Treinador reitera versão de presidente da federação
italiana e diz que deixará seleção após a Eurocopa por estar sentindo falta da
rotina de treinador como nos clubes. A confirmação de que Antonio Conte deixará
a seleção italiana após a Eurocopa bastou para que boa parte da imprensa
europeia cravasse o seu acerto para ser técnico do Chelsea na próxima
temporada. Entretanto o treinador não confirma tal versão. Conte falou sobre o
assunto pela primeira vez nesta segunda-feira, em entrevista coletiva, alegando
que comentar as especulações não são um tabu para ele - mas fazendo questão de
deixar seu futuro em aberto. - Não é um tabu para mim, mas eu poderia falar
sobre times italianos também. No momento, meus pensamentos e dor estão
reservados para uma escolha que não é superficial e sem dor. Eu tomei a decisão
e agora vamos ver o que o futuro guarda, se há algo bonito na Itália ou fora.
Essas escolhas nunca são fáceis. O que é certo é que não serei treinador de
seleções nos próximos dois anos. Minha intenção é retornar para um clube. O
futebol inglês é definitivamente muito atrativo no momento porque é uma liga
muito interessante de muitos pontos de vista - disse, afirmando que pretende
voltar ao futebol italiano, alegando "não ser um adeus". Conte confirmou
a versão dada pelo presidente da federação local, Carlo Tavecchio, que afirmou
que o treinador vinha sentindo falta da rotina de um comandante de clubes. O
técnico da Azzurra afirmou que a empolgação pela classificação para a Eurocopa
deu lugar, no final do ano passado, a um desânimo pelo muito tempo sem poder
trabalhar efetivamente. - Depois das eliminatórias para a Euro, eu estava cheio
de satisfação por ver um grupo que estava fazendo o que pedi. Naquele momento,
considerei que havia uma chance de continuar, mas quatro meses se passaram e
foi muito difícil. Passar quatro meses sem trabalhar e pensar sobre outros dois
anos assim foi difícil para mim. Você tem que saber onde está feliz. Eu tive um
tempo difícil na oficina, onde você não pode sentir o cheiro da grama. Há de
ser objetivo e entender que há momentos em que ser técnico de seleções é uma
grande responsabilidade. Foi para Prandelli e será para a próxima pessoa. O
treinador também garantiu que mostrou respeito pelo atual cargo ao comunicar
primeiramente a federação e seu presidente da decisão - e também antes de um
momento importante, como a disputa de uma Eurocopa histórica. - Eu fui correto
de todos os pontos de vista ao pedir para esclarecer minha posição antes da
Euro. Eu pensei bem e ponderei a decisão, e no momento estava com 100% de
certeza do que sentia e informei o presidente (da federação Carlo Tavecchio), a
pessoa que me escolheu e contratou. Eu o informei de minha decisão de forma
calma, conversando um pouco sobre o fato que levou a esse caminho. – Secom
(globoesporte.globo.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário