· Liberações para máquinas e
equipamentos, de R$ 10,2 bi, mostram retomada dos investimentos
· Micro, pequenas e médias empresas
respondem por 47% do total desembolsado
Os
desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
atingiram R$ 21,2 bilhões no primeiro bimestre de 2013, com aumento de 39% na
comparação com o mesmo período do ano anterior. Os principais destaques foram o
aumento das liberações para máquinas e equipamentos, indicando retomada de
investimentos na indústria, e o forte peso das micro, pequenas e médias empresas
no desembolso do Banco. Com expansão de
112% (R$ 6,9 bilhões desembolsados), a indústria liderou o crescimento das
liberações do BNDES em janeiro/fevereiro último. A alta foi generalizada,
espalhada por todos os segmentos industriais, entre eles material de
transporte, metalurgia, química e petroquímica. Assim, a indústria respondeu
por 32% dos desembolsos totais do Banco no período. A boa performance do setor
de bens de capital refletiu-se nas linhas Finame, que responderam por 70% dos
desembolsos das operações automáticas do Banco nos primeiros dois meses do ano.
As liberações do BNDES Finame somaram R$ 10,2 bilhões, com alta de 60% em
janeiro/fevereiro de 2013, na comparação com mesmo período de 2012. O resultado
foi puxado pelos segmentos de máquinas e equipamentos sem rodas
(não-transporte), cujos desembolsos cresceram 78%, e equipamentos
agrícolas. As aprovações, no valor de R$
25,7 bilhões, também tiveram forte incremento, de 30% na comparação com o
primeiro bimestre de 2012. Somente no setor industrial, as aprovações de novos
projetos, no montante de R$ 8,1 bilhões, cresceram 43% na comparação bimestral.
Na infraestrutura, a alta nas aprovações foi de 4%. O bom desempenho do BNDES
no primeiro bimestre deste ano indica retomada na atividade econômica. Em
fevereiro último, isoladamente, os desembolsos, de R$ 11,1 bilhões, cresceram
36,4% em relação a fevereiro do ano passado — uma expansão significativa,
principalmente considerando-se que, devido ao feriado de Carnaval, o mês
passado teve menos dias úteis do que fevereiro de 2012. A maior contribuição
para o desempenho da instituição em janeiro/fevereiro deste ano foi dada pelas
micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), que responderam por 47% das liberações
totais do Banco no período. Em termos absolutos, o valor desembolsado, de R$ 10
bilhões, é o maior volume de crédito já disponibilizado num bimestre para
companhias de menor porte. A participação foi superior à das grandes empresas
(45% do total desembolsado) e das médias grandes empresas (8%). O crescimento
dos desembolsos para MPMEs foi de 45,7% na comparação bimestral, índice
superior à expansão observada no conjunto das operações do Banco. O resultado
das MPMEs está em linha com o desempenho recente do BNDES, que tem mostrado
participação crescente das companhias de menor porte. No ano de 2012, 32% do
total das liberações do Banco foram direcionadas a essas empresas, contra uma
participação da ordem de 20% no início da década de 2000. Os fatores que mais
têm contribuído para o crescimento ao apoio às MPMEs são o Cartão BNDES, que no
ano passado desembolsou mais de R$ 9 bilhões, e o Programa BNDES de Sustentação
do Investimento (BNDES PSI), com liberações de cerca de R$ 25 bilhões a micro,
pequenas e médias empresas em 2012. Os resultados positivos do BNDES refletem o
conjunto de medidas de estímulo ao investimento adotado pelo Governo, como ampliação
da oferta de crédito, taxas de juros competitivas do BNDES PSI — que financia
aquisição de máquinas e equipamentos — e desoneração tributária. Os desembolsos
do BNDES PSI somaram R$ 11 bilhões em janeiro/fevereiro, mais da metade das
liberações totais da instituição no período.
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