quinta-feira, 14 de março de 2013

A CADA DEZ CASAS, SEIS TÊM FOCO DE DENGUE EM FRUTAL

A proliferação dos casos de dengue tem preocupado a Secretaria Municipal de Saúde. Na segunda-feira (11), mais uma reunião de capacitação com os agentes de saúde foi realizada em Frutal, com o intuito de intensificar ainda mais as ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti. O encontro ocorreu na Câmara e reuniu 70 pessoas. A maior dificuldade encontrada pelo serviço é a falta de conscientização de boa parte dos moradores, que não tem mantido suas residências livres dos focos. De acordo com a educadora em saúde, Miralda Silva Soares, em Frutal já foram notificados 450 registros de dengue, mas estima-se que esse número chegue a aproximadamente 1000 casos. “Nossa maior dificuldade no dia-a-dia é a questão dos focos de dengue em lugares óbvios, como a água do animal de estimação e os vasos de planta. Depois de tantos anos de orientação, a comunidade deveria estar mais atenta e consciente”, ressalta. Atualmente, existem quatro tipos de vírus da dengue circulando em Frutal. Os sintomas causados por eles são os mesmos, a diferença é que, cada vez que a pessoa pega um tipo do vírus, ela não pode mais ser infectada pelo mesmo. Ou seja, na vida, só se pode ter dengue quatro vezes. “O que nos preocupa é que quando alguém é infectado por um novo tipo do vírus e tem dengue pela segunda vez, os riscos de ter complicações ou até mesmo de contrair a dengue hemorrágica são altos”, destaca Miralda. Ainda segundo a educadora em saúde, em Uberaba já foram registradas seis mortes por suspeitas de dengue, e Frutal não está imune dessa realidade. “Nós estamos muito próximos e pelo alto número de casos de dengue registrados na cidade, corremos um grande risco de ter óbitos aqui também”, afirma. O coordenador dos agentes de saúde, João Geraldo Luiz (Branco), reforça que a falta de apoio população é o principal fator de agravamento dos casos de dengue. “A cada dez casas que vistoriamos, seis têm foco de dengue. Eu não presenciava situações como essas há muitos anos, nós estamos assustados”, afirma.  Na opinião do coordenador, o próprio cidadão tem a obrigação de examinar sua casa. “Cada morador precisa ser um agente de saúde e até mesmo orientar o vizinho, a família e os amigos. Precisamos trabalhar em união, moradores, agentes de saúde e poder público. Só assim venceremos a dengue”, garante João Geraldo. - Ascom

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