A
equipe Uai Sô Fly!, da UFMG, sagrou-se bicampeã na SAE AeroDesign East
Competition, encerrada ontem, 17 de março, em Fort Worth, no estado do Texas,
Estados Unidos. A equipe Baja UFMG, por sua vez, conquistou o primeiro lugar
geral na 19ª Competição Baja SAE Brasil Petrobras, encerrada também no domingo,
em Piracicaba, São Paulo. No evento de aerodesign, a aeronave da Classe Regular
bateu recorde mundial da categoria ao carregar 17,2kg, o maior peso da
competição. A equipe Uai Sô Fly! é formada por nove estudantes e um piloto.
Para disputar a East Competition, os estudantes construíram um avião monoplano
de 3,7m de envergadura, que pesa 3,2kg e transporta até 18kg de placas de aço.
Com o resultado, o Brasil sagra-se campeão pela sétima vez em 14 participações
na Classe Regular da tradicional competição aeronáutica da SAE International.
Na Classe Regular, que reuniu 39 equipes, os aviões são monomotores, com
cilindrada padronizada em 10cc (10cm3 ou 0,61in3). O regulamento estabelece
limite para as dimensões máximas das aeronaves, que devem ser capazes de
decolar em uma distância máxima delimitada de 61m (200ft). A SAE AeroDesign East Competition teve início
no dia 15 de março, com 75 equipes de instituições de ensino das Américas e
Europa. Para participar, as equipes projetaram e construíram aeronaves
radiocontroladas, capazes de transportar cargas. As quatro equipes brasileiras
– além da Uai Sô Fly!, da UFMG, participaram as equipes Cefast, do Cefet-MG,
Céu Azul, da UFSC, e Aerorio Advanced, da PUC-Rio – ganharam o direito de
representar o Brasil no evento por conquistarem as melhores pontuações na 14ª
Competição SAE Brasil AeroDesign, realizada em novembro do ano passado, em São
José dos Campos, São Paulo, com participação de 88 equipes de 63 instituições
de ensino. “O objetivo do conhecimento tecnológico é o processo da inovação e
da introdução de novas tecnologias na prática social para sua utilização
sistêmica com fins econômicos e sociais. É essa a filosofia que a SAE Brasil
adota em suas competições, que desafiam estudantes de engenharia à ousadia e à
criatividade aplicada aos projetos desenvolvidos por eles”, afirma o engenheiro
Ricardo Reimer, presidente da SAE Brasil para o biênio 2013/2014. Baja SAE
Brasil - A equipe Baja UFMG conquistou o primeiro lugar geral na 19ª Competição
Baja SAE Brasil Petrobras, realizada de 14 a 17 de março, em Piracicaba, São
Paulo. Nesta edição participaram 82 carros de 72 equipes de instituições de
ensino superior de 17 estados do Brasil e do Distrito Federal. Com a vitória, a
equipe da UFMG, formada por 21 estudantes, conquistou uma das três vagas para a
competição internacional Baja SAE Rochester, que será realizada de 6 a 9 de
junho, nos Estados Unidos. “Nossa equipe é muito forte e nosso carro, muito
competitivo, já foi projetado e construído considerando a participação no
mundial, apresentando características que o mundial exige”, conta o professor
Fabrício Pujatti, que orienta os alunos que compõem a Baja UFMG. Durante a Baja
SAE Brasil, o protótipo de veículo off-road, feito para um piloto, é avaliado
em duas etapas. Nas provas estáticas são avaliados o projeto de engenharia e as
soluções utilizadas no veículo, além do teste de segurança para a participação
na etapa dinâmica. Nesta, após passar pelo teste de segurança, os veículos são
avaliados nos itens conforto, tração, aceleração, velocidade máxima e a parte
mais difícil, o enduro de resistência. Foram quatro horas de competição entre
todos os veículos, em pista acidentada e com obstáculos. O veículo da equipe
Baja UFMG conquistou o primeiro lugar por apresentar maior resistência e menos
estragos. No ano passado, a equipe Baja UFMG conquistou, pela primeira vez, a
etapa Sudeste Fiat, considerada uma das mais difíceis para as provas
dinâmicas. Os Baja SAE são protótipos de
estrutura tubular em aço, monopostos, para uso fora de estrada, com quatro ou
mais rodas, motor padrão de 10HP e capacidade para abrigar um piloto de até
1,9m de altura e até 113,4kg de peso. Os sistemas de suspensão, transmissão,
freios e o chassi são desenvolvidos pelos próprios estudantes de engenharia,
orientados por professores das instituições de ensino que representam. – Juliana Santos
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