quinta-feira, 21 de março de 2013

BNDES E GOVERNOS DO ACRE E RJ ASSINAM ACORDO PARA ESTIMULAR MERCADO DE ATIVOS AMBIENTAIS


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Estado do Rio de Janeiro e o Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais do Acre (IMC) firmaram um Acordo de Cooperação Técnica com o objetivo de estimular o desenvolvimento de um mercado de ativos ambientais no Brasil. O documento foi assinado nesta quinta-feira, 21, pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, pelo governador do Acre, Tião Viana, e pelo secretário de Estado do Ambiente do Rio, Carlos Minc. Também participou da cerimônia o diretor da Área de Meio Ambiente do BNDES, Guilherme Lacerda. O acordo abre caminho para o desenvolvimento de um mercado de carbono no Brasil. O mercado de carbono surgiu na Europa na década passada para que as empresas pudessem negociar suas cotas de emissão de carbono, uma vez que muitas emitem quantidades superiores do que as permitidas pelos governos. Em função disso, podem comprar cotas de outras empresas a fim de permanecerem dentro do limite estabelecido. No Brasil, a estruturação de um mercado de créditos de carbono é um desafio que demandará a criação de padrões de regulação e de métricas específicas para esses ativos. O BNDES tem participado ativamente das discussões relativas à criação de um mercado de carbono, tanto sob a ótica ambiental, atuando para fomentar uma economia de baixa emissão, como do ponto de vista de competitividade do setor industrial brasileiro. Entre as possibilidades criadas a partir do acordo está a estruturação de uma rede de conhecimento, troca de experiências e capacitação para apoiar as empresas a mensurarem, gerirem e reduzirem suas emissões de gases de efeito estufa. Uma das ações previstas é que o BNDES e os governos do Acre e Rio de Janeiro constituam um grupo de trabalho para discutir temas como a realização de inventários de carbono das empresas. O inventário é um passo necessário para que as companhias possam vir a comercializar créditos de carbono em um futuro mercado de permissões. Outra etapa é a definição de metas de redução e de como as permissões de emissões de carbono serão distribuídas entre os participantes do mercado. A partir dessa distribuição, as empresas participantes poderão comercializar permissões entre elas ou comprar créditos de carbono de outros projetos. Além do mercado de carbono, outros ativos poderão ser discutidos. O acordo busca subsidiar um amplo debate acerca de temas ambientais como água, biodiversidade, entre outros, e criar as bases para a criação de ativos ambientais referenciados nesses temas, incluindo regulação, padrões, métricas e metodologias, por exemplo. O documento foi assinado com os Estados do Rio de Janeiro e do Acre por suas características específicas. O Rio de Janeiro avançou significativamente nas discussões sobre o mercado estadual de carbono e o Estado do Acre é referência em relação a créditos oriundos de iniciativas de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD). O acordo está aberto à adesão de outros órgãos e entes da Administração Pública Direta e Indireta, e o BNDES está empenhado na incorporação de novos signatários.

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