Dono do cinturão peso-pena do UFC diz que ex-campeã
peso-galo da organização já ganhou muito dinheiro e pode estar mais interessada
em atuar do que em levar socos. Campeão peso-pena do UFC, José Aldo não teve dúvidas ao ser
perguntado se acreditava que, após a derrota
por nocaute para Holly Holm no UFC 193, Ronda Rousey voltaria a lutar e recuperaria o
cinturão peso-galo da organização. Para Aldo, que conversou com a imprensa em
um evento de mídia na sua academia, na Zona Sul do Rio de Janeiro nesta quarta-feira,
a possibilidade é remota. - Acho muito difícil (recuperar o cinturão),
acho difícil até ela voltar a lutar. Com o rumo que a carreira dela tomou, se
eu estivesse ganhando dinheiro fazendo filmes e outras coisas, ia partir para
esse lado. Vou estragar meu rosto levando soco na cara? "Tá" louco!
(risos). Para Aldo, a situação de Ronda se assemelha à de outra campeã de MMA
que migrou para as telas de cinema e nunca mais voltou a lutar: Gina Carano. O
brasileiro acredita que o caminho das telas é de difícil retorno. - Para mim,
acho que não (volta). Se voltar, claro que pode (recuperar o cinturão), porque
sempre foi lutadora. Mas, se fosse eu, não voltaria. Vejo muito como a história
da Gina (Carano) também. Ela era uma grande lutadora mas, quando perdeu para a
Cris (Cyborg), foi para o cinema, e está sobressaindo mais como atriz do que se
estivesse lutando. Não faz dieta, não leva soco na cara... Acho que o legado
que a Ronda deixa é muito grande. Ela mudou o MMA feminino. Botou essa coisa
que ninguém imaginava, o próprio Dana White dizia que nunca ia ter (no UFC), e
teve. Esse é o legado dela, fez muito pelo MMA feminino. Aldo também disse que
não se surpreendeu com a vitória de Holly Holm na luta principal do UFC 193.
Segundo ele, o caminho que a luta tomou foi muito favorável à nova campeã. -
Não (me surpreendeu). A Holly Holm foi multicampeã no boxe, e jogou o jogo dela
em pé. Não só eu, mas todo mundo sabia que, se ficasse em pé, a Holm venceria a
luta - disse Aldo. Visto como grande favorito para derrotar Conor McGregor no
UFC 194, dia 12 de dezembro, em Las Vegas, Aldo garantiu que não tirou nenhuma
lição da derrota de Ronda. Para ele, o MMA masculino está mais evoluído que o
feminino, e um especialista em uma só modalidade não consegue mais dominar o
esporte como Ronda vinha fazendo entre as mulheres. - Não tirei lição alguma.
Primeiramente, porque, para mim, o MMA feminino é uma coisa muito nova.
Enquanto tiver uma pessoa com uma especialidade muito grande, vai ser
dominante. Se você for ver, sem comparar nada, o Royce Gracie para mim foi um
mito, mas ele sobressaía por ser muito bom no jiu-jítsu e só ele ter o
jiu-jítsu. O MMA feminino é isso. A Ronda é uma grande campeã, eu a respeito,
mas acho que o homem já é muito alto nível, não são nivelados só por uma
modalidade. Não tem isso de "sou judoca e só pego o braço". Tem que
estar bem em cima, no chão, onde a luta cair. Eu gosto do MMA feminino, gosto
mais de assistir luta feminina do que masculina. As mulheres entram lá e caem
na porrada, porque é uma coisa muito nova. – Secom (globoesporte.globo.com)
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