Como
forma de auxiliar a atual administração, o engenheiro civil Adriano Reis de
Paula e Silva, cedeu para o município o projeto “As Transformações Socioespaciais
de Frutal”, desenvolvido por ele durante a conclusão de mestrado do curso
Geografia e Gestão de Território da UFU – Universidade Federal de Uberlândia. O
engenheiro civil Adriano Reis informa que tal projeto busca ilustrar diversos
tópicos de suma importância para o desenvolvimento da localidade. “Entendendo
que Frutal não possuía, ainda, um estudo em nível de doutorado e mestrado que
pudesse explorar essas informações e transformações, partiu-se de estudo para
compreender e entender a organização sócio-espacial e sua dinâmica”, afirma. Para
tanto, foi buscado em acervo público, informações bibliográficas e documentais
além de entrevistas com agentes sociais, políticos e historiadores bem como
levantamento de pontos e vocações comerciais espalhados pela cidade. Tal levantamento
compreende o período de 1835 a 2012, com a finalidade se obter um resultado
científico para estudo de como se utilizar e aprimorar as características do
município de uma forma prática e econômica. “O trabalho inicia com a
apresentação de uma cidade e seus espaços urbanos, em especial pequenas
localidades, para um bom entendimento do significado. Na segunda parte, Frutal
é apresentado em sua gênese (formação). Como surgiu esse município?”, explica
Adriano. A grande conclusão é que a partir do agronegócio e sua enorme geração
de commodities, de insumos, logística, isso tudo interfere na dinâmica da
cidade. Quer dizer, suas atividades econômicas geradoras de PIB (Produto
Interno Bruto), IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e
outros. O engenheiro alerta que no
inicio de 2001 Frutal tinha pouco mais de quatorze mil veículos circulando e já
em 2011 passava de trinta e três mil. “A partir dai, temos uma nova
configuração da cidade que passa a ser 'a cidade da gestão do agronegócio' e tais
novos incrementos vem, de certa maneira fomentar tudo isso. Dessa forma, a
cidade descobre três vocações: agronegócio, ensino superior e turismo”,
ressalta. O engenheiro lembra que movimentos importantes causados por agentes
sociais como o “Acorda Baixo Vale”, ainda na década de 1980, propiciaram uma
representatividade política da qual, até então, a cidade não possuía. A partir
da próxima década isso foi possível com representação na esfera política. Para
a secretária de Cultura, Edimar Reis o trabalho do engenheiro Adriano é de suma
importância, não só para o município como forma de planejamento para longo
prazo, mas, também, para a Cultura, pois para compilar tudo isso ele pesquisou
muito sobre a história de Frutal, inclusive em documentos constantes no museu local. “Esses documentos se encontram
deteriorando e, para isso, estamos em franca luta para preservação dos mesmos.
Com a digitalização do trabalho do Adriano, será mais um adendo, de relevante
importância, que teremos agregado ao museu de Frutal”, informa. A secretária
lembra que o atual curador do museu, o arquiteto Ionei Dutra, vem lutando há
dois meses para a digitalização de todos os documentos constantes no acervo e,
segundo Edimar Reis, como o trabalho do engenheiro tem boa parte da história do
município bem ilustrada em seu bojo, será mais um adendo imprescindível para o
museu. “Nosso museu passará a ser referência e temos o projeto de fazê-lo
itinerante, levando o museu para as escolas da cidade e dos povoados. O
trabalho do Adriano só enriquece, e muito, todo esse acervo.”, destaca a
secretária de Cultura. Durante a apresentação do projeto para o prefeito de
Frutal Mauri José Alves e autoridades convidadas, a coordenadora pedagógica da
UEMG/Frutal, Maria Batista da Cruz Silva fez uma avaliação positiva da obra. “O
trabalho foi muito bem elaborado e pode contribuir para Frutal em suas
aspirações desenvolvimentistas. Ao unir seus conhecimentos, a parte de Humanas
com a Geografia e os próprios conhecimentos de sua área profissional (engenharia),
o Adriano foi muito feliz”, afirma Maria Batista. Dados. Os estudos realizados
pelo engenheiro civil Adriano Reis, apontam que o município é o maior produtor
de abacaxi de Minas Gerais, o segundo maior de amendoim e também o segundo em
cana-de-açúcar, perdendo apenas para Uberaba, sendo o primeiro do estado em
produção de laranja. Isso tem influência direta no PIB do município. Por
exemplo, em 1999/2000 nosso produto interno não chegava a trezentos mil reais.
Já em 2009 passa de oitocentos e em 2010, quase novecentos e vinte e três mil
reais, que são dados fornecidos pelo IBGE com um certo atraso – sempre com
média de dois anos, por isso não temos informações mais atuais. Na pecuária,
Frutal movimenta noventa mil cabeças de gado na modalidade presencial, que são
os leilões. Isso é maior do que o de Ituiutaba, Uberlândia e Uberaba e muda
panoramas urbanos, quer dizer, em 1991 a prefeitura registrou 138 habits
(documento comprobatório das normas da Prefeitura em transações de imóveis
urbanos), em 2010 já pulamos para 635 e no ano seguinte 933 habits. - Ascom
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