 de março de 2013

BNDES E BANCOS DE DESENVOLVIMENTO DOS BRICS ASSINAM ACORDOS DE COOPERAÇÃO


·        Instituições de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul poderão colaborar em projetos sustentáveis e de infraestrutura na África. O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, assinou nesta quarta-feira, 27, dois acordos que estreitam as relações entre o banco brasileiro e as instituições de desenvolvimento dos BRICS, grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Os documentos abrem caminho para a colaboração entre os países do bloco em iniciativas para promoção de uma economia de baixo carbono e para o desenvolvimento da infraestrutura no continente africano. Os acordos foram firmados durante a 5ª Cúpula dos BRICS, que acontece na cidade de Durban, na África do Sul. Além do BNDES, as instituições signatárias foram o russo Banco de Desenvolvimento e Assuntos Econômicos Externos (Vnesheconombank), o Exim-Bank da Índia, o Banco de Desenvolvimento da China (CDB, na sigla em inglês) e o Banco de Desenvolvimento do Sul da África (DBSA, na sigla em inglês). O Acordo de Cooperação Multilateral e Cofinanciamento para o Desenvolvimento Sustentável dos BRICS busca estabelecer as bases para a coordenação e troca de informações entre as instituições de desenvolvimento dos cinco países no sentido de aprimorar seus mecanismos de desenvolvimento sustentável e fomentar parcerias nessa área. De acordo com o interesse e as regras de cada instituição, poderão ser firmados acordos para financiar projetos ligados à sustentabilidade e à economia de baixo carbono. São exemplos nesse sentido, projetos infraestrutura alinhados a princípios de desenvolvimento sustentável ou de mitigação e adaptação a mudanças climáticas, bem como investimentos em energias renováveis e eficiência energética ou que promovam usos sustentáveis da biodiversidade, de ecossistemas e regeneração de recursos naturais, além de ações de desenvolvimento, difusão e transferência de tecnologias ambientalmente sustentáveis. Já o Acordo Multilateral dos BRICS para o Co-financiamento de Infraestrutura na África busca facilitar a celebração de pactos bilaterais entre os bancos de desenvolvimento do bloco para apoiar projetos naquele continente. Outro objetivo é promover e facilitar o comércio de bens, serviços e os investimentos entre os países dos BRICS e a África. Por meio dos acordos bilaterais a serem celebrados no futuro, os países poderão estruturar e co-financiar projetos de interesse mútuo no continente, apoiando, por exemplo, investimentos de empresas de seus respectivos países. PARCERIA – Ainda durante a 5ª Cúpula dos BRICS, o BNDES e o banco de desenvolvimento sul-africano IDC (Corporação de Desenvolvimento Industrial, na sigla em inglês) assinaram um acordo de cooperação que renova a parceria entre as duas instituições. O documento foi firmado nesta terça-feira, 26, pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e pelo presidente do IDC, Geoffrey Qhena. O IDC é um banco público focado no financiamento ao setor industrial da África do Sul. O acordo assinado ontem prorroga a parceria formalizada em 2009, que está sendo renovada devido aos benefícios mútuos já alcançados e ao desejo de ambos de ampliar os laços existentes. O acordo tem proporcionado uma intensa troca de informações entre as duas instituições. O BNDES tem tido a chance de aproveitar a vasta experiência adquirida pelo IDC ao longo de mais de 70 anos de existência e com ampla atuação no continente africano, onde está presente em 17 países. Desde iniciada a parceria, os dois bancos organizaram conjuntamente um seminário sobre bioetanol, ocorrido na África do Sul, e o IDC criou um programa de financiamento a transportadores de carga inspirado no BNDES Procaminhoneiro, entre outras iniciativas. Dentre os setores considerados prioritários para a parceria, estão automotivo e de autopeças (incluindo veículos movidos a combustíveis alternativos), geração de energia, uso de energias limpas/renováveis e co-geração, agroindústria, medicamentos e beneficiamento de recursos minerais.

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