O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, fará
nesta quinta-feira, 05, ao lado do secretário municipal de Agricultura, Fábio
Medeiros, o lançamento da segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre
aftosa. Será às 8h na sede do assentamento Antônio Eufrozino, no Logradouro,
distrito de Catolé de Boa Vista, ao lado da escola municipal Almirante
Tamandaré. A campanha será desenvolvida pela Prefeitura de Campina Grande, por
meio da Secretaria Municipal de Agricultura (Seagri). A campanha é coordenada
por Gláucio Maracajá, também coordenador do Serviço de Inspeção Municipal e do
Programa de Inseminação Artificial. Nesta etapa, será obrigatória a vacinação
dos rebanhos bovino e bubalino. A Prefeitura Municipal custeará 100% das doses
vacinais. Serão duas equipes de vacinadores, que estarão percorrendo todo o
município no mês de novembro, seguindo calendário pré-estabelecido. A campanha
de vacinação faz parte do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre
Aftosa (PNEFA). Esse programa tem como estratégia principal a implantação
progressiva e manutenção de zonas livres da doença, de acordo com as diretrizes
estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal. A campanha também serve
para atualizar o cadastro das propriedades rurais dos produtores e,
consequentemente, do rebanho existente no município de Campina Grande. A
vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra o vírus, a qual confere
imunidade de seis (6) meses após as primeiras vacinas. As campanhas de
“vacinação obrigatória” ocorrem de 6 em 6 meses, geralmente em maio e novembro,
a partir do terceiro mês de vida dos animais. Segundo Gláucio Maracajá, a febre
aftosa é uma doença viral altamente contagiosa. Trata-se de uma das
enfermidades mais contagiosas e causa importantes perdas econômicas. A morte é
baixa em animais adultos, mas nos bezerros provoca problemas cardíacos
(miocardite) que levam à morte. Atinge ainda os bovinos, bubalinos, ovinos,
suínos e caprinos, mas não afetando os equídeos. Ele também explicou, que a
transmissão ocorre por contato direto com animais afetados, além de secreções,
vetores móveis (homens, animais domésticos) que tiveram contato com animais
doentes, veículos e equipamentos nas mesmas condições. “Os animais contaminados
podem transmitir o vírus durante o período de incubação e também quando os
sintomas da febre aftosa aparecem. O ar expirado, saliva, fezes, urina, leite e
sêmen de animais doentes provocam contaminação até quatro dias antes do
aparecimento dos primeiros sintomas clínicos”, acrescentou o coordenador. Nos
primeiros dias antes do aparecimento das feridas, os animais apresentam falta
de apetite, febre e redução da produtividade de leite. Após o aparecimento das
aftas o animal não consegue se alimentar ou caminhar, consequentemente, ficando
fraco. Gláucio Maracajá explicou que “há recuperação entre 8 a 15 dias após os
primeiros sintomas. Porém, pode haver deformação dos cascos, mastites, redução
permanente da produção do leite, perda de peso, doenças do coração, abortos e
morte dos mais jovens”, ressaltou. Ele acrescentou que “os sintomas em caprinos
e ovinos podem passar despercebidos e em porcos há graves lesões dos pés. O
diagnóstico clínico é através da observação das feridas e a confirmação após
análise laboratorial de tecido coletado na mucosa oral (boca)”. Como resultado
deste mal, os animais acometidos são sacrificados e os cadáveres destruídos,
devendo haver desinfecção dos locais e de todo material infectado (cabrestos,
veículos, etc). - Secom
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