Ao lado do orador oficial da cerimônia, ministro
Aldo Rebelo, Fernando Pimentel presidiu a tradicional cerimônia de entrega de
medalha realizada na Fazenda Cabangu. O governador de Minas Gerais, Fernando
Pimentel, afirmou nesta quinta-feira (29/10), durante a solenidade de entrega
da60ª da Medalha Santos Dumont,
na Fazenda Cabangu, no Território Mata, que, assim como fez o inventor do
avião, ele e seu governo apostam
“na realização dos sonhos e lutam para tornar possível a construção de uma
sociedade mais justa e fraterna”. Ao todo, 130 pessoas foram agraciadas com a
medalha, realizada no local onde nasceu o inventor. Neste ano, o orador oficial
do evento foi o ministro da Defesa, Aldo Rebelo, agraciado com o Grande Colar.
Em seu discurso, Pimentel usou como exemplo o pioneirismo de Santos Dumont no
início do século 20, quando o “Pai da Aviação” conseguiu fazer voar o 14 Bis,
na França, fato considerado inimaginável na época. “A ousadia e a coragem de
Santos Dumont nos emociona ainda hoje. O exemplo deixado por ele é o de jamais
deixar esmorecer. Muito mais do que voar pelo céu de Paris, o 14 Bis
representou a vitória da persistência, da luta pelo sonho, da recompensa do
trabalho árduo. Ele é a expressão da nossa capacidade inventiva e do nosso
poder de superação dos obstáculos. E é esse exemplo que trazemos hoje”,
ressaltou. Cercado de réplicas de aviões e objetos projetados por Santos
Dumont, o governador salientou a necessidade de trabalhar em conjunto com a
população para realizar o sonho de um Estado melhor. “Sonhos sonhados juntos,
sem dúvida, ficam mais próximos de se tornar realidade. Por isso, estamos aqui
todos juntos, para sonharmos com um Brasil e uma Minas Gerais melhores”,
afirmou. “Não permitiremos que as dificuldades enfrentadas hoje paralisem as
nossas ações. E é isso que estamos fazendo no governo de Minas Gerais. Desde o
início do ano convidamos os mineiros e as mineiras a sonharem com uma Minas
melhor”, destacou. Como exemplo de trabalho em parceria com a população,
Fernando Pimentel citou ações iniciadas por sua gestão para o desenvolvimento
do Estado. Além do envio, nesta semana, para a Assembleia Legislativa de Minas
Gerais, do Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) com as demandas
colhidas junto a cerca de 25 mil pessoas que participaram dos Fóruns Regionais
de Governo, o governador também citou o projeto que prevê alterações na
legislação ambiental mineira, texto também em análise pelos deputados
estaduais. “Agora, convocamos os mineiros na direção de um novo diálogo.
Estamos iniciando a revisão da nossa legislação ambiental. É fundamental
resolvermos esse ponto para que Minas Gerais possa atrair novos investimentos,
desenvolver-se, sempre preservando nosso riquíssimo meio ambiente. Aqui também
há de se ter ousadia, como teve Santos Dumont”, defendeu. Segundo ele, “o meio
ambiente não pode ser refém da economia e a economia não pode ser refém do meio
ambiente. É imperioso que façamos essa reforma num momento em que a economia
passa por mudanças e ajustes. Minas não quer perder o trem do progresso”,
garantiu. O governador reafirmou ser prioridade de seu governo a área da
educação e o seu compromisso de dialogar com as pessoas. “As crises vêm e
passam. O Brasil é maior que elas, e Minas nunca se curvou diante de nenhum
obstáculo. Santos Dumont antecipou o século 20 ao suspender nos ares os
caminhos da história. Nós iremos à dianteira do século 21 se enfrentarmos as
dificuldades”, finalizou. A medalha -A Medalha Santos Dumont foi criada em 1956
para comemorar os cinquenta anos do primeiro voo do brasileiro Alberto Santos
Dumont em uma aeronave mais pesada que o ar, o 14-Bis, em outubro de 1906, em
Paris (França). É dividida em quatro graus: Grande Colar, Ouro, Prata e Bronze.
Entre as 130 personalidades agraciadas estavam lideranças políticas, militares,
acadêmicos, secretários de Estado, entre outros. O governador Fernando Pimentel
fez a entrega aos 24 homenageados no grau ouro, entre eles o vice-governador
Antônio Andrade e o presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Adalclever
Lopes. O prefeito de Santos Dumont, Carlos Alberto de Faria Ramos, ressaltou a
importância da realização da solenidade de entrega da medalha e o exemplo
deixado pelo inventor ao Brasil. “Alberto Santos Dumont foi um grande
compatriota e, pelo momento em que vivemos, não poderia deixar de resgatar
esses valores de amor e valor à nossa pátria. O momento é de restabelecer o
orgulho de ser brasileiro, de potencializar as nossas vocações e traduzir em
resultados”, afirmou. Histórico - Nascido em 20 de julho de 1873, Alberto
Santos Dumont era o sexto filho de Francisca Santos e do engenheiro Henrique
Dumont. Em 1892, foi estudar na França. Em 1906, realizou o voo do 14-Bis, um
pequeno avião de alumínio, bambu e seda japonesa. O voo, considerado o primeiro
feito com um aparelho mais pesado que o ar, foi registrado pela Federação
Aeronáutica Internacional. Recebeu vários prêmios, inclusive do Aeroclube da
França. Em 1932, já com a saúde debilitada, Santos Dumont foi levado pela
família para uma estação de repouso no Guarujá, no litoral de São Paulo. Morreu
no dia 23 de julho de 1932, três dias após completar 59 anos de idade. A
família do inventor chegou àquela região da Serra da Mantiqueira em 1872,
quando o engenheiro Henrique Dumont foi comandar as obras de construção da estrada
de ferro que cortava os vilarejos de João Gomes (atual Santos Dumont) e João
Aires. Um ano depois, nasceu Alberto. Os Dumont só ficaram ali até 1875. A casa
de Cabangu acabou se tornando apenas um ponto de apoio para os trabalhadores da
ferrovia. Em 1919, Alberto Santos Dumont decidiu retornar à casa natal. Ganhou
o imóvel de presente do governo e se tornou um criador de gado. Em meados da
década de 1920, teve que deixar Cabangu para tratar da saúde na Europa. Mesmo
distante, não escondia o desejo de que o local fosse preservado e doado à
nação. Depois de sua morte, em 1932, uma comissão liderada pelo jornalista
Oswaldo Castelo Branco se empenhou na transformação da velha residência em
museu. Embora criado pelo Governo de Minas em 1956, o parque histórico só foi
oficialmente inaugurado em 1973. Na Fazenda Cabangu, foram espalhadas réplicas
de aviões, o motor original do primeiro balão, cama, escrivaninha, cartola e
óculos, entre outros objetos do aviador. - Secom
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