Depois de manifestar apoio a presidente Bashar Al-Assad,
adversário do Estado Islâmico, jogadores prestam homenagem a mortos nos
atentados terroristas em Paris. Enquanto a Síria se mantém como um dos centros
da política internacional por ser a principal sede do grupo terrorista Estado
Islâmico, a seleção de futebol do país entrou em campo nesta terça-feira, fora
de casa, para enfrentar Cingapura, pelaseliminatórias
asiáticas para a Copa do Mundo de 2018, e deu mais um passo rumo à Rússia. Graças a um gol
nos acréscimos venceu por 2 a 1 e ficou bem perto de confirmar a classificação
para a próxima fase. Omar Khribin foi o herói, abrindo o placar, aos 21 minutos
de partida, e decidindo, aos 48, depois de Baharudin empatar pouco antes, de
pênalti, aos 44, mesmo com a expulsão de Mohana, deixando os anfitriões com 10
em campo, aos 11 da etapa final. Mas, antes de a bola rolar, os sírios fizeram
um minuto de silêncio, em homenagem aos 129 mortos e 350 feridos nos atentados
em Paris, na última sexta. Na véspera, o treinador Fajr Ibrahim, o jogador
Osama Omari e um dirigente da federação manifestaram
apoio ao presidente Bashar Al-Assad, dizendo terem orgulho pela luta contra o
terrorismo e o chamando de "melhor homem do mundo". A triunfo garante
à Síria ao menos o segundo lugar do grupo E da segunda fase das eliminatórias,
com 15 pontos, um a menos que o líder Japão, que venceu o Camboja por 2 a 0
fora de casa na rodada. Os primeiros colocados de cada chave avançam à terceira
fase, junto com os quatro melhores vices, posição garantida aos sírios - jogam
mais duas vezes, a última contra os japoneses, enquanto o adversário mais
próximo, Cingapura, só tem mais uma partida. Na etapa decisiva, as 12 seleções
classificadas se dividem em dois grupo de seis. Os dois primeiros de cada chave
se garantem na Copa, e os terceiros colocados se enfrentam em mata-mata para
ver quem disputa a vaga restante com o quinto colocado das eliminatórias da
América do Sul. CONTEXTO POLÍTICo - Após os incidentes na França, a Síria viu a
quantidade de bombardeios em seu território crescer, em retaliação ao Estado
Islâmico, que reivindicou a autoria dos atentados. As ações contra o grupo
terrorista são comandadas pela força de coalizão, que conta com Estados Unidos
e França. A Rússia também tem feito bombardeios em alvos estratégicos do Estado
Islâmico na Síria. O país tem enfrentado nos últimos anos uma guerra civil em
seu território, por conta da divergência entre correntes de pensamento político
e religioso. O presidente Bashar Al-Assad, apoiado por países como a Rússia,
luta pela manutenção de seu governo perante à forte oposição. EUA e França, por
sua vez, apoiam grupos contrários a Assad, mas que não tem relação com
organizações terroristas. O Estado Islâmico e seus braços também mantêm
oposição a Assad e fazem parte de correntes radicais do islamismo, que defendem
a atuação terrorista na região e contra alvos no Ocidente. –Secom
(globoesporte.globo.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário